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16 novembro 2006

O ARCO DA ALIANÇA

Diz o povo e com muita razão que “depois da tempestade vem a bonança”.
Às grandes chuvadas de ontem veio hoje sorrir o sol matinal, às vezes envergonhado, qual criança escondida por trás de sua mãe.
Mas as nuvens, essas que brincam com o sol ofuscando o brilho da terra, teimaram em reaparecer.

E foi bonito o jogo entre ambos, sol e nuvens, como crianças que se escondem, não por medo mas para brincar e sorrir, sentir a alegria transbordar.
E este jogo teve o maior sorriso que a natureza pode dar, o arco-íris.
Da janela do meu quarto o vislumbrei e dei conta que a brincadeira dera lugar também às gotículas de chuva – sem elas o sorriso do universo não seria realidade natural, nem a sua beleza seria expressão da beleza do autor de todas as coisas: DEUS!
Quedei-me mudo perante a beleza que os meus olhos podiam contemplar, da janela do meu quarto. E corri por uma máquina fotográfica para registar o jogo entre o sol e as nuvens que trouxera o belo sorriso do universo.
Ah! E lembrei, sim lembrei da história do arco-da-velha; a Velha Aliança estabelecida entre Deus e o Seu Povo após o dilúvio. O arco-da-velha Aliança que selara uma vez mais o amor do Criador para com todas as Criaturas, sobretudo o Homem.
Quantos jogos da nossa vida poderiam terminar num eterno sorriso de Amor onde, em oposição às lágrimas da solidão e do sem sentido da vida, gotículas de água acompanhariam o sorriso mais belo de uma criança por se sentir feliz, sem medo e esperança de viver.

Que o arco-íris, símbolo desta Aliança de Deus, símbolo da aliança matrimonial e esponsal continue a fazer parar as nossas vidas para, como também diz o povo, podermos buscar no ponto em que este toca a terra o mais belo tesouro alguma vez encontrado. Que tesouro? Corramos ao encontro de cada sorriso e descobriremos…

15 novembro 2006

SONHOS... de Vida!

Diz-se que todos sonhamos, mesmo que dos sonhos nos não recordemos.
Se é verdade ou não, isso não sei… mas o que sei, sim o que sei, é que muitos dos nossos sonhos não passam de meras utopias que, no consciente ou inconsciente da nossa existência, permanecem na esperança de se tornarem “topia” (não como gracejo ou gozo mas como realização oposta á utopia).
Ontem e hoje recordei quantos homens e mulheres do nosso mundo, da nossa cidade, quiçá da esquina da nossa rua, passaram frio e se abrigaram da chuva sob cartões ou pedaços de plástico…
Vi alguns nas nossas avenidas…
No entardecer do dia, inerente à minha missão, colocou Deus Palavra que me recordou os sonhos de tantos cidadão anónimos crentes ou não no Sagrado mas que sonham com um amanhecer mais justo e humano. A Palavra é simples dirigida por Paulo a Tito: “Caríssimo: Recorda a todos os irmãos que devem ser submissos aos governantes e às autoridades, que devem obedecer-lhes e estar prontos para toda a boa obra…” (Tito 3, 1-7).
Como seria bom que, no tempo hodierno, pudéssemos cumprir alegremente este preceito de Paulo. Mas não! Não podemos ficar aquietados na passividade de quem nada tem a dizer aos que têm o poder de legislar quando estes não têm em conta o bem comum da sociedade humana, desde a sua origem…
Urge gritar ao mundo que cumpra esta palavra quando todos tiverem gravado no seu coração a disponibilidade “para toda a boa obra”.
Quantos sonhos nossos não são os sonhos de Deus acerca de nós?
Dizia Fernando Pessoa que “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.
Que Deus que o bem para todos não duvido.
Que o Homem sonha com um amanhecer justo, tenho certeza.
Que a obra nasce… esta será “topia”, ou realidade, quando todos os esforços tiverem a mesma preocupação, dar a cada um o que é justo e ajudar os que nada sabem a realizar vida na utopia.
Nesta noite a chuva continua a cair… e tantos nas ruas da minha cidade, alheios à palavra de Paulo, sonham com um poder que seja serviço “para toda a boa obra”. Mas ali permanecem ao frio e à chuva, esperando a caridade de um cobertor e algo quente que atenue a vida.
E, enquanto o querer de Deus e o sonho humano espera que a obra nasça, a obra da VIDA na sua dignidade, poderíamos dizer com António Gedeão que: “Eles não sabem nem sonham que o sonho comanda a vida (...) porque sempre que um homem sonha o mundo pula e avança, como bola colorida, entre as mãos de uma criança”.
E o sonho é feito de música, sim, também da musicalidade da chuva que cai lá fora nesta noite escura e fria para tantos homens e mulheres.
E… quero dedicar a esses memos que sonham e aos que lutam por um mundo mais justo o canto da minha noite (de quem não sei a autoria):

