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25 dezembro 2006

EM GRECCIO FOI NATAL

Francisco tinha tudo preparado,
Como naquela noite em Belém,
Logo se ouviu em todo descampado:
Muitas vozes cantando paz e bem.

Eram frades e o povo a chegar;
Tochas acesas, coração feliz.
A Greccio acorriam p’ra celebrar
Essa noite com Francisco de Assis.

Quando ele o evangelho explicava;
Toda aquela gente pasmou e viu;
Pois Francisco no menino pegava,
E Este, ganhando vida, sorriu.

Exultem os coros de anjos no céu.
Todo o mundo resplandeça de Luz,
Nos braços do Poverello nasceu
A Paz do mundo, o menino Jesus.

Noite de Greccio, noite de Belém;
Qual noite cintilante só de amor.
Feito pobre nasce da Virgem Mãe,
Deus feito Homem, nosso redentor.

Correi irmãos neste dia de Luz;
Ide p’los campos sementes lançar.
Neste dia em que nos nasce Jesus,
As aves irmãs ide alimentar.

Assim Francisco o natal evocou;
Deixando-nos tão bela tradição.
E toda a terra sempre celebrou
O presépio em seu coração.

(Frei Albertino S. Rodrigues O.F.M.)



08 dezembro 2006

MARIA... Mulher e Mãe...

“Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o Seu Filho, nascido de mulher, nascido sujeito à Lei, para resgatar os que se encontravam sob o jugo da Lei e para que recebêssemos a adopção de filhos” (Gl 4, 4-5). Hoje o mundo colocou o seu olhar sobre uma Mulher e Mãe: MARIA… Não se trata de uma mulher qualquer mas a Mulher de Nazaré, Aquela que vem abrir de novo a porta da salvação que Eva havia fechado. O Pecado da Humanidade, no seu início, é agora arrebatado para longe do coração porque, Deus em Maria nos oferece o primado do Amor: JESUS, o Verbo que por nós, e para nós, se torna humano. É impressionante como desde sempre o Cristianismo celebra com fé a Mãe de Jesus como Mãe da Igreja e como Mãe de Deus. Os Padres da Igreja, mestres de espiritualidade cristã, deram voz à fé da comunidade dos crentes, pondo em evidência as verdades que se referem à excepcional especificidade de Maria. Ela é a Theotokos, a Deipara, a Mãe de Deus, que a Igreja honra com um “culto especial” (Lumen gentium, 66). Maria é a arca de Nova Aliança, que leva em si o Salvador. Assim no-lo afirma Isabel: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor. Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.” (Lc 1, 42-45). Como pode um ser, no ventre materno, reconhecer que está diante de tão grande Mulher? Mais ainda; como pode reconhecer estar diante do Salvador, também Ele no ventre da Sua Mãe? Maria é a predestinada para nos revelar o grande amor que o Pai nos tem. Ela é chamada, desde o ventre de Ana, a não ter pecado para gerar em si o autor da Vida, Aquele que liberta todo o Homem do mal; Ela é a arca da Nova Aliança. E Maria, a Mulher pobre e simples de Nazaré, exclama perante tal saudação: “A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome.” (Lc 1, 46-49) Maria aclama o Seu Senhor, Ele que a Ela torna Senhora e Rainha do mundo, Mãe da Humanidade, modelo de vida para tantos… A escrava que se torna Senhora, a serva que se torna Rainha, a Filha que se torna Mãe… Aquela que nasce no contexto, e espera a promessa, da antiga Aliança torna-se a portadora da Nova Aliança. Ó Imaculada concebida! Tu, sim Tu, Aquela que teve a dita de nascer sem mácula, de ser a predestinada a não precisar do perdão para o pecado contraido em Adão. Tu foste escolhida desde sempre como merecedora de ser concebida com tal honra e dignidade. Poucos reconheceram, como o Beato Franciscano João Duns Escoto (1266-1308) cantor e defensor da Imaculada Conceição, que escreveu a esse respeito: “Se portanto Cristo nos reconciliou com Deus da maneira mais perfeita, mereceu que fosse removido de alguém este gravíssimo castigo. Isto não pôde ser senão a favor da sua Mãe”. Tão pouco se fala deste grande teólogo e foi ele quem de uma forma tão especial deu ao mundo a reflexão sobre a Imaculada Conceição da Virgem Maria. E em Lourdes, França, é Maria que afirma “Eu sou a Imaculada Conceição” e o Papa assim o confirma. Só a ternura do amor vivido pelo humanismo franciscano poderia levar tão nobre causa à barra de um tribunal, eclesiástico. E a Mãe, Senhora do mundo e Rainha da Ordem Franciscana, confirma o que desde há oito séculos os Seus filhos, nascidos à sombra da Porciuncula, já celebravam em seu coração. Ali Francisco de Assis entrega o legado da Menoridade Franciscana, que Cristo lhe concedeu ao dar-lhe irmãos, sob a protecção da Senhora dos Anjos da Porciuncula. E é esta mesma capelinha, ainda hoje, o lugar do PERDÃO de Assis. Cristo é a Palavra Encarnada em Maria. Na sua segunda Carta aos Fiéis escreve Francisco de Assis: “o Pai Altissimo, pelo seu arcanjo S. Gabriel, anunciou à santa e gloriosa Virgem Maria, que esse Verbo do mesmo Pai, tão digno, tão santo e glorioso, ia descer do céu, a tomar a carne verdadeira da nossa humana fragilidade em sua entranhas. E sendo Ele mais rico do que tudo, quis, no entanto, com sua Mãe bem-aventurada, escolher vida de pobreza” (2 CF I, 4-5). Na carta a toda a Ordem, o mesmo Francisco, confessa os seus males não esquecendo aí também Aquela que trouxera o Perdão: “além disso, confesso todos os meus pecados ao Senhor Deus, Pai, Filho e Espírito Santo; à Bem-Aventurada Virgem Maria e a todos os Santos do céu…” (CO 38). E o seu amor por Maria era tal que mesmo ao escrever um fício da paixão outra antífona não encontrou senão “Santa Virgem Maria”, que repete antes e depois de todos os salmos. Maria, Mãe da Humanidade redimida em Cristo Jesus, o Verbo feito Menino, é também a Mãe que Francisco leva no seu coração. Ainda hoje, é ali na Porciuncula, berço da Ordem, que o coração de Francisco bate mais forte, ali fundou a Menoridade, ali recebeu Clara e tantas filhas suas, ali ele mesmo quis entregar o seu corpo à irmã morte corporal, ali onde a presença maternal da Imaculada tinha o aconchego do primado do Amor de Deus. Neste dia em que tantos celebraram o dia da mãe, em que Portugal celebrou a sua Padroeira e Rainha, em que todos cantámos Avé Maria… hoje mesmo, ao declinar do dia, deixo esta reflexão que mais não é que o deixar falar o coração, sem teologias ou filosofias, sem preocupação pela história, mas por celebrar e agradecer à Mãe tanto e tanto que d’Ela nos vem. E com Francisco de Assis quero exclamar: "Salvé, Senhora santa Rainha, santa Mãe de Deus, Maria, Virgem convertida em templo, e eleita pelo santíssimo Pai do céu, consagrada por Ele com o seu santíssimo e amado Filho e o Espírito Santo Paráclito: que teve e tem toda a plenitude da graça e todo o bem! Salvé, palácio de Deus! Salvé, tabernáculo de Deus! Salvé, casa de Deus! Salvé, vestidura de Deus! Salvé, mãe de Deus! E vós, todas as santas virtudes, que pela graça e iluminação do Espírito Santo sois infundidas no coração dos fiéis, para, de infiéis que somos, nos tornardes fiéis a Deus” (SVM)
Maria, Mãe Imaculada, a ti ofereço tudo o que sou e tenho… leva tudo ao Pai para que por Ti, Maria, Mulher e Mãe, o meu pobre louvor seja para honra e glória da Santíssima Trindade.

