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17 dezembro 2013

Óh! Vinde sem demora (antífonas do Ó)

As antífonas do Ó, ricas na sua beleza e no que simbolizam neste tempo do advento, são antífonas - pequenas frases que, desde hoje e até ao dia 23, rezamos ou cantamos como antífonas do Magnificat, na Oração de Vésperas, e como estrofe da aclamação ao Evangelho da Eucaristia. Refira-se ainda que nestes momentos da liturgia estas antífonas já estão um pouco mais simplificadas mas sem perderem o verdadeiro sentido original.
Pesquisei na net em vários sítios, pedi ajuda aos confrades mais doutos que eu nestas coisas da liturgia. O texto que se segue é o meu resumo do que pude aprender.
Desde o dia 17 de Dezembro ao dia 23, nos momentos litúrgicos acima referidos, cantam-se as antífonas do Ó, habitualmente com
melodias gregorianas, antes e depois do Magnificat. Ao que parece terão sido compostas entre os séculos VII e VIII. Pode dizer-se que no seu conjunto resumem um verdadeiro e admirável compêndio da cristologia da antiga Igreja, sendo um resumo expressivo do desejo de salvação de toda a humanidade, tanto de Israel no Antigo Testamento, como da Igreja no Novo Testamento. Trata-se de pequenas estrofes ao jeito de oração, dirigidas a Cristo e que resumem o espírito deste tempo de Advento e Natal.
Ao cantar, proclamar ou rezar estas antífonas a Igreja expressa a sua admiração diante do mistério de
Deus feito Homem.
É de realçar a força com que começam, através da
interjeição «Ó», que nos adentra para uma compreensão cada vez mais profunda de tal mistério, bem como a forma suplicante com que terminam: «Vem, não tardes mais!». Estas antífonas são súplicas a Cristo, reverenciando o Senhor que vem, com um título diferente em cada dia, título messiânico retirado do Antigo Testamento, mas que de alguma forma preconiza toda a plenitude que se realizará no Novo:
As antífonas em latim têm uma outra particularidade que eu não sabia e que aprendi agora. Vejamos como começam elas em latim e os dias correspondentes:
17 de dezembro: "O Sapientia" (Ó Sabedoria, que saístes da boca do Altíssimo)18 de dezembro: "O Adonai" (Ó meu Senhor, Guia da Casa de Israel)19 de dezembro: "O Radix" (Ó Raiz de Jessé)20 de dezembro: "O Clavis" (Ó Chave de David)21 de dezembro: "O Oriens" (Ó Sol nascente, esplendor da Luz Eterna)22 de dezembro: "O Rex gentium" (Ó Rei das Nações)23 de dezembro: "O Emmanuel" (Ó Deus connosco)Se lermos as palavras, formadas pelas letras iniciais das palavras latinas, após a interjeição “O”, e lidas no sentido inverso, da última para a primeira, encontramo-nos diante do acróstico (composição poética em que as letras iniciais dos versos, ou as do meio, ou as do final, formam uma frase ou uma palavra) «ERO CRAS».
De acordo com os meus confrades, doutos nestas cousas, “ero” significa “ontem” e “cras” significa “amanhã”.
Aumentou a minha curiosidade acerca da tradução e significado de tal acróstico. Voltei a questionar os confrades e, dizem eles, e eu assim o creio, significa «virei amanhã, serei amanhã, estarei amanhã», reflectindo desta forma a resposta do
Messias à súplica dos fiéis.

Deixo aqui o texto em latim e a tradução que encontrei para a língua Lusa. Confio que esta esteja correcta e com o verdadeiro sentido do original.
Em cada dia respectivo presidirá, no painel rolante (em cima), a antífona respectiva como forma de oração desse dia.

O Sapientia, quae ex ore Altissimi prodiisti, attingens a fine usque ad finem, fortiter, suaviterque disponens omnia: veni ad docendum nos viam prudentiae.
Ó Sabedoria, que saístes da boca do Altíssimo, e atingis até os confins de todo o universo, e com força e suavidade governais o mundo inteiro: oh vinde ensinar-nos o caminho da prudência!

O Adonai, et dux domus Israel, qui Moysi in igne flammae rubi apparuisti, et ei in Sina legem dedisti: veni ad redimendum nos in brachio extento.

Ó Adonai (Senhor), guia da casa de Israel, que aparecestes a Moisés na sarça ardente, e lhe destes a vossa lei sobre o Sinai, vinde salvar-nos com braço poderoso!

O Radix Jesse, qui stas in signum populorum, super quem continebunt reges os suum, quem gentes deprecabuntur: veni ad liberandum nos, jam nolli tardare.

Ó Raiz de Jessé, ó estandarte, levantado em sinal para as nações! Ante vós se calarão os reis da terra, e as nações implorarão misericórdia: Vinde salvar-nos! Libertai-nos sem demora!


