Hoje a Igreja celebra a Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo.Para a maior parte das pessoas, dadas às festas populares, que hoje terminam por todo o país, este é o dia chamado de S. Pedro.
É a ele que se dedicam hoje, os bailaricos, sardinhadas, arcos e balões, procissões no mar entre tantas outras manifestações populares.
Mas na verdade este não é apenas o dia de Pedro Apóstolo. A este grande pilar da Igreja está associado um outro grande pilar da mesma, o Apóstolo S. Paulo.
O facto de se esquecer, a maior parte das vezes deste último, o grande impulsionador da evangelização e missionação na Igreja nascente, Paulo, o doutor das gentes, que abriu novos horizontes à Igreja e deu a conhecer a verdadeira mensagem de Cristo – que os Apóstolos chamados directamente pelo Mestre (Paulo converte-se mais tarde e chama-se a si mesmo Apóstolo de Cristo) – e que nos faz chegar até hoje a sua eloquência de vida e fé, o facto de pouco o recordarmos neste que também é o seu dia leva-me, muito mais que fazer uma reflexão das leituras e sua mensagem a deixar aqui um texto hoje publicado no site da Igreja e que é a introdução do Missal à celebração deste dia.
Ao deixar aqui este texto pretendo contribuir para um maior conhecimento destas duas colunas da Igreja, tão diferentes mas unidas na mesma fé e múnus ministeriais.
Que hoje o mundo todos sejamos capazes de aclamar o Senhor da nossa história com a antífona de entrada da Vigília: “Pedro, Apóstolo e Paulo doutor das gentes, ensinaram-nos a Vossa Lei, ensinaram-nos a Vossa Lei, Senhor!”
“Desde o século III que a Igreja une na mesma solenidade os Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, as duas grandes colunas da Igreja. Pedro, pescador da Galileia, irmão de André, foi escolhido por Jesus Cristo como chefe dos Doze Apóstolos, constituído por Ele como pedra fundamental da Sua Igreja e Cabeça do Corpo Místico. Foi o primeiro representante de Jesus sobre a terra.S. Paulo, nascido em Tarso, na Cilícia, duma família judaica, não pertenceu ao número daqueles que, desde o princípio, conviveram com Jesus. Perseguidor dos cristãos, converte-se, pelo ano 36, a caminho de Damasco, tornando-se, desde então, Apóstolo apaixonado de Cristo. Ao longo de 30 anos, anunciará o Senhor Jesus, fundando numerosas Igrejas e consolidando na fé, com as suas Cartas, as jovens cristandades. Foi o promotor da expansão missionária, abrindo a Igreja às dimensões do mundo.Figuras muito diferentes pelo temperamento e pela cultura, viveram, contudo, sempre irmanados pela mesma fé e pelo mesmo amor a Cristo. S. Pedro, na sua maravilhosa profissão de fé, exclamava: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo». E, no seu amor pelo Mestre, dizia: «Senhor, Tu sabes que eu Te amo». S. Paulo, por seu lado, afirmava: «Eu sei em quem creio», ao mesmo tempo que exprimia assim o seu amor: «A minha vida é Cristo»!Depois de ambos terem suportado toda a espécie de perseguições, foram martirizados em Roma, durante a perseguição de Nero. Regando, com o seu sangue, no mesmo terreno, «plantaram» a Igreja de Deus.Após 2000 anos, continuam a ser «nossos pais na fé». Honrando a sua memória, celebremos o mistério da Igreja fundada sobre os Apóstolos e peçamos, por sua intercessão, perfeita fidelidade ao ensinamento apostólico.”
(in www.ecclesia.pt)