Queres saber de que cor são os sonhos de Deus?
Volta a olhar o mundo pela primeira vez.
Queres saber o lugar da morada de Deus?
Volta a olhar o Homem pela primeira vez.
Queres saber o segredo do coração de Deus?
Volta a olhar o amor pela primeira vez.
PORQUE O VERBO DE DEUS ACAMPOU ENTRE NÓS…

11 novembro 2006

ESCRITA PARA ALGUÉM

“Ser ou não ser” (To Be or Not to Be) é a mais conhecida expressão de William Shakespeare.
Quantos rios de palavras, folhas, tinta e sobretudo pensamentos têm corrido acerca de tal expressão. Porque a trago eu aqui ao meu pensamento. Poderíamos dizer, logicamente, “EIS A QUESTÃO!”.
Todo o ser humano, finito desde sempre, tem necessidades que a vida deveria colmatar. Não preciso dizer quais, até os meus alunos do 8.º ano já saberiam explicá-las melhor que o professor que disso lhes falou, baseado num estudo de Maslow.
O ser e a vida, a questão da sua unidade com os outros seres, é algo que sempre fez correr a filosofia à procura da “arquê”, da Teologia na busca incessante de explicar o sentido da religião (re-ligare – ao Sagrado), do Homem no seu dia a dia para se sentir um SER em união com outros SERES, sentir que afinal a VIDA, essa tão maltratada hoje em dia com tantos preconceitos, faz sentido quando se é importante na vida de outrem. Volto ao “ser ou não ser, eis a questão”.
Ontem à noite fiquei a olhar a lua. Sem nuvens, apenas a lua rodeada de estrelas e um ou outro avião que, lá do alto, se vislumbrava através de umas luzinhas que piscavam misturando o seu brilho ao esplendor do universo. Era beleza, óh, se era beleza!
Lembrei que alguém me perguntara “porque não escreves para mim?”.

Desejar que alguém me escreva é tomar consciência de que, esse alguém, está no meu ser como um outro a quem se dedica a maior importância possível. Alguém de quem se sente saudades tantas e tantas vezes mas que, contingências da vida e respeitos humanos, nem sempre permitem expressar ou, pelo menos, dizer da forma como o coração desejaria…
Então, que escrever a quem tanto deseja que se escreva, a quem lugar tão nobre ocupa na pobreza do nosso ser… indigno eu quantas vezes da nobreza de quem se digna querer fazer parte do meu ser, mais humano que o dos mais mortais humanos… que escrever???
Não é por falta de sentimentos, saudades ou mesmo a certeza do que se poderia dizer e que… não seria nunca em lugar público, ou num espaço onde o mundo inteiro pode entrar e, consciência disso não falta, as palavras escritas poderiam ter interpretações que em nada se identificariam com o que sente o coração e o ser…
Como alguém disse um dia, e se não disse façamos de conta, as coisas mais importantes que gostaríamos de dizer a quem amamos dizem-se, na maior parte das vezes, não com palavras mas com o olhar, o sorriso, o toque de uma mão no seu calor humano, ou simplesmente o notar que não se quer deixar partir quem diz “até já”…
E as palavras, sim essas que aqui ficam escritas, valem o que valem para quem as lê e interpreta mas valem muito mais para quem as escreve e sabe o que está nas entrelinhas, e para quem sabe serem para si que elas são escritas… Valem, é verdade… e muito, porque não escritas sobre um rascunho mas directamente do coração de quem as vive e sente e gostaria de gritar tanta coisa que fica por dizer… Quem as entenderá? Até onde chegarão? Que interpretação delas se fará?

