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26 março 2007

ANUNCIAÇÃO


“O Verbo fez-se homem e veio habitar connosco.
E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1, 14).

É este o grande mistério que a Igreja celebra a cada 25 de Março, este ano a 26 pelo facto de 25 ser ao Domingo, Dia da ressurreição e, por isso, dificilmente substituído por outra festa.
Celebramos o dom de Deus que vem ao nosso encontro, toma a nossa fragilidade humana para nos resgatar do pecado e da morte.
Deus cumpre assim a promessa feita no passado: “o próprio Senhor vos dará um sinal: a virgem conceberá e dará à luz um filho e o seu nome será ‘Emanuel’, porque Deus está connosco” (Is 7, 14).
Por Eva, com a tentação e o pecado, é fechada à humanidade a porta do céu. Mas Deus, que é bondoso e rico em misericórdia, não podia deixar a Sua casa vazia, Deus não esquece a Sua promessa, Ele está atento ao Seu Povo: “Eu bem vi a opressão do meu povo que está no Egipto, e ouvi o seu clamor diante dos seus inspectores; conheço, na verdade, os seus sofrimentos
(Ex 3, 7). O choro dos seus filhos chegou ao céu e Deus promete a Salvação. Ele mesmo vem salvar-nos, é o Emanuel, o Deus connosco.
E se por uma mulher entrou o pecado no mundo, é por uma outra Mulher que vem a redenção.
Maria é a escolhida, predestinada e consagrada, antes de ser concebida – sem mácula – para ser a Mãe do Salvador: “Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo” (Lc 1, 28).
Maria, pobre mulher de Nazaré, espera como todas as outras o Messias. Mal podia imaginar o desígnio de Deus acerca de si mesma. Esta saudação traz-lhE receio: “Como será isso, se eu não conheço homem?” (Lc 1, 38). Este receio é o de não entender como será possível ser Mãe, se ainda não tinha estado com homem algum. Como seria isso possível? Mas este receio pode ter também, atrás de si, o medo do julgamento público – também temido por José – que a levaria ao apedrejamento em praça pública.
Mas Deus revela-se atento ao aperto no coração de Maria, Deus não desiste do Seu desígnio sobre Ela para bem da humanidade inteira e de todos os tempos: “Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus.
Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus.” (…) “o Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus” (Lc 1, 30-35).
Maria como que serena a sua alma, enche-se de coragem e confia no Seu Senhor, no Deus da Aliança. Maria aceita ser a porta da Nova Aliança, a Arca da Salvação: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38).
A aceitação do projecto de Deus vai mais longe do que Ela poderiá imaginar. Maria, a partir desta hora, ficará sempre ligada ao silêncio, não a um silêncio como o das mulheres do seu tempo, mas um silêncio de intimidade com Deus, silêncio onde Ela se encontra consigo mesma e com a realidade de ser Mãe do Salvador. Quantas vezes Ela se recolheu ao silêncio da oração para encontrar o sentido das coisas que não entendia. Assim no-lo recorda Lucas ao dizer que “Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração” (Lc 2, 51).
E hoje celebramos este mistério do Verbo Incarnado. O Sim de Maria é – no dizer de Michel Quoist – como assinar uma folha em branco, onde Deus escreve a cada passo a Sua vontade acerca de nós. E a Sua vontade é que acolhamos o Verbo que vem ao nosso encontro, O levemos no coração e na vida aos outros, manifestando a nossa adesão total, a Fé profunda neste mistério da nossa Salvação.
Esta solenidade é de tal forma importante que, mesmo em tempo de quaresma, a liturgia se reveste de alegria, manifestada no branco da liturgia, no canto do Glória, nas leituras, no Credo rezado, hoje de forma especial com o convite à jenuflexão nas palavras “e incarnou pelo Espírito Santo”.
Este Espírito que dá a Vida e que actua em nós para que nos tornemos dignos do mistério do Verbo Incarnado.
Ao receber o Verbo, Maria:
De Mulher que espera o Messias, torna-se Aquela que traz o Messias.
De Filha de Deus, torna-se na Mãe de Deus.
De escrava, torna-se rainha.
De serva, torna-se Senhora.
De filha da humanidade, torna-se Mãe de todos os homens e mulheres de todos os tempos.