O Clavis David, et sceptrum domus Israel, qui aperis, et nemo claudit; claudis, et nemo aperit: veni et educ vinctum de domo carceris, sedentem in tenebris et umbra mortis.

Ó Chave de David, ceptro da casa de Israel, que abris e ninguém fecha, que fechais e ninguém abre: vinde logo e libertai o homem prisioneiro que, nas trevas e na sombra da morte está sentado.


O Oriens, splendor lucis aeternae et sol justitiae: veni et illumina sedentes in tenebris et umbra mortis.

Ó Sol Nascente justiceiro, resplendor da Luz eterna: Oh, vinde e iluminai os que jazem entre as trevas e na sombra do pecado e da morte estão sentados.

O Rex Gentíum, et desideratus earum, lapisque angularis, qui facis utraque unum: veni, et salva hominem quem de limo formastí.


Ó Rei das Nações, desejado dos povos; ó Pedra Angular, que os opostos unis: Oh, vinde e salvai este homem tão frágil, que um dia criastes do barro da terra!

O Emmanuel, Rex et legifer noster, expectatio gentium et Salvator earum: veni ad salvandum nos, Domine Deus noster.

Ó Emanuel – Deus-connosco, nosso Rei Legislador, Esperança das Nações e dos povos Salvador: Vinde enfim para salvar-nos, ó Senhor nosso Deus!

Termino suplicando “Maranatha!” , vem Senhor Jesus!
(fontes: Wikipédia, a enciclopédia livre, outros sítios da net e Dictionnaire de Archeologie Chretienne et de Liturgie, publié par Dom Fernand Cabral, XII, Paris, 1936, p. 1816)

01 dezembro 2013

Advento: Sentido e espiritualidade

Sentido do Advento

A palavra “advento” vem do latim ad-venio, que por sua vez é a tradução da palavra grega parusía, que significa presença, chegada. A palavra adventus significa vinda, advento. Provém do verbo vir. Era utilizada na linguagem pagã para indicar o adventus da divindade: sua vinda periódica e sua presença no recinto sagrado do templo. Neste sentido, a palavra adventus deve significar «retorno» e «aniversário». Também se utilizava a expressão para designar a entrada triunfal do imperador: Adventus divi.
Na linguagem cristã primitiva, com a expressão adventus se fazia referência à última vinda de Jesus, a sua volta gloriosa e definitiva. Mas em seguida, ao aparecer as festas de natal e epifania, adventus serve para significar a vinda do Senhor na humildade da condição humana. Deste modo a vinda de Jesus em Belém e sua última vinda, no fim dos tempos, se contemplam dentro de uma visão unitária, não como duas vindas distintas, mas sim como uma só e única vinda, desdobrada em etapas distintas.Advento, portanto, não é, propriamente, tempo de espera, mas é o tempo em que a presença de Deus no mundo já começou. Deus, mesmo que de modo oculto, já está presente no mundo. Sua manifestação vai crescendo e se desdobrando ao longo de toda história. Advento significa presença de Deus já começada. Isto implica que o cristão não olha somente o que já foi e o que aconteceu como também ao que está por vir. Em meio a todas as contradições do mundo, tem a certeza de que a semente do Reino de Deus segue crescendo, muitas vezes de modo oculto, até o dia em que o projecto de Deus vai triunfar definitivamente. Então, a presença de Deus, que já começou há muito tempo, será um dia presença total.

Espiritualidade do Advento

A liturgia do Advento impulsiona a reviver alguns dos valores cristãos da maior importância, como a alegria, a esperança, a pobreza, a conversão.Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e actual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará definitivamente na parusía (regresso) do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é Maranatha! Vem Senhor Jesus!O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.
O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo, não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, lutando incessantemente contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza económica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus e não dos bens terrenos. Pobreza que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.

13 fevereiro 2013

Quaresma... Caminho para a Cruz.

