Avé Maria,
Mãe do todos os nosso desejos de felicidade.
Tu és a terra que diz sim à vida.
Tu és a humanidade que aceita Deus.
Tu és a nova Eva e a mãe dos vivos
Tu és o fruto das promessas do passado e o futuro do nosso presente.
Tu és a Fé que acolhe o imprivisível, Escuta o Espirito e maravilha-se.
Tu és a Fé que acolhe o invisível,
Como a flor se abre ao calor do sol.
Avé Maria,
Mãe de todos os nossos encontros humanos
habitados por uma presença, onde o Amor atento se torna Visitação.
Tu és a nova arca da Aliança,
Tu trazes Deus para a intimidade das nossas casas.
Tu corres em direcção à montanha da Judeia,
para levares Deus ao homem sedento de felicidade:
O espírito faz cantar as tuas jornadas,
estremecer o percursor,
e saltar de felicidade a Tua prima Isabel.
Tu és a aurora da alegria da salvação no vazio dos nossos impasses.
Tu és a madrugada de uma festa eterna,
que põe a humanidade em estado de acção de graças.
Avé Maria,
Mãe de todas as nossas natividades,
Tu ofereces Jesus aos Pastores e aos magos à procura de luz.
Tu és a Mãe de todos os homens de boa vontade,
cuja vida comunica Deus aos pobrese aos estrangeiros da terra.
Avé Maria,
Mãe dos nossos trabalhos e dos nosso amores vividos no dia a dia.
Em Nazaré Tu ensinas os gestos e as necessidades do homem,
A um Deus que encarna e vem,
para nos revelar o que Ele é e o que nós somos.
Avé Maria,
Mãe de todos as nossas procuras deste Deus imprevisto.
Desde o templo onde O perdes,
até ao Calvário onde ELE é perdido,
o Seu caminho parece-te louco.
Tu és cada um de nós que procura Jesus,
sem compreender bem a sua vida e as suas palavras.
Tu és a Mãe das obscuridades da fé,
que conserva todos os acontecimentos no seu coração,
aprofunda e medita todos os nossos porquês
e confia no futuro de Deus e seu Senhor.
Avé Maria,
Mãe do todos os nossos sofrimentos.
Tu és a mulher de pé junto do Homem cricificado,
Tu és a Mãe de todos os que choram,
a inocência massacrada e o prisioneiro torturado.
Tu és a nossa materna esperançaque envolve os nossos gritos e as nossas dores.
Avé Maria,
Mãe de Jesus e do discípulo que acreditou.
Tu és a Mãe dos homens da Igreja,
Tu estás na encruzilhada da História da Salvação que Deus prejecta a partir de Abraão e Moisés.
Avé Maria,
Mãe de todos os nossos pentecostes.
Tu estás com os Apóstolos,
A Igreja que reza
e acolhe os dons do Espírito Santo.
Avé Maria,
Mãe de todos as nossas esperanças
Tu és a estrela radiosa de um povocaminhando para Deus.
Tu és o anúncio da Humanidade transfigurada,
Tu és o êxito da criação
que Deus fez para a Sua eternidade.
Amén.
Michel HUBAUT, Franciscano
em "Christ, notre bonheur", Edit.FayardTrad. Lopes Morgado
31 março 2008
Anunciação... Avé Maria!
30 março 2008
A Comunidade e a Fé (de Tomé)
Continuamos a celebrar o Tempo Pascal.
A sua missão consiste em revelar aos homens a vida nova, que brota da ressurreição.
As leituras ilustram essa realidade...
A 1.ª Leitura descreve a Comunidade cristã de Jerusalém (Act 2,42-47) :
- É uma "Comunidade de irmãos": PERSEVERANTES:
- no Ensino dos Apóstolos: CATEQUESE
- na Comunhão de Bens: CARIDADE (Partilha).
- nas Celebrações: LITURGIA: Orações no Templo e Eucaristia nas casas: "Partir o pão".
- Uma Comunidade que dá testemunho, provocando admiração e simpatia do povo e atraindo novos membros.
* Essa comunidade ideal, descrita por São Lucas, quer recordar o essencial daquilo que toda comunidade deve ser: um Modelo à Igreja de Jerusalém e às igrejas de todas as épocas:
É uma Comunidade de irmãos, reunidos à volta de Cristo, animada pelo Espírito, que tem por missão testemunhar na história a Salvação.
- Nas nossas comunidades, estão presentes hoje esses elementos?
