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03 outubro 2008

Francisco e a irmã morte...

Capela/Lugar onde morreu S. Francisco de Assis

“A irmã morte”
(Adaptado de texto de Leonardo Boff)

Ano de 1226. Francisco está muito debilitado. O seu estômago não aceita mais alimento algum. Chega a vomitar sangue. Como pode um corpo tão enfraquecido, já tão morto, ainda não ter desfalecido? Transportado de Sena para Assis, Francisco ainda encontra forças para exortar os que acorrem a ele. E aos irmãos diz: "Meus irmãos, comecemos a servir ao Senhor, porque até agora bem nada fizemos de bom". Ao chegar a Assis, um médico se apresenta e constata que nada mais resta a fazer. Ao que Francisco exclama: "Bem-vinda sejas, irmã minha, a morte!" E convida aos irmãos Ângelo e Leão para cantarem o Cântico do Irmão Sol, ao qual Francisco Acrescenta a última estrofe em louvor a Deus pela morte corporal.
Aproximando-se a hora derradeira, Francisco deseja ser levado para a capelinha de Nossa Senhora dos Anjos, na Porciúncula, onde tudo havia começado. Lá, num gesto de despojamento, de identificação com o Cristo crucificado e de integração com o Pai, pede que o deixem, nu, sobre a terra e diz aos frades: "Eu cumpri a minha missão. Que Cristo vos ajude a cumprir a vossa". Despede-se de todos os irmãos; abençoa-os; lembra-lhes que "o Santo Evangelho é mais importante que todas as demais instituições". Anima o seu médico, dizendo-lhe: "Irmão médico, diz com coragem que a minha morte está próxima. Para mim, ela é a porta para a vida!" E, então, canta o Salmo 142. Francisco parte cantando, cortês, hospitaleiro e reconciliado com a morte.
O canto de Francisco está baseado numa percepção realista da morte: "Nenhum homem pode escapar-lhe". Francisco acolhe fraternalmente a morte. Nele realiza-se, de forma maravilhosa, o encontro entre a vida e a morte, num processo de integração da morte.
Francisco acolhe a vida assim como ela é, ou seja, na sua exigência de eternidade e na sua mortalidade. Tanto a vida como a morte são um processo que perdura ao longo de toda a vida. A morte faz parte da vida.
A grandeza espiritual e religiosa de Francisco no saudar e cantar a morte significa que já está para além da própria morte; ela, é a condição de viver eternamente, de triunfar de modo absoluto, de vencer todo embotamento do pecado que a transforma em tragédia. Francisco soube mergulhar na fonte de toda a vida. "Enquanto Deus é Deus, enquanto Ele é o vivente e a Fonte de toda a vida, eu não morrerei, ainda que corporalmente morra!"
(L. Boff).

7 comentários:

Anónimo disse...

Esta certeza de São Francisco, de que " a morte faz parte da vida", esta certeza com que ele enxerga a sua própria existência, sem entrar no mistério da contemplação divina,ou na vida " do lado de lá", mas,olhando o que aconteceu com a sua figura, enquanto homem de carne e osso guardado pela cultura da humanidade, cultuado pelos homens, nesses 800 anos, por todas as pessoas que conheceram sua vida, independente do credo... esta segurança...é Francisco me chamando a acreditar no" palpável" da eternidade ...pois a eternidade é isto que estamos vivendo, nós somos eternos porque sempre existimos, mesmo que não alcancemos esse mistério...Importa que o meu viver seja acordado com o que eu capto, com o que o Espírito me conceda alcançar.Francisco não só vive...ele faz valer a vida!Como ele, fomos todos pensados por Deus, passamos ora pela terra e continuaremos para sempre...Esse, acredito, seja o grito de Assis...o grito de Paz e Bem para cada um de nós..e..."se queres a paz...prepare a guerra..." a guerra da paz e bem...
Sirlene

Anónimo disse...

Ajuda-nos,
São Francisco de Assis,
A aproximar cada vez mais de Cristo
Da Igreja e do mundo actual.
Tu que levaste no teu coração
As preocupações dos teus contemporâneos,
Ajuda-nos,
Com o coração junto do coração do REDENTOR,
A compreender as dificuldades dos homens
Do nosso tempo…
Os difíceis problemas sociais,
Económicos e políticos,
Os problemas da cultura
E da civilização contemporânea,
Todos os sofrimentos do homem actual,
As sua dúvidas e as suas negações,
As sua dispersões e as sua tensões,
Seus complexos e suas inquietações.
…Ajuda-nos a traduzir tudo isto na linguagem simples
do EVANGELHO.
Ajuda-nos a resolver tudo de modo Evangélico
Para que o próprio Cristo possa ser
“ Caminho – Verdade e Vida”
Para o homem do nosso tempo.

Que todos nós como Francisco de Assis, saibamos mergulhar no Senhor FONTE DE VIDA ETERNA.
Unida a toda a Família Franciscana, convosco louvo o Deus Eterno e Omnipotente, FONTE de VIDA…Estou…
PAZ E BEM...

Anónimo disse...

Dia de S. Francisco. Dia da sua passagem, do seu trânsito desta vida para a outra.
Toca-me especialmente a reflexão de Leonardo Boff sobre a integração da morta na própria vida. “A morte faz parte da vida”. Sem a morte corporal ninguém passa para a outra vida, para aquela que perdura para sempre. “Ela (a morte) é a condição para viver eternamente…”

Num tempo em que nos confrontamos quase diariamente com o que já se passou a chamar “uma cultura da morte”, na verdade a maioria das pessoas não sabe encarar a morte na atitude de S. Francisco, ou seja, como “irmã morte” e “porta para a vida”, porque não assume a morte em atitude de fé.

