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17 outubro 2007

Mendigo, meu amigo vem!

Hoje é o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
Não posso terminar o dia sem recordar aqueles que pelas ruas do mundo são os pobres de facto, não por opção, a pobre que a vida marcou e tantas vezes injustamente.
Olho à volta e noto que cada vez mais o foco entre ricos e pobres (materialmente falando) se intensifica. Que fazer perante isto?
O mundo do consumismo, que tanto fala dos pobres – os pobres coitadinhos – esquece e passa ao lado dos que sofrem a dor da solidão, da falta de meios e bens necessários à sua digna existência.
Governos sucessivos prometem acabar com a pobreza humana, reúnem-se G 8, Nações Unidas, e parece que quanto mais se fala deste fenómeno, no intuito de atenuar o seu crescimento, mais pobres temos e encontramos ao nosso lado.
Que fazer?
Que pode o comum cidadão fazer para ajudar a suavizar a dor dos que nada têm materialmente falando, sem esquecer os também chamados “pobres de espírito” que tantas vezes levam a que a sua própria vida seja de pobreza material.
Há muito pobres pelas nossas terras, sozinhos e de todas as idades, muitos abandonados à sua sorte (ou má sorte) enquanto os que prometem melhorias não deixam os seus faustos banquetes, cargos e ordenados, carrões e empregados… e prometem mais dignidade de todos os que são cidadãos iguais em direitos e deveres. Condições para que estes direitos sejam um dado adquirido parece cada vez mais na penumbra, condições para que os deveres de cidadãos responsáveis seja uma realidade está também cada vez mais longe de ser uma realidade ao alcance de todos.
Poderia voltar ao texto que escrevi sobre um voto, uma eleição, nas últimas eleições realizadas mas… só reforçaria o que então escrevi.
Hoje tenho trazido na mente uma música que guardo numa cassete tão velhinha, talvez mais que eu, e que sempre gostei.
Deixo aqui a letra de tal música (não sei o autor nem quem canta) ao jeito de solidariedade com os que são os pobres da nossa sociedade, os mendigos de nada para quem tudo é riqueza e importância.
Pelos pobres peço a Deus, que Ele nos indique o melhor caminho e onde ajudar os que mais precisam.
Homenagem também a quantos no silencio da sua vida ajudam tantos mendigos das nossas ruas, lares, suas casas… e tantos – felizmente – cristãos empenhados na solidariedade que deveria ser de um Estado…

Fica a letra como partilha:

“Mendigo, meu amigo vem!
Vem sentar-te à minha mesa
Não te envergonhes da pobreza
Contigo pobre é que eu me sinto bem.

Quando por essas ruas vais, sozinho,
Diz-me cá se já encontraste alguém
Que te fitasse bem,
Te parasse e ajudasse no caminho

Lá porque usas sacola
E é só por isso que te dão esmola
Porque ninguém sofre o dor
Que o outro tem e é daí que o mal provém

Vem sentar-te à minha mesa
Bebe do meu vinho,
Come do meu pão,
mendigoMeu amigo, meu irmão..."

Senhor, fazei-me instrumento da vossa paz…

3 comentários:

Anónimo disse...

Ao ler e meditar o texto da canção que partilha connosco, lembro-me espontaneamente de S. Francisco e da sua opção radical pela pobreza. Não uma pobreza imposta pelas circunstâncias da vida ou pelas injustiças da sociedade, uma pobreza que não permite à pessoa viver com dignidade. A pobreza de Francisco é uma pobreza que dignifica, é em primeiro lugar atitude interior, é verdadeira libertação.
Se houvesse mais pessoas a viver, de facto, esta atitude de pobreza – e ao mesmo tempo de partilha – teríamos menos pobres “coitadinhos” à nossa volta...
Sejamos nós, na nossa vida quotidiana, a dar o primeiro passo!

Anónimo disse...