A 2.ª Leitura lembra que pelo Baptismo nos identificamos com Cristo.
Essa identificação com Ele coloca-nos em obediência ao Pai e na entrega aos nossos irmãos.
É o caminho que conduz à Ressurreição. (1Ped 1,3-9)
Salmo: "Porque eterna é a sua Misericórdia..." (Domingo da Misericórdia...)
O Evangelho apresenta-nos a Comunidade dos Apóstolos.
Jesus vivo e ressuscitado é o CENTRO da Comunidade cristã.
Ao redor d' Ele, a Comunidade se estrutura e se anima a vencer o "medo" e a hostilidade do mundo. (Jo 20,19-31)
Os APÓSTOLOS estão trancados...apavorados... sem paz...
CRISTO: rompe as barreiras e aparece no 1.º dia da semana...
- Oferece: - A PAZ... o PERDÃO ... torna-os Mensageiros do perdão...
- O ESPÍRITO SANTO: "Sopra": lembra o sopro criador de Deus...
- Envia: "Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio..."
- Exige: FÉ: - Para Tomé que quer ver para crer:
"Felizes os que crêem sem terem visto..."
+ Portas Trancadas: Cristo abre as portas daquela Comunidade... e envia-os ao Mundo...
A presença de Jesus ressuscitado é fonte de coragem e de paz...
E o Espírito Santo dará a força para cumprir a sua missão.
+ A PAZ: Jesus oferece três vezes a Paz: "Shallon" (= Paz total).
- Dá a Paz aos apóstolos e depois envia-os como mensageiros da paz.
- Essa Paz, muitas vezes, só é possível pelo caminho do PERDÃO...
+ Por isso, Cristo oferece o Sacramento do Perdão: CONFISSÃO:
"Aqueles a quem perdoardes os pecados..."
* Pecadores, uma vez perdoados, são enviados a perdoar em nome de Deus.
+ Tomé: afastado da Comunidade, quer provas, segurança: "Ver para crer..."
- Jesus: comprova a Sua "Divina Misericórdia", cujo dia hoje celebramos: aceita o desafio e vai ao encontro do apóstolo incrédulo...
- Tomé, voltando à Comunidade, encontra o Cristo Ressuscitado e faz a sua profissão de fé: "Meu Senhor e meu Deus".
* É na COMUNIDADE que encontramos as provas que Jesus está vivo.
Quem não participa da Comunidade não ouve a saudação de Paz, não prova a alegria da Páscoa do Senhor, nem recebe o dom do Espírito Santo.
Quem não se encontra com a Comunidade não se encontra com o Cristo Ressuscitado.
- A Tomé e a nós, Cristo continua repetindo: "Felizes os que acreditam mesmo sem terem visto..."
+ Tudo acontece no 1º Dia da Semana: É uma alusão ao DOMINGO, dia em que a Comunidade é convocada a celebrar a Eucaristia: é no encontro com o amor fraterno, com o perdão dos irmãos, com a Palavra proclamada, com o Pão de Jesus partilhado, que se descobre Jesus Ressuscitado.
- Cada Domingo deve ser uma pequena Páscoa... em que renovamos o nosso Baptismo, a caminho da vida Plena...
* O "Nosso Domingo" é de facto "O Dia do Senhor?"
A Liturgia questiona-nos:
- A Comunidade é o local do nosso encontro com o Ressuscitado?
- Na Comunidade, somos perseverantes no mesmo caminho... vivendo a alegria, a fraternidade, o perdão, a paz, que o Cristo ressuscitado veio trazer, ou ainda trancados vivemos o clima de medo?
- Podemos, com sinceridade, dizer, que Jesus é nosso "Deus e Senhor"?
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 30.03.2008
In, http://www.buscandonovasaguas.com
29 março 2008
Páscoa... Ressuscitou!
Ressuscitei e estou contigo...
26 março 2008
ALELUIA
Muitas vezes me interrogam sobre a origem do Canto do Aleluia nas nossas liturgias.Neste momento não vou fazer aqui uma explanação acerca deste tema, fá-lo-ei depois com fundamentos mais sólidos. Mas não quero deixar esta semana sem deixar uma pequena reflexão acerca do que é este canto de aclamação.
Assim, “Aleluia” é uma transliteração do hebraico הַלְלוּיָהּ (Halləluya hebraico padrão ou Halləlûyāh tiberiano), que significa "Louvem! Adorem! (הַלְּלוּ) Yah (Jah) (יָהּ)" ou "Elogio (הַלְּלוּ) [o] SENHOR Deus")(יָהּ).