05 dezembro 2006

FRIO... ALMA...


Neste momento, lá fora, na tarde escura como breu, ressoa no ar um trovão… sim, acabei de o escutar.
Noutros tempos eu corria para casa, para o aconchego do lar; muito era o medo dos trovões.
A noite escura e o ribombar da natureza parecem querer assustar tudo e todos mas… á almas que escutam e vislumbram tudo ao seu redor como um anoitecer que leva sempre a um novo amanhecer.
E os trovões aumentam e já a chuva começa a cair…
Mas vim escrever o que uns minutos antes alguém havia deixado como mensagem: “apesar do frio, a tua amizade aquece a minha alma…”.
Era do frio físico que se falava mas bem podia ser do frio que muitas vezes a vida traz.
O frio que nos faz aquietar e recolher tantas vezes à beleza e calor de uma lareira, uma lareira se houver, ou um casaco quente que nos faz sentir mais vivos porque aconchegado o nosso humano corpo no calor…
Frio numa tarde… mas um frio diferente. Este não dera lugar ao desejo de uma lareira ou um casaco quentinhos. Este frio desta tarde levou alguém a pensar em outrem… um AMIGO!
O frio que se ente humanamente dá lugar a um calor diferente, o calor da ALMA. A alma (do latim “anima” = vida) não é algo transcendente como muitas vezes pensamos. Ela é tudo o que somos e temos, somos nós sem mais, a Vida que Deus nos concedeu no amor de um pai e uma mãe, no caminho que vamos percorrendo e construindo passo a passo.
Que bom sentir que a nossa Amizade aquece a Alma (Vida) de alguém…
E lá fora o frio aumenta, o ribombar continua, a chuva cai mas… permanece o calor de tantas pessoas a quem uma palavra simples e um gesto amigo aquecem a Alma.
Que nunca duas almas deixem de se sentir próximas na amizade que acalenta o frio de cada momento da vida.
OBRIGADO POR SERES…

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