Nesta vigília e no dia de amanhã, em que celebramos S. Francisco, saibamos aprender dele esta atitude positiva diante da morte, para que a “irmã morte” nos conduza para a vida verdadeira, a VIDA EM DEUS.

Anónimo disse...

IRMÃ MORTE!

Deitado na terra nua,
Francisco celebra a morte
com um cântico nos lábios.

Tão pobre, tão pobrezinho,
que pode a morte levar
senão as dores do corpo
mirrado de penitências?

Francisco morrera em vida,
a morte o fará viver.

Enquanto os frades soluçam,
um bando de cotovias
esvoaça, chirleando,
por sobre a pobre cabana.

Em S. Damião, Clara chora
com pena de ficar só.

- SÊ bendita, Irmã Morte!

O seu derradeiro alento
é o primeiro vislumbre
de grande encontro sonhado.

As chagas são cinco estrelas
a alumiar-lhe o caminho.

Lá na terra, as cotovias
e, num último clarão,
a saudade do Irmão Sol.

(Fr.M.Branco)
A vida de Francisco de Assis é para mim, uma vida apaixonante, com ela muitas coisas temos a aprender, a viver e a dar testemunho:
O despojamento a vivência do Santo Evangelho a identificação com Cristo Crucificado, o Amor à Eucaristia e amor aos irmão.
Acolhendo a Irmã Morte, como sendo a "porta para a vida".

Acolhamos assim a nossa mortalidade terrena na certeza duma Vida Nova, dum Ocaso que não tem Fim, Na Plenitude do Espírito, e com Francisco e toda a Família
Franciscana cantemos, como no Transito de S. Franciscco, hoje à tarde:

Altíssimo, Omnipotente
e Bom Senhor,
a Ti toda a honra e toda a glória,
a Ti, o louvor.

Anónimo disse...

Neste dia tão especial e, como não consigo transmitir por palavras, todo o Amor a Francisco que transborda no meu coracão, partilho aqui convosco o texto que mais me marcou nos Escritos de S. Francisco:

"A Verdadeira e Perfeita Alegria (VPA)

1 Certo dia, estando o bem-aventurado Francisco em Santa Maria, chamou o irmão Leão e disse-lhe:
– Irmão Leão, escreve
2 Este respondeu-lhe:
– Estou preparado,
3 – Escreve – disse-lhe – em que consiste a verdadeira alegria.
4 Supõe que chega um mensageiro com a notícia de que todos os mestres de Paris entram na Ordem. Escreve: “Não é essa a verdadeira alegria”.
5 E que, além disso, deram também entrada na Ordem todos os prelados ultramontanos, arcebispos e bispos, e ainda os reis de França e da Inglaterra. Escreve. “Não está nisso a verdadeira alegria”.
6 E que igualmente os meus irmãos partiram para entre os infiéis e os converteram todos à fé. E, além disso, que eu próprio recebi muitos milagres. Pois digo-te que ainda em nada disto está a verdadeira alegria.
7 Qual é, então, a verdadeira alegria?
8 Supõe que eu, ao voltar da Perúsia, chegava aqui altas horas da noite. É Inverno. Está tudo enlameado e o frio é tanto que da orla da túnica pendem sincelos que abrem feridas nas pernas e as fustigam até as fazer sangrar.
9 E, coberto de lama, gelado, a tiritar de frio, chego à porta. Depois de estar bastante tempo a tocar e a chamar, aparece o irmão e pergunta:
– Quem é?
Eu respondo: – Sou o irmão Francisco.
10 E ele replica:
– Fora daqui. Isto não são horas decentes de se andar pelos caminhos. Aqui é que tu não entras.
11 E, perante nova insistência da minha parte, responde:
– Fora daqui. Tu não passas de um simplório, um labrego. Connosco é que não ficas. Já cá temos muita gente e não precisamos de ti para nada.
12 De novo me aproximo da porta para lhe dizer:
– Por amor de Deus, deixai-me ficar aqui esta noite.
13 Resposta dele:
– Não estou disposto. Vai ter com os crucíferos e pede-lhes que te recebam.
14 Se eu levasse tudo isto com paciência e sem ter perdido a calma, digo-te que está nisto a verdadeira alegria e também a verdadeira virtude e o bem da alma."

«Pacíficos, de verdade,
são aqueles que,
seja o que for que neste mundo tenham de sofrer,
sempre por amor de nosso Senhor Jesus Cristo
conservam em paz a alma e o corpo.»
(S. Francisco, Avisos Espirituais, 15º)

Anónimo disse...

Um dia especial, na vida de um homem que nos faz ser especiais todos os dias...
Tal como ele, também tu, fazes de cada um dos nossos dias, um dia especial...
Obrigado a ele, por te encaminhar na vida de cada um de nós...
Obrigado
Ogima

Anónimo disse...

Feliz dia de nuestro padre San Francisco!! mis mejores deseos para el dia de hoy, toda la paz y todo el bien del mundo. que el Señor nos haga prudentes y humildes para saber guardar un poquito de esa paz y ese bien a fin de poderlos ofrecer a lo largo del año con el mismo ímpetu que hoy lo hacemos. Un fuerte abrazo de vuestro hermano
Paz y bien. Fray Juan C.

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