A palavra Aleluia como descrita nos Salmos e no Apocalipse, é uma combinação de (הַלְּלוּ) Hallelu e (יָהּ) Yah ou (Jah).
Yah ou Jah é uma forma abreviada representada pela primeira metade do Tetragrama הוהי,(YHWH, IHVH, JHVH), isto é, as letras yod (י) e he (ה), respectivamente a décima e a quinta letra do alfabeto hebraico.
Aleluia aparece junto com “amém” no fim do quarto livro dos Salmos (Salmo 106:48). Para a maioria dos cristãos, a palavra "aleluia" é uma palavra de elogio ou louvor a Deus. A palavra é usada no Judaísmo como parte das orações de Hallel. Aleluia é a forma latina da palavra, e é usado por protestantes e católicos em preferência a Hallelujah, conforme usado em muitos idiomas.
O termo é usado 24 vezes na Bíblia Hebraica e, com exceção do Salmo 135:3, introduz e/ou conclui os Salmos em que se encontra. Também aparece outras 4 vezes na transliteração grega do Apocalipse de São João.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aleluia
Sendo estes Salmos hinos de louvor, a liturgia Católica, vai colocá-los como aclamação ao Evangelho.
Escutada a primeira leitura, habitualmente retirada do Antigo testamento, é proposta uma espécie de resposta/reflexão tenso como base a recitação canto de um dos Salmos, dentro do tema da liturgia.
Segue-se – na liturgia Dominical, uma segunda leitura, do Novo Testamento (não Evangelho).
É aqui que os Salmos já referidos do Hallel entram e ganham um sentido aclamativo como preparação e aclamação à Palavra que por excelência se escuta na Eucaristia.
Um solista ou coro canta então o “Aleluia” como canto de aclamação, não ao jeito dos Salmos do A. T. mas como forma de elevar à maior dignidade da escuta da Palavra revelada, o Evangelho, onde Deus se revela de forma tão especial no tempo das Comunidades primeiras do Cristianismo.
Este Canto de Aclamação tem como característica distintiva a palavra "Aleluia", que como já vimos se trata de um termo hebraico que significa "louvai o Senhor". Porque expressar esta aclamação através deste vocábulo antes do Evangelho. Segundo a liturgia, no Evangelho, é o Cristo que fala a cada um de nós, é a Boa Nova da Salvação e por isso a nossa atitude, ao cantar este hino é a de aclamar e ao mesmo tempo manifestar uns aos outros que nos sentimos felizes por poder ouvir as palavras de Jesus. Trata-se ao mesmo tempo de uma forma simples de O aclamar como fizeram as multidões ao vê-lO entrar em Jerusalém no domingo de Ramos. Percebemos, assim, que o Canto de Aclamação, da mesma forma que o Hino de Louvor, não pode ser cantado sem alegria, sem vida. Seria como se não confiássemos Naquele que dá a vida e que vem até nós para pregar a palavra da Salvação.
Comprovando este nosso ponto de vista está o fato de que durante o tempo da Quaresma tempo de preparação para a alegria maior, também a palavra "Aleluia" não aparece no Canto de Aclamação ao Evangelho.
Durante sua execução, a Bíblia pode ser trazida até o sacerdote, em procissão, representando a chegada do próprio Senhor...
Este canto ganhou um lugar de enorme relevância dentro da liturgia de tal forma que é cantado com a assembleia de pé. Esta é a atitude da alegria e da festa, do respeito e da oração. Há que notar que desta forma quase se pode comparar o Canto do Aleluia com o Hino de Glória, cantado logo no início da Celebração e ao mesmo tempo com as três grandes orações da Eucaristia, aquelas em que o Presidente da Celebração convida toda a Comunidade a levantar-se com ele para louvar: Oração da Colecta (após o Glória), Oração das Oblatas (após a apresentação dos dons – pão e vinho – para a Consagração e Oração pós comunhão (agradecimento por termos recebido Cristo realmente presente na Eucaristia.
Assim, podemos dizer que da liturgia Judaica recebemos o legado importante de Deus da Aliança recordando não só os feitos realizados em favor do Povo de Israel, desde o Egipto até à terra prometida – como nos mostram os Salmos que cantamos na nossa Vigília Pascal – mas também em cada Eucaristia (à excepção do Tempo da Quaresma) como forma de perpetuar esta mesma Aliança que agora é nova e eterna em Jesus Cristo, Palavra e Pão, vida entregue na Cruz por Amor, Vida que se torna caminho na certeza do túmulo vazio.