Na linguagem corrente, a Quaresma abrange os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até ao Sábado Santo. Contudo, a liturgia propriamente quaresmal começa com o primeiro Domingo da Quaresma e termina com o sábado antes do Domingo da Paixão.
A Quaresma pode considerar-se, no ano litúrgico, o tempo mais rico de ensinamentos. Lembra o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador. Foi instituída como preparação para o Mistério Pascal, que compreende a Paixão e Morte (Sexta-feira Santa), a Sepultura (Sábado Santo) e a Ressurreição de Jesus Cristo (Domingo e Oitava da Páscoa).
Data dos tempos apostólicos a Quaresma como sinónimo de jejum observado por devoção individual na Sexta-feira e Sábado Santos, e logo estendido a toda a Semana Santa. Na segunda metade do século II, a exemplo de outras igrejas, Roma introduziu a observância quaresmal em preparação para a Páscoa, limitando porém o jejum a três semanas somente: a primeira e quarta da actual Quaresma e a Semana Santa.
A verdadeira Quaresma com os quarenta dias de jejum e abstinência de carne, data do início do século IV, e acredita-se que, para essa instituição, tenham influído o catecumenato e a disciplina da penitência pública.
O jejum consistia originariamente numa única refeição tomada à tardinha; por volta do século XV tornou-se uso comum o almoço ao meio-dia. Com o correr dos tempos, verificou-se que era demasiado penosa a espera de vinte e quatro horas; foi-se por isso introduzindo o uso de se tomar alguma coisa à tarde, e logo mais também pela manhã, costume que vigora ainda hoje. O jejum actual, portanto, consiste em tomar uma só refeição diária completa, na hora de costume: pela manhã, ao meio-dia ou à tarde, com duas refeições leves no restante do dia.
A Igreja prescreve, além do jejum, também a abstinência de carne, que consiste em não comer carne ou derivados, em alguns dias do ano, que variam conforme determinação dos bispos locais.Na maior parte dos países, e também em Portugal, são dias de jejum e abstinência a quarta-feira de cinzas e a sexta-feira santa. Por determinação de algumas Conferências Episcopais, nas sextas-feiras do ano (inclusive as da Quaresma, excepto a Sexta-feira Santa) fica a abstinência comutada em outras formas de penitência.
Praticar a abstinência é privar-se de algo, não só de carne. Por exemplo, se temos o hábito diário de assistir televisão, fumar, etc, vale o sacrifício de abster-se destes hábitos nesses dias. A obrigação de se abster de carne começa pelos 14 anos, ano em que se pode ministrar o sacramento da Confirmação. A obrigação de jejuar, limitando-se a uma refeição principal e a duas mais ligeiras no decurso do dia, vai dos 21 aos 59 anos. Quem está doente (e também as mulheres grávidas) não está obrigado a jejuar.
Todos pecamos, e todos precisamos fazer penitência”, afirma São Paulo. A penitência é uma virtude sobrenatural intimamente ligada à virtude da justiça, que “dá a cada um o que lhe pertence”: de facto, a penitência tende a reparar os pecados, que são ultrajes a Deus, e por isso dívidas contraídas com a justiça divina, que requer a devida reparação e resgate. Portanto, a penitência inclina o pecador a detestar o pecado, a repará-lo dignamente e a evitá-lo no futuro.
A obrigatoriedade da penitência nasce de quatro motivos principais, a saber:
. - Do dever de justiça para com Deus, a quem devemos honra e glória, o que lhe negamos com o nosso pecado;
.- Da nossa incorporação com Cristo, o qual, inocente, expiou os nossos pecados; nós, culpados, devemos associar-nos a ele, no Sacrifício da Cruz, com generosidade e verdadeiro espírito de reparação.
.- Do dever de caridade para com nós mesmos, que precisamos descontar as penas merecidas com os nossos pecados e que devemos, com o sacrifício, esforçar-nos por dirigir para o bem as nossas inclinações, que tentam arrastar-nos para o mal;
.- Do dever de caridade para com o nosso próximo, que sofreu o mau exemplo de nossos pecados, os quais, além disso, lhe impediram de receber, em maior escala, os benefícios espirituais da Comunhão dos Santos.
Vê-se daí quão útil para o pecador aproveitar o tempo da Quaresma para multiplicar suas boas obras, e assim dispor-se para a conversão. Segundo os Santos Padres, a Quaresma é um período de renovação espiritual, de vida cristã mais intensa e de destruição do pecado, para uma ressurreição espiritual, que marque na Páscoa o reinício de uma vida nova em Cristo ressuscitado.
A Quaresma tem por escopo primordial incitar-nos à oração, à instrução religiosa, ao sacrifício e à caridade fraterna. Recomenda-se por isso a freqüência às pregações quaresmais, a leitura espiritual diária, particularmente da Paixão de Cristo, no Evangelho ou em outro livro de meditação.
O jejum e abstinência de carne se fazem para que nos lembremos de mortificar os nossos sentidos, orientando-os particularmente ao sincero arrependimento e emenda de nossos pecados.
A caridade fraterna — base do Cristianismo — inclui a esmola e todas as obras de misericórdia espirituais e corporais.

(Fonte: Missal Romano)

Quais são as Obras de Misericórdia?
Corporais
1. Dar de comer a quem tem fome. 2. Dar de beber a quem tem sede. 3. Vestir os nus. 4. Dar pousada aos peregrinos. 5. Assistir aos enfermos. 6. Visitar os presos. 7. Enterrar os mortos.
Espirituais
1. Dar bom conselho. 2. Ensinar os ignorantes. 3. Corrigir os que erram. 4. Consolar os tristes. 5. Perdoar as injúrias. 6. Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo. 7. Rogar a Deus por vivos e mortos.

31 janeiro 2013

Crer em Deus: o dom da fé

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