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19 março 2007

José... pai adoptivo...

Hoje todo o mundo celebrou o DIA DO PAI.
Numa capela, onde estariam cerca de 75 alunos do oitavo ano, para celebrar a Páscoa, nos passos de Jesus (da Ceia à Vida), perguntei porque se celebrava hoje o dia do pai.
Perplexo esperei resposta mas... em vão...
Ninguém sabia porque era este o dia do pai e não outro dia.
Não querendo deixar passar tão nobre pai, justo educador, Homem fiel ao apelo de Deus, sento-me... para reflectir e rezar o que, tão pouco, sabemos de São José.
A oração vai então surgindo em forma de poema, se é que
poema se pode chamar à pobreza das minhas letras, poema orante que reflecte o que o coração sente e reza nesta noite.
A José, pai de Jesus e nosso pai, entrego os pais de todos os amigos. Recordo os que mais sofrem na solidão e na doença, no abandono e silêncio da vida.
Que o Justo José, lá do alto, conceda a sua bênção e protecção...



José Homem Justo, Servo de Deus
Pobre habitante da cidade de Nazaré.
A tua humildade subiu, alcançou os céus
E do alto, agraciado foste, com o dom da Fé.

O mundo te aclama: Servo fiel e prudente
Pelo desígnio de Deus em ti realizado,
E se p’ra Cristo foste o pai, no mundo presente,
Hoje és pai do que n’Ele se sente irmanado.

Trabalhando a madeira, na simplicidade,
Sonhos tinhas de uma vida, alegre, futura.
Mas o Senhor te chama à santidade
Gerando, em teu sonhos jovens, a ruptura.

Desposado com Maria, Mulher fiel,
Não sabias o que te reservava Iahweh.
Deus te chama a acolher o Emanuel,
A adoptar, paternamente, o rebento de Jessé.

E Maria, tua esposa, do Espírito concebera,
Num Sim total e fiel ao seu Senhor.
Não entendendo, o medo, em ti nascera,
Levando-te, no silêncio, à fuga ao Deus Amor.

Não temas José: pois Maria dará à luz
Pelo Espírito Santo o Messias esperado.
E tu mesmo, como um pai, chamar-lhe-ás Jesus,
Dando cumprimento ao que na Escritura é revelado.

E a força do Altíssimo em sonho se revela
Porque Deus a ti, Homem justo, escolhera.
Escutando a Sua voz, voltas para Aquela
Que sendo Virgem, o Filho de Deus, acolhera.

O momento da alegria resplandece em Belém
Onde na pobreza nasce o autor da Vida.
E ali estás, como um pai, junto a Maria Mãe,
Aquela, predestinada, sem mácula concebida.

Na cidade de Jerusalém, doze anos passados havia,
Dessa noite de estrelas, magos e pastores.
Na aflição da perda do Menino, que agonia!
No Templo o encontras ensinando os Doutores.

Pouco mais a Escritura, de ti, nos dá a conhecer
Mas o mundo de ti não se esquece, jamais.
E por isso todo o Homem, hoje, quer agradecer
Por teu nome, José, o amor que sente a seus pais.

Acolhe-nos, pai José, fortemente em teu braço,
Como na imagem tua, Jesus nos é mostrado.
Pois, teus filhos somos, precisamos teu regaço
P’ra que o mundo hodierno, por ti, seja abençoado.

(Fr. Albertino Rodrigues O.F.M.)

8 comentários:

C.M. disse...

Eu, por mim, descobri-O muito recentemente. Foi uma paixão (mais uma) que me nasceu no coração. Foi Deus que ma suscitou, sem dúvida...

Tenho uma bela pintura de Ema Berta, com o tema da "Fuga para o Egipto". Ao contemplá-la inúmeras vezes, penso com comoção nessas terras, hoje tão dilaceradas, do Médio Oriente, que podemos hoje pisar com os nossos próprios pés, sentir neles a terra que foi pisada pelos pés de José de Maria e do Menino Jesus!

Anónimo disse...

Neste momento e através deste belo poema a S.José, recordo, rezo e presto homenagem a meu pai, que foi também um homem justo e humilde. Obrigada pai, por tudo o que me deste, na tua demasiado curta vida na terra. Obrigada amigo, por partilhar connosco este poema ajudando a rezar quem não sabe assim escrever...

C.M. disse...

Em tempo: lindo poema, Frei Albertino!

Um Abraço!

Anónimo disse...

Obrigada por nos dar este belo poema para rezar a vida de São José (não são assim tão «pobres» as suas palavras).

Como Cabral-Mendes digo também que descobri há releativamente pouco tempo a figura de São José. Descobri-o porque alguém de um grupo de casais queria saber mais qualquer coisa sobre São José. Passei a não apenas conhecê-lo melhor, mas a admirá-lo verdadeiramente.

Na verdade, São José só aparece na Sagrada Escritura enquanto necessário para o enquadramento familiar, religioso e social de Jesus. Depois da perda e do encontro de Jesus no templo, aos 12 anos, José como que «desaparece».

Mas fica o seu exemplo de disponibilidade total para os planos de Deus. Foi um dos instrumentos necessários para que se pudesse realizar a Encarnação do Filho de Deus e, consequentemente, a nossa Redenção.

Admiro sinceramente esta disponibilidade de São José, a sua humildade, o seu serviço, a sua coragem para o SIM aos planos de Deus, mesmo sem perceber nada, o seu silêncio e a sua discreção.

Que São José nos ajude a vivermos estas suas virtudes na nossa vida quotidiana, especialmente quando não conseguimos compreender os planos de Deus...

Filipa Albuquerque disse...

Mais uma vez o teu Dom de Palavra e a tua veia poética a surgirem e a fazer-nos meditar na figura de S. José.