Por isso a Igreja continua a pedir quer antes da proclamação do Evangelho tomemos consciência da importância de unir o Salmo do Hallel (Aleluia) com a Palavra que se vai escutar (pela frase do Evangelho que se insere aqui) como forma de nos introduzirmos no louvor e manifestação da festa de ter Cristo connosco.
Que este Tempo Pascal possa continuar a ser para todos nós um tempo de Graça porque Cristo continua a dizer-nos que está vivo e a enviar-nos a anuncia esta mesma alegria.
Cristo Ressuscitou… Aleluia!
23 março 2008
Em Avidos e Lagoa celebrando a Ressurreição...
A todos os meus AMIGOS quero desejar os mais sinceros votos de uma SANTA PÁSCOA.
No norte, em Avidos e Lagoa (Famalicão), onde há 20 anos celebro o dom da Ressurreição, com o acolhimento desta gente boa, lembro todos os que fazem do "Retalhos" um cantinho de encontro.
Que a todos Deus vos abençoe na certeza do túmulo vazio.
22 março 2008
A Mãe e o Discípulo (reposição)
Não queria repetir mas... nesta noite Santa é este clip e esta música que rezo de novo.
em que salvava o mundo naquela cruz.
Oh! Sim, eu estive aí naquele momento
em que até os seus inimigos perdoou.
Oh! Sim, eu estive ali, eu sou testemunha,
sou testemunha da grandeza do seu amor.
Quando sozinho ficou,
como um cordeiro se entregou.
Eu não me afastei d’Ele nem um segundo,
eu queria vê-lO e que Ele me visse ali.
E foi então quando em mim fixou seus olhos
e com lágrimas, chorando, me disse:
“Filho, Eu ta dou (Maria) por Mãe,
ama-A, e cuida dela por mim.
Uh, uh, uh…
E os seus olhos me fixavam suplicantes,
ao entregar-me o que havia de mais belo para Ele.
Cuida dela por Mim, discípulo!
Ama-A, pois é tua Mãe. Uh, uh, uh…
Sim, eu sou aquele discípulo,
e Ela, Ela é minha Mãe.
Eu A recebi, vivi feliz.
Recebe-A, é tua Mãe.
Discípulo.
(Música de martin Valverde – traduzida por mim do original espanhol que encontrei na Internet)
Nesta hora do silêncio, cerro os olhos físicos para abrir o coração à Mãe e ao discípulo...
Maria! Oh Mãe que tanto nos amas,
junto à Cruz, mulher do silêncio e da entrega.
Ali te tornaste Mãe da Humanidade,
ali, na dor da perda de um Filho,
recebes todos os filhos de Deus, agora filhos Teus.
Torna-nos, ó Mãe, discípulos de Cristo. Como João, saibamos ser testemunhas da hora do Amor.
Como João, tenhamos a coragem de estar ali, onde Cristo precisa de nós,
na hora certa, no olhar que penetra o mais fundo da nossa vida e que aceita a vontade plena do Pai.
Quero, como João, receber-Te, ó Mãe, em minha humilde casa.
Quero dizer também: oh! Sim! Eu estive ali naquele momento
em que Cristo lançou o Seu olhar de amor sobre mim,
me deu o maior dos dons, uma MÃE, a Sua Mãe.
OBRIGADO MÃE... pela coragem de estares junto à Cruz...
OBRIGADO DISCÍPULO... porque amando não temeste o Seu olhar de Amor...
21 março 2008
Caminho do Amor (Via Sacra)
(desactivar a música inicial, na coluna da esquerda, para poder ouvir o clip de vídeo)
20 março 2008
Eucaristia... Fonte de Vida
18 março 2008
Quaresma...
Quaresma
- tempo sagrado que me prepara cada ano para celebrar o Mistério da minha Salvação
- tempo de tomar nova consciência do infinito Amor de Deus por mim
- tempo de Lhe provar o quanto O quero amar também
Quaresma
- experiência de trevas e de luz
- experiência de vazio e de plenitude
- experiência de pecado e de graça
Quaresma
- reconciliação dos contrastes em mim
- reconciliação com Deus na condução da minha vida
- reconciliação com tudo e com todos à minha volta
Quaresma
- silêncio do meu eu para estar aberto ao Tu de Deus
- silêncio das palavras para ouvir a Palavra
- silêncio dos activismos para deixar Deus agir em mim
Quaresma
- conversão do «homem velho» em «homem novo em Cristo»
- conversão das minhas tristezas na verdadeira alegria que vem de Deus
- conversão das minhas incertezas na única certeza: Deus
Quaresma
- caminho a carregar com Ele a minha «cruz de cada dia»
- caminho, com Cristo, até aos Calvários de hoje
- caminho que me conduz ao Pai
"Esperança"
15 março 2008
Jesus, Rei e Senhor!