Fazer parte da vida de alguém é o que todo o ser humano deseja desde que tem consciência de que ama e precisa ser amado…
Esta semana, num inquérito preenchido em sistema informático, e tendo como base teorias de “sua santidade” Dalai Lama, associado um nome à cor branca – para mim cor da paz, da alegria e da vida, cor que sempre associei ao belo e à AMIZADE – surgiu como resposta “a sua cara metade”… sorri de alegria e ao mesmo tempo um misto de… não, não posso dizer tristeza mas, algo parecido que não sei explicar…, um misto de bom e de alguma saudade de alguém que ainda não se perdeu mas que sempre se tem medo de perder porque… nunca gosto de perder TESOUROS na vida do meu pobre ser…

“Ser ou não ser” importante na vida de alguém, como familiar, AMIGO ou, em última instância, sim última porque esta apenas reservada aos que merecem, ser “cara metade” onde todas as outras se incluem mas de uma forma e intensidade bem mais repletas de vida, amor e saudade… “eis a questão”.

Parafraseando o Cristo que falou por meio de palavras: “quem tiver ouvidos, oiça” (quem tiver coração capaz de entender, entenda) …

“Há palavras a lembrar,
Há palavras a esquecer,
Há palavras que nem chegam a nascer… palavras por dizer… palavras!” (música do grupo Alto Risco e que há uns anos ouvi, à beira mar, com as lágrimas a cair pela amizade misturada com a chuva que suavizava) … Carpe Diem!

05 novembro 2006

Pedaços de uma tarde

E eis que o dia declina. A escuridão toma conta dos mais recônditos cantos deste lado do nosso mundo... exterior. Sim, exterior, porque o mundo interior tem luz; a luz que o sol envergonhado foi deixando passar por entre as núvens da tarde com algumas goticulas de água à mistura. Luz que uma núvem, na noite escura, queria ofuscar para que o imponente Cristo Rei não brilhasse sobre o tejo e a nossa cidade. Mas Ele ali estava, braços abertos às gotas que caiam sobre outras tantas no rio, a brilhar como que erguendo-se ao céu escurecido, dando-lhe o brilho que vislumbra o olhar de quem sabe apreciar a beleza em redor, de contemplar um imponente monumento com os olhos do coração.
E a tarde, essa que deixou passar a luz do sol, sem que esta ofuscasse a do calor humano de quem foi companhia AMIGA..., essa tarde feita de pedaços de vida onde visitar Templos, celebrar a Fé, olhar o passado e as ruinas da nossa cidade , a sua história mais não foi que o olhar no futuro, na esperança de que o mundo possa um dia dizer que é bom fazer parte da vida de alguém.
E a noite cai... mas o mais importante é anoitecer com a alegria de estar com AMIGOS, com eles ficar mais enriquecido no conhecimento da história e da arte, na certeza de que afinal não estamos sós... alguém caminha connosco e ao nosso lado.
Sentimento:
Gratidão...
Pensamento:
"foi o tempo que perdeste com a tua rosa que a tornou tão importante (S. Exupery).
O amanhã: esperança de que o hoje tenha valido a pena para que o amanhecer tenha um sentido renovado...

03 novembro 2006

VERDADEIRA AMIZADE


"Palavras amáveis multiplicam os amigos, a linguagem afável atrai muitas respostas agradáveis.
Procura estar de bem com muitos, mas escolhe para conselheiro um entre mil.
Se queres ter um amigo, põe-no primeiro à prova, não confies nele muito depressa.
Com efeito, há amigos de ocasião, que não são fiéis no dia da tribulação.
Há amigo que se torna inimigo, que desvendará as tuas fraquezas, para tua vergonha.
Há amigo que só o é para a mesa, e que deixará de o ser no dia da desgraça; na tua prosperidade mostra-se igual a ti, dirigindo-se com à vontade aos teus servos; mas, se te colhe o infortúnio, volta-se contra ti, e oculta-se da tua presença.
Afasta-te daqueles que são teus inimigos, e está alerta com os teus amigos.
O verdadeiro amigo é um tesouro.
Um amigo fiel é uma poderosa protecção; quem o encontrou, descobriu um tesouro.
Nada se pode comparar a um amigo fiel, e nada se iguala ao seu valor.
Um amigo fiel é um bálsamo de vida; os que temem o Senhor acharão tal amigo.
O que teme o Senhor terá também boas amizades, porque o seu amigo será semelhante a ele".

Bem Sirá (6, 5-17)

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