Passei por aqui.

Bem haja pela partilha.
Paz e Bem

Anónimo disse...

Caro irmão.
Mais uma vez me edifica a tua partilha.
Desta vez sobre o Pai adoptivo de Deus, esposo de Maria, São José.
Uma linda meditação que enriquece. Obrigado!
A minha devoção a S. José ganhou um novo motivo quando tive o
privilégio de ver o filme "O Nascimento de Cristo". Achei muito feliz a imagem que o cineasta nos oferece deste Homem silencioso.
Sempre ao lado de Maria.
Confiado no possível de Deus, impossível humano.
Mergulhado no silêncio misterioso e eloquente.
Dá a cara, a vida ao mistério, sem nada explicar,a não ser com os seus olhos e o seu silêncio.
Muito humano, por isso divino.
Querido Pai de Jesus Humano,
faz-nos também mais humanos,
para que mais divinos!
Paz e Bem!
Frei Armindo

Anónimo disse...

Sempre amigo!
Estás de parabéns mais uma vez, pelo teu Dom de Palavra e veia poética expressa neste lindo poema que escreveste a S. José... pai adoptivo... que é um dos meus santos protetores preferidos desde menina...
Gostei muito do poema...
José, foi um homem que se deixou encantar pelos sonhos de Deus. Ele ouviu a Sua voz, e aceitou a missão que ELE lhe confiou...
Ele ouve a voz de Deus através de um sonho, mas,a comunicação não fica por aqui...
José acredita no sonho, e faz sua a vontade de Deus, manifestada a seu respeito:«despertando do sono, José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor», ou seja toma Maria por esposa e o fruto que no seu ventre se havia gerado, por obra do Espírito Santo.
Jósé, era um homem justo e fiel.
Por estar plenamente aberto à vontade de Deus, permite que ELE actue na sua vida; vive na fidelidade ao compromisso assumido com o próprio Deus: ser pai de Jesus Cristo e esposo de Maria...
José representa a paternidade de Deus, em relaçºao a Jesus Cristo, o Verbo Encarnado... Ele conhecia bem a sua missão para com Jesus...
- José, foi um dócil instrumento nas mãos de Deus,
- José foi um santo no abandono, nas mãos desse mesmo Deus;
- Foi o santo do silêncio que ama e que age;
- O santo do abandono total à vontade de Deus;
- Foi o mestre do trabalho de Jesus;
- O modelo dos operários, amigo dos pobres, dos emigrantes, dos que sofrem;
- O santo da Divina Providência;
- O santo que viveu no silêncio e na intimidade com Jesus;
- O santo que viveu em comunhão de vida e trabalho com Jesus;
- O santo que teve a sua missão associada à de Maria; pois com Ela partilhou sofrimentos e alegrias;
- José viveu na sua própria carne a adesão plena à vontade de Deus; abandonou-se nas sua mãos, deixando-se guiar por ELE.

João Paulo II afirma:
« São José era um "homem justo", fiel e dócil à Palavra de Deus... Envolvido de perto no mistério da Encarnação, foi-lhe pedido que acreditasse naquilo que humanamente era difícil de comprender. Viu desabrochar em Maria uma vida que ere de origem Divina, e e só a fé lhe permitiu não fugir diente do mistério:"Não temas, José" (Mt 1,20). A exortação do anjo, faz-nos intuir os temores, embora tão humanamente compreensíveis, tornando-o próximo de nós».
S. José é nosso modelo e intercessor junto de Deus, no nosso seguimento de Seu filho...
Foi um homem portador de esperança e de vida, porque teve em si a vitalidade e a força invencível de Deus, até mesmo no mais duro sacrifício...
Sejamos como José; simples, humilde,, silenciosos e acolhedores...
Recorramos à sua protecção com confiança; como fizeram, Santa Teresa de Jesus, São Bernardo, São Francisco, São Francisco de Sales, convencidos do imenso Bem que podiam esperar da sua amável protecção, em todas as necessidades da vida...

Anónimo disse...

A presença de S. José acompanha-me desde sempre. Foi por meu pai, seu amigo incondicional, e por meus tios que a recebi mas foi, posteriormente, quando fiz parte dum grupo de mães que quis homenagear a figura paterna que tentei ir mais longe. Foi um trabalho de busca, porque o que encontramos no texto bíblico é escasso. Não sei até onde vai a imaginação humana mas eu encontrei textos lindíssimos que contam desde a história da "flor da varinha" de S. José, ao compromisso do casamento com Maria, passando pelas dificuldades que terá encontrado no seu trabalho e no tempo em que foi emigrante para proteger Jesus bem como alguns dados da sociedade de então. No meio de tudo isto fui encontrar a explicação dum quadro que minha avó tinha na sua sala de jantar: o casamentos de Maria e José, que nunca tinha compreendido.

Mas também me ficou e permanece uma questão: associamos a figura de S. José à figura do pai mas ele não é pai biológico. Então, não devemos, antes, encontrar em S. José a personificação de todos aqueles que, entram nas nossas vidas e cooperam no nosso crescimento? Tenho muita admiração e ternura pelos pais, incluindo o meu, mas creio que nenhuma família o é sem que partilhe esse dom para o exterior, para estar junto dos outros, com gratuidade e filiação divina, ajudando-as, também, a crescer.

No seu poema, Frei, toca esta questão. S. José aceita, pessoalmente, como Maria, desempenhar o papel que Deus oferece mas enquanto Maria vai falar com Isabel, José não diz a ninguém. Permanece firme, no lugar que lhe é pedido, como Deus junto da grande família de todos seus filhos. Só os corações de José e Maria sabem e sentem. Que cumplicidade com Deus!

C. Gomes

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