Iniciamos a Semana Santa, a Semana Maior de todas as semanas.
Foi neste dia, há um ano atrás, que aprendi a colocar vídeos no “Retalhos”, e como eles me ajudaram a viver a Semana Santa que se seguiu.
Não quero agora deixar muitas palavras… seriam ocas certamente.
Hoje quero meditar neste REI e SENHOR que aclamamos.
Quem é Jesus de Nazaré? Até onde nos conduz a Fé e a Esperança na Sua Ressurreição. Deixo-vos este vídeo que é para mim o início desta etapa final da minha Quaresma.
(desactivai a música do blog – na coluna da esquerda – para poderdes usufruir da beleza da música e da mensagem deste clip de vídeo)
HOSSANA! HOSSANA! Ó FILHO DE DAVID…
13 março 2008
Divórcio na hora... onde iremos parar?
Divórcio na hora: Casados ao abrigo da Lei portuguesa podem divorciar-se pela Internet a partir de hoje
Lisboa, 13 Mar (Lusa) - Todas as pessoas casadas ao abrigo da lei portuguesa podem a partir de hoje divorciar-se em poucos minutos através de um portal na Internet.
Segundo Januário Lourenço, este serviço agora disponibilizado de forma gratuita para divórcios simples (sem bens ou filhos comuns) é célere, reduzindo o tempo médio do processo, que envolve requerentes, procuradores e conservatória.
Divorciar-se através da Internet demora entre 04 e 20 minutos, desde que estejam disponíveis todos os elementos relativos aos cônjuges e procuradores.
Por outro lado, adiantou, torna-se simples porque só é preciso indicar o nome, morada, datas e conservatórias de nascimento de ambas as partes, introduzir a data e conservatória de casamento e colocar a assinatura electrónica para, automaticamente, o divórcio ser emitido.
Com este sistema, explicou, um divórcio simples custa apenas o valor dos emolumentos, não havendo outras despesas adicionais.
"O sistema permite a resolução rápida de divórcios simples entre pessoas que já não vivem na mesma casa nem têm nada em comum mas que deixam perdurar a situação", afirmou Januário Lourenço à Lusa.
O "divórcio na hora" permite a duas pessoas casadas requerer o seu divórcio por acordo mútuo, por via electrónica, e fazendo uso do cartão do cidadão.
O valor legal é igual ao do requerimento de divórcio tradicional.
Nesta fase de lançamento, o serviço está apenas disponível para os titulares do Cartão do Cidadão.
Na fase inicial, este serviço é grátis, mas o portal pretende evoluir para a realização de outro tipo de divórcios mais complexos, pagos, para os cidadãos e mandatários judiciais, disponibilizando minutas variadas, nomeadamente, as que concernem à regulação de casa de morada de família, poder paternal, pensão de alimentos, casamento com e sem partilha de bens e com convenção pré-nupcial.
Mas só em Abril, depois de auscultação pública, é que está prevista a entrada em funcionamento do serviço para outro tipo de divórcios.
O portal é uma inovação que tem como base a Lei do Cartão do Cidadão (CC).
Nos termos dessa lei, é aplicável a assinatura electrónica qualificada do CC aos cidadãos portugueses que residem em Portugal ou nas Comunidades Portuguesas, dentro e fora da União Europeia, e ainda aos cidadãos brasileiros que residem em Portugal ao abrigo do Tratado de Porto Seguro.
Segundo Januário Lourenço, este sistema é 100 por cento seguro, uma vez que a partir do momento em que a parte que emite o requerimento introduz os dados que poria num requerimento em papel, está 100 por cento garantida por um certificado digital.
GC.