Termino com a oração conclusiva do rito da comunhão deste dia:

“Confirmai em nós, Senhor, os mistérios da verdadeira fé,
para que, tendo proclamado que Jesus Cristo,
concebido da Virgem Maria,
é verdadeiro Deus e verdadeiro homem,
cheguemos, pelo poder da ressurreição,
às alegrias da vida eterna”. Amén!

7 comentários:

Anónimo disse...

Como foi bom, no final deste dia que para mim desde sempre teve um significado muito especial, ir ao blog e encontrar esta bela reflexão à volta da Palavra de Deus, à volta do mistério da Encarnação.

MUITO OBRIGADA!

Faço das suas palavras a minha oração da noite...

E, como Maria e com Maria, renovo também hoje o meu «sim» ao projecto de Deus na minha vida.

C.M. disse...

Lindo!

Hoje, por motivos profissionais, não tive a oportunidade de participar na Santa Missa - mea culpa!

Porém, vou agora rezar ( é meia noite e meia...). E vou meditar nesse Mistério tão grande e maravilhoso que é o SIM de Maria!

Adorei, sinceramente, o seu texto.

Um abraço!

José de Jesus Cardoso disse...

Albertino,parabéns!
É importante transformares ideias em sólidosalicerces demeditação e reflexão na profundidade a Maria, Mãe de Jesus e Mãe da humanidade.
Vou estar sempre aqui porque gosto de ler o que escreves. Fá-lo com e lucidez nata. Bem hajas!

J. Cardoso

Filipa Albuquerque disse...

Obrigado por mais este post de meditação.
Paz e Bem

Anónimo disse...

Este texto foi para mim muito importante, foi um apelo à serenidade e à paz. Tocou-me profundamente e ajudou-me a abrir as portas do coração a MARIA, nossa MÃE, e arrepender-me do afastamento que, nestes últimos dias, senti do caminho da entrega, da confiança filial e da Graça Divina.
Nesta noite quero entregar, as minhas dúvidas, as minhas desilusões, as minhas inquietações, mas principalmente as minhas alegrias, as minhas conquistas, as minhas reflexões e as minhas intenções. Querida MÃE, ensina-me a caminhar na vida como tu.
Obrigada Amigo por este texto.

Anónimo disse...

Bom amigo!
Como sempre estás de parabéns pela maravilhosa relexão no blog sobre Maria,minha Mãe e Mãe de todos os homens... Faço só hoje o comentário,mas rezei com o texto dia da Anunciação... SIM de MRIA...
Obrigada pela profundidade e clareza com que falas da "Mulher" mais querida e amada por DEUS...
MARIA!
Na verdade amigo, ninguém tinha entendido o projecto de Deus.Nem o tinham entendido David,Natã, Salomão, os Reis de Israel. Todos lhe tinham contraposto os próprios sonhos e dele esperavam apenas uma coisa: ser ajudados a realizá-la.
Maria, não se comporta deste modo, não contrapõe a Deus um seu projecto. Pergunta somente qual o papel que ELE lhe quer confiar e aceita docilmente a sua iniciativa.
Aliás, todo a vida de Maria nos revela que o ascesso real à paternidade e maternidade de Deus, é o da Fé, da total e livre entrega a DEUS... FAÇA-SE...
Tocou-me e toca-me sempre muito frofundo, a atitude do Silêncio e escuta de Maria...
Oxalá eu soubesse escutar como Maria..., mesmo vivendo no meio de ruídos permanentes do ambiente,ter ouvidos e coração para acolher mensagens que me vêm da Palavra de Deus e também dos amigos que me querem bem e me ajudam...
« Faça-se como Deus quer»...
Aqui Maria está numa disponibilidade perfeita, para cumprir a vontade do Pai, todos os dias da sua vida: nos dias gozosos, dolorosos e gloriosos...

Como MARIA eu quero ser:
Entrega total,
dispnibilidade total do «AMEN» contínuo e generoso...
Execução fiel ao projecto de Deus em plenitude amorosa de radical obediência...
Quero ser um "SIM" assumido em alegre generosidade, em plena adesão interior à vontade do Pai...