Este é um dos temas mais discutidos pela sociedade e pelos nossos políticos. Mas, na verdade, muitos mais pobres teríamos senão fosse a Igreja e algumas instituições de acção sócio-caritativa.

Não é por acaso, que o tema lançado este ano pelo patriarcado para estudo e reflexão e:

"Fazer da evangelização a expressão e o anúncio da caridade".

A nossa missão na Igreja e na sociedade é a prática da caridade, e, visam dois objectivos: atenão aos mais pobres, ajuda ásfamílias na educação dos filhos, apoio ás pessoas idosas, doentes, e em profunda solidão. E neste campo a Igreja preencheu lacunas que a sociedade não tinha resolvido.
É preciso seguir em frente e intensificar este trabalho. Somos nós, leigos, que somos igreja que não pudemos baixar os braços enquanto irmãos nossos, sofrem completamente sós numa cama,outros em profunda solidão abandonados pela família...etc, etc, etc.

Só quem está num destes grupos e visita alguns por aí... conhece o "drama"...!
Talves o Frei conheça alguns do tempo das celebrações do Dia do Doente e das suas confissões...!

Lanço-vos um apelo, lancai-vos neste trabalho, quem puder, é estimulante. E quem muito dá, muito recebe.

Anónimo disse...

Obrigada pela partilha tão rica acerca dos pobres; pois são cada vez mais os pobres que temos á nossa volta…pobres em todos os sentidos…
Façamos da Evangelização a expressão e anúncio da caridade, a partir do desafio lançado este ano pelo patriarcado de Lisboa para estudo e reflexão.
Ajudemos e revelemo-nos a esses pobres a partir da Palavra de Deus como Jesus nos ensina. (Mt11,25).

REVELAÇÃO AOS POBRES

Revelar-se aos pobres, é a maneira do Pai proceder,
Pois encontra no coração simples, humilde e despojado, lugar para fazer a Sua morada, local para realizar comunhão e intimidade…

Revelar-se aos pobres, pois só estes sabem escutar e acolher, desapegados de si, dos outros, das coisas, fazendo de Deus o seu absoluto, recebendo-O com amorosa simplicidade…

Revelar-se aos pobres, pois estes sempre com fome e sede de justiça, mendigos de coração disponível sabem ser acolhedores na simplicidade, sedentos do bem, da verdade e do amor…

Revelar-se aos pobres, resistindo aos grandes, aos ricos de coração, aos soberbos, aos poderosos, que se esquecem que são criaturas frágeis, pequenas, fracas, e se julgam «reis» e «deuses»…

Revelar-se aos pobres, àqueles que vivem a certeza do seu nada, àqueles que vivem a certeza de nada merecerem, àqueles que vivem a certeza que «não se pertencem», que são de Deus e dos outros…

Revelar-se aos pobres, pois deus que é Amor, pobre e humilde, em Dom de Si mesmo e despojamento total, só nos pobres encontra «outro» semelhante e Si para O compreender, acolher e amar…

Revelar-se aos pobres, pois no seu coração vivem a liberdade interior, são livres para servir para se dar para não ter vergonhas, preconceitos, apegos desordenados e escravizantes…

Revelar-se aos pobres, sobretudo àqueles que mesmo sem o saberem, imitam Jesus pobre e humilde, o menino da manjedoura, o operário de Nazaré, o Crucificado do Calvário…

Revelar-se aos pobres, fazendo-os ricos de deus, de sabedoria, da graça, de santidade, cumulando-os de dons, de bênçãos, da alegria santa dada aos corações simples…

Revelar-se aos pobres, para que sejam no mundo testemunho vivo do amor de deus, da felicidade daqueles que O possuem e fazem d’Ele o seu tesouro, a sua pérola preciosa…

Revelar-se aos pobres, para que através do testemunho das suas vidas, evangelizem os ricos de coração, que, ás vezes, são tão «pobres» que só têm dinheiro e bens materiais…

Revelar-se aos pobres…

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