Lusa/Fim
Se para o Estado o Casamento é um pacto, uma aliança e um compromisso quer deve ser lavrado diante de testemunhas, assinado por nubentes, testemunhas e representante Notarial (recordando os Ministros Religiosos legados por Lei), como se pode admitir que tal pacto sério seja agora rompido através de um simples computador? Que dignidade confere o nosso Estado ao permitir semelhante aberração? Se os valores da família e da dignidade humana já estavam muito por baixo, agora com esta opção, perde-se tudo porque de humano isto nada tem.Virá o Estado a permitir que tudo se faça pela internet? Que me perdoem mas se formos por caminhos destes em que já não se dignifica o diálogo, mesmo na hora de decidir um divórcio, então que comecem os nossos Governantes a criar portais para que o simples Cidadão comum possa ter vez e voz nas decisões do Estado. Quem sabe se reduzam os ordenados chorudos dos Governantes e o pobre pague menos impostos. Talvez renasça a esperança de um Povo Luso...
Comentário submetido em 2008-03-13 às 13:27:33
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/65bfa0166df6a312e0c36c.html
11 março 2008
Vi-te hoje, Senhor...
Vi-Te hoje, Senhor,
Estavas no raio de Luz
Débil e tímido
Com que Te entregávamos
A nossa vida,
Cinzenta e esfumada
Como o dia
Sem a Tua presença.
Assim recebeste
A pobreza
Que Te oferecia então,
Assim me disseste
Que Tu,
Luz única da minha vida!,
Brilhas sem parar
Para além das minhas
Incertezas e desamor.
Assim cantaste
No meu coração,
Me segredaste
"Amo-te!,
Amei-Te sempre!,
Estive sempre contigo,
Mais quando não sabias
Ver-Me,
Quando pensavas
Que te deixara só!"
Como é Paz estar
Aqui contigo, Senhor…
M R
09 março 2008
VIDA - "Lázaro vem para fora"
Celebrámos o V Domingo da Quaresma.
O serviço Pastoral e a correcção de trabalhos de alunos não me deixou tempo para eu mesmo parar e escrever sobre a liturgia. Escrever só por escrever correria o risco de não saber levar a mensagem que a Liturgia hoje nos propôs.
Assim, mais uma vez, recorro à ajuda do P. Antônio.
O texto foi retirado do site que abixo se indica. (segue o texto do P. Antônio)
Depois de meditarmos em:
- Cristo, ÁGUA para a nossa sede (Samaritana) e
- Cristo, LUZ para as nossas trevas (Cura do cego)
Hoje temos:
- Cristo, Ressurreição para a VIDA (Lázaro).
A Liturgia responde à pergunta: "Como nos tornamos cristãos?"
Começamos com a recepção do dom de Deus, na água viva da graça, com uma iluminação e com uma ressurreição à vida verdadeira.
Na 1ª Leitura, Deus oferece ao seu Povo uma VIDA NOVA. (Ez 37,12-14)
O Povo, exilado na Babilónia, desesperado e sem futuro, vivia uma situação de Morte.
O profeta Ezequiel vai incutir esperança nos exilados e transmitir a certeza de que o Deus não os abandonou.
O texto apresenta a famosa visão dos ossos ressequidos.
O Espírito do Senhor sopra sobre eles e eles ganham vida Deus vai transformar a morte em vida, o desespero em esperança, a escravidão em libertação.
É Deus quem promete ao povo o regresso à sua terra, restaurando a esperança num futuro de felicidade e de Paz.
* Também nós passamos por situações de morte.
Na nossa vida, quais as situações de morte, que precisam do sopro do Espírito de Deus, para que se transformem em VIDA?
Na 2ª Leitura, São Paulo lembra que o Espírito de Deus ressuscitou Cristo e introduziu-O na glória do Pai.
No Baptismo, recebemos o mesmo Espírito, que nos dá Vida. (Rm 8,8-11)
No Evangelho, Jesus apresenta-se como o SENHOR DA VIDA. (Jo 11,1-45)
- O acontecimento: Mandam dizer: "Lázaro está doente..."
Jesus: aparentemente não se preocupa... e tranquiliza-os :"Ele está a dormir... Essa doença é para a glória de Deus" e fica com eles mais dois dias...
- O Encontro com Marta... Jesus comoveu-Se, chorou... Não um choro ruidoso, desesperado... mas de afecto, de amizade e de solidariedade... O povo comenta: "Vede como ele o amava!"
- O Diálogo: "Eu sou a Ressurreição e a Vida. Aquele que acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá... “Acreditas nisto?"
- “Acredito, Senhor", exclama Marta...
- No Sepulcro: "Tirai a pedra..."
- A Oração: "Pai, dou-Te graças, por Me teres ouvido..."
- A Ordem: "Lázaro, sai para fora... Desatai-o... e deixai-o ir".