Quero ser um "SIM"
amassado em dor e sangue, junto à Cruz Redentora, realizado até ao fim em total Amor oblativo...
Se isso quizer de mim, o Senhor...

Deus te pague amigo por tanta riqueza vivida e partilhada...

AVÉ MARIA

Avé Maria,
Mãe do todos os nosso desejos de felicidade.
Tu és a terra que diz sim à vida.
Tu és a humanidade que aceita Deus.
Tu és a nova Eva e a mãe dos vivos
Tu és o fruto das promessas do passado e o futuro do nosso presente.
Tu és a Fé que acolhe o imprivisível, Escuta o Espirito e maravilha-se.
Tu és a Fé que acolhe o invisível,
Como a flor se abre ao calor do sol.

Avé Maria,
Mãe de todos os nossos encontros humanos habitados por uma presença, onde o Amor atento se torna Visitação.
Tu és a nova arca da Aliança,
Tu trazes Deus para a intimidade das nossas casas.
Tu corres em direcção à montanha da Judeia,
para levares Deus ao homem sedento de felicidade:
O espírito faz cantar as tuas jornadas,
estremecer o percursor,
e saltar de felicidade a Tua prima Isabel.
Tu és a aurora da alegria da salvação no vazio dos nossos impasses.
Tu és a madrugada de uma festa eterna,
que põe a humanidade em estado de acção de graças.

Avá Maria,
Mãe de todas as nossas natividades,
Tu ofereces Jesus aos Pastores e aos magos à procura de luz.
Tu és a Mãe de todos os homens de boa vontade,
cuja vida comunica Deus aos pobres
e aos estrangeiros da terra.

Avé Maria,
Mãe dos nossos trabalhos e dos nosso amores vividos no dia a dia.
Em Nazaré Tu ensinas os gestos e as necessidades do homem,
A um Deus que encarna e vem,
para nos revelar o que Ele é e o que nós somos.

Avé Maria,
Mãe de todos as nossas procuras deste Deus imprevisto.
Desde o templo onde O perdes,
até ao Calvário onde ELE é perdido,
o Seu caminho parece-te louco.
Tu és cada um de nós que procura Jesus,
sem compreender bem a sua vida e as suas palavras.
Tu és a Mãe das obscuridades da fé,
que conserva todos os acontecimentos no seu coração,
aprofunda e emdita todos os nossos porquês
e confia no futuro de Deus e seu Senhor.

Avá Maria,
Mãe do todos os nossos sofrimentos.
Tu és a mulher de pé junto do Homem cricificado,
Tu és a Mãe de todos os que choram,
a inocência massacrada e o prisioneiro torturado.
Tu és a nossa materna esperança
que envolve os nossos gritos e as nossas dores.

Avé Maria,
Mãe de Jesus e do discípulo que acreditou.
Tu és a Mãe dos homens da Igreja,
Tu estás na encruzilhada da História da Salvação que Deus prejecta a partir de Abraão e Moisés.

Avé Maria, Mãe de todos os nossos pentecostes.
Tu estás com os Apóstolos,
A Igreja que reza
e acolhe os dons do Espírito Santo.

Avé Maria,
Mãe de todos as nossas esperanças
Tu és a estrela radiosa de um povo
caminhando para Deus.
Tu és o anúncio da Humanidade transfigurada,
Tu és o êxito da criação
que Deus fez para a Sua eternidade. Amén.

Michel HUBAUT, Franciscano
em "Christ, notre bonheur", Edit.Fayard
Trad. Lopes Morgado

Mª Teresa disse...

Boa tarde FA e Família Retalhos,
Que encanto o texto de seu punho (FA) e TODOS os comentários aqui juntos! Maria (Nossa Senhora) MERECE (sem dúvida) nossa profunda ADORAÇÃO! Minhas palavras singelas aqui fabricam um "bordado" que coloco à beira de S. Gabriel...bom, e como não possuo dotes nesta arte, vou engendrar algo gentil, fica prometido!

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