E Lázaro recupera a Vida. Perante a Morte, duas formas de SOLIDARIEDADE :
- Os amigos e vizinhos vão a casa de Marta e Maria, para dar os pêsames e fazer lamentações em altos brados: Símbolo do desespero.
- Jesus nem entra na casa, naquele ambiente dominado pelo desespero.
Ele fica fora e chama para fora...
Nas duas formas há choro e tristeza...mas muito diferentes...
Família de Betânia representa a Comunidade cristã, constituída por irmãos e irmãs. Não tem pais...
Todos conhecem Jesus, são amigos dEle e acolhem-No na sua casa e na sua vida.
Esta família passa pela experiência da morte.
Mas os amigos de Jesus sabem que Ele é a Ressurreição e a Vida, e que dá a Vida plena aos seus. A morte é apenas a passagem para a Vida plena.
Ressurreição de Lázaro
É um SINAL:
- É celebração do nosso Baptismo.
A Igreja restitui a Vida, nas águas baptismais.
- É a realização da nova Criação e da nova Aliança prometida por Ezequiel.
A participação no mistério pascal, pelo Baptismo, torna-se assim participação da nova Criação, pelo Espírito.
O Prefácio sintetiza:
Uma profunda humanidade que Lhe arranca lágrimas perante a morte do amigo Lázaro; Deus e Senhor da Vida, chamou e retirou do túmulo; hoje, estende a toda a humanidade a sua misericórdia e através dos Sacramentos faz-nos passar da morte à Vida"
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa CS
09.03.2008
In, http://www.buscandonovasaguas.com
08 março 2008
São João de Deus
S. João de Deus, nasceu em Montemor-o-Novo (Portugal) no ano de 1495. Depois de uma vida cheia de perigos na carreira militar, o seu desejo de perfeição levou-o a ambicionar coisas maiores, e entregou-se totalmente ao serviço dos doentes. No ano 1539, fundou um Hospital em Granada (Espanha) e associou à sua obra um grupo de Companheiros que mais tarde constituíram a Ordem Hospitaleira de S. João de Deus. Distinguiu-se na Caridade, principalmente para com os mais pobres e doentes. Morreu nesta cidade a oito de Março de 1550. Foi beatificado por Urbano VIII em 1690. Foi proclamado padroeiro dos hospitais e dos enfermos por Leão XIII em 1886, e também patrono dos enfermeiros e suas associações por Pio XI em 1930FAZEI O BEM IRMÃOS!
Vêm aqui tantos pobres que até eu me espanto como é possível sustentar a todos; mas Jesus Cristo a tudo provê e a todos alimenta, e, por isso, estou aqui muito empenhado e prisioneiro por Amor de Jesus Cristo. Vendo-me tão carregado de dívidas que mal me atrevo a sair de casa, e vendo tantos pobres, irmãos e próximos meus, sofrer para além das suas forças e serem oprimidos por tantos infortúnios, no corpo e na alma. Sinto profunda tristeza por não poder socorrê-los mas confio em Cristo, que conhece o meu coração. Por isso digo: maldito o homem que confia nos homens, e não em Cristo somente; porque dos homens há-de ser separado, queiras ou não queiras, mas Cristo é Fiel e permanece para sempre, Cristo a tudo provê. A Ele se dêem graças para sempre Ámen.
(Carta de S.J.de Deus; Madrid, 1935 pp.18,19;48,50)
Bem-aventurado João de Deus
Que soubeste ler nas linhas e entrelinhas
Da tua história
A presença de Deus.
Bem-aventurado pioneiro da Hospitalidade
Que acreditaste no Amor
E te aventuraste no louco desafio
De dar a vida pelos mais pobres e doentes
Obrigado
Porque soubeste caminhar pelos caminhos da dor
Qual samaritano do Amor
Dobrando-se sobre o irmão caído
Curando suas feridas
Dando seu tempo e cuidados
Fazendo de teu coração
Um albergue para todos…
Bem-aventurado és tu,
Que seguistes os passos do Mestre
Por um caminho de Cruz
Deixando um rasto de FIDELIDADE
Em Confiança e Abandono…
Bem-aventurado semente de Amor
Que lançada na terra Hospitaleira
Nos deste o direito a viver…
Obrigado pelo que foste
E pelo que és em cada Irmão, em cada Irmã
Que hoje se oferece
Numa canção de Vida
Num serviço alegre, abnegado e disponível
Em favor dos sem razão,
Oferecendo-lhes pedaços de Misericórdia
Em Gratuidade, Fidelidade e Amor…
Uma Irmã hospitaleira (hscj)
02 março 2008
O Cego e a LUZ...
- Vimos o símbolo da ÁGUA, com o episódio da Samaritana.
- Hoje vemos o tema da LUZ, com a cura do cego.
- E veremos o tema da VIDA, com a ressurreição de Lázaro
As Leituras de hoje propõem o tema da "Luz" e mostram a experiência cristã de “viver na Luz”.
A 1ª leitura conta a escolha de Davi para rei de Israel e a sua unção. (1Sm 16,1b.6-7.10-13a)
* Lembra-nos a unção que recebemos no dia do Baptismo e que nos constituiu testemunhas da "Luz" de Deus no mundo.
Na 2ª Leitura, São Paulo lembra que os baptizados passam das trevas para a Luz e devem viver como filhos da "Luz". (Ef 5,8-14)
No Evangelho, Jesus apresenta-Se como a Luz do Mundo", que veio libertar os homens das trevas. (Jo 9,1-41)
São João toma um facto da vida de Jesus para desenvolver um tema da mensagem cristã.
A cura do cego descreve o processo de fé de um homem, que vai passando das trevas da cegueira para a luz da visão e desta para a Luz da fé em Cristo.
O "Cego" é um símbolo de todos os homens que vivem na escuridão, privados da “Luz".
Jesus RESPONDE: "Nem ele, nem seus Pais pecaram."
E continua a sua resposta, passando das palavras aos actos. Para dar a "Luz" ao cego, Jesus usa um método esquisito: Faz barro com a saliva, unge com esse barro os olhos do cego e manda-o lavar-se na piscina de Siloé. A cura não é imediata: requer a cooperação do enfermo.
- A disponibilidade do cego à proposta de Jesus.
- O banho na piscina do "enviado" é uma alusão à "Água de Jesus".
- Lembra também a água do BAPTISMO para quem quiser sair das trevas para viver na Luz, como Filhos de Deus...
Depois, o Evangelho coloca em cena várias PERSONAGENS:
- Os VIZINHOS percebem o Dom da Vida que vem de Jesus, mas não dão o passo definitivo para ter acesso à Luz. Representam os que percebem a proposta libertadora de Jesus, mas não estão dispostos a ir ao encontro da “Luz".
- Os FARISEUS conhecem a “Luz", mas recusam-se a aceitá-la. Acusam Jesus de transgredir a lei e expulsam o cego da sinagoga. Representam aqueles que conhecem a novidade de Jesus, mas não O acolhem e até hostilizam os seus seguidores.
- Os PAIS constatam o facto, mas evitam comprometer-se...
É a atitude de MEDO dos que não tem coragem de passar das trevas para a Luz.
Preferem a segurança da ordem estabelecida, a correr riscos...
- O CEGO é questionado pelas AUTORIDADES sobre a origem de Jesus.
E Ele, como "pessoa iluminada", mostra-Se: livre (diz o que pensa...); corajoso (não se intimida); sincero (diz a verdade); suporta a violência (é expulso da sinagoga).
- JESUS reaparece no fim: vai ao encontro. Inicia um DIÁLOGO, que culmina com um belo acto de fé do cego: "Eu creio, Senhor".
A Transformação do Cego é progressiva:
- Antes de se encontrar com Jesus, é um homem prisioneiro das "trevas".
- Depois, a “Luz" vai brilhando aos poucos na sua vida.
Forçado pelos dirigentes a renegar a “Luz" e a liberdade recebida, recusa-se a regressar à escravidão.
- Finalmente, com Jesus, que lhe pergunta: "Acreditas no Filho do Homem", manifesta sua adesão total: "Creio, Senhor". Prostra-se e o adora.
Este percurso é símbolo do "Caminho" do CATECÚMENO.
O Encontro com Jesus; a Adesão à “Luz" e o Amadurecimento.
Torna-se um homem livre, sem medo, confiante; o "caminho" desemboca na adesão total a Jesus, ao ser lavado pelas águas Baptismais.
Nesta Quaresma, somos convidados a viver a experiência catecumenal, renovando o nosso Batismo mediante o Sacramento da Penitência.
Assim iluminados por Cristo, seremos reflexo dessa Luz, construindo um mundo de amor, de justiça e de Paz. E a Páscoa, assim, acontecerá na vida de cada um de nós...
O que podemos fazer para que isso aconteça?
Pe Antônio Geraldo Dalla Costa CS
(Texto recebido numa apresentação em power point e adaptado para o Português padrão por “Lídia”)




