Em O Evangelho de (Lc 24,13-35) narra-nos o caminho de Emaús.Este texto está muito presente nos documentos deste triénio, em que os Franciscanos celebram o oitavo centenário da aprovação da Regra de S. Francisco e Fundação da Ordem dos Frades Menores. É no exemplo e testemunho deste texto que procuramos reencontrar o nosso lugar e caminho na história e na Igreja. Sobre isso podereis ler o texto aqui publicado no dia 11 de Abril de 2007 com o nos: Franciscanos no Caminho de Emaús.
Olhar mais uma vez para a riqueza deste texto de Lucas, e sem ter a pretensão de o reflectir nem ao nível Teológico nem ao nível Bíblico (já sabeis que não sou nem Teólogo nem Biblista), e gostando eu tanto desta narrativa, quero como simples cristão colocar-me no mesmo caminho, sem ser visto, ver, ouvir e saborear a beleza de cada LUGAR, assim quero chamar às partes que mais me tocam, para poder chegar ao anúncio da Ressurreição.
Assim, o caminho de EMAÚS é:
LUGAR DA DESILUSÃO
Quem após o drama da Cruz, onde toda a esperança na salvação, na “vingança” divina, não se sente desiludido? Façamos uma breve analepse e recordemos todo o processo da paixão e morte de Cristo. Todos fogem de medo, todos o negam, todos o abandonam, segundo as Escrituras – não a tradição – ficando apenas Maria e João.
Os discípulos que tanto tinham vivido e acompanhado a Revelação de um novo Reino não têm a coragem de permanecer junto de Jesus frente a todas as dificuldades.
“É verdade que algumas mulheres (…) foram de madrugada ao sepulcro, (…) e vieram (…) anunciar que Ele estava vivo. Mas a Ele não O viram”.
Umas mulheres disseram que tinham recebido esta Boa Nova mas… a tristeza, a desilusão, o medo leva a nem sequer fazer fé no que as mulheres diziam. Que contraste com o outro texto onde Pedro e João correm ao túmulo (Jo 20, 1-10) após a palavra de Madalena. Em Lucas a palavra das mulheres parece não ter valor. Sabemos isto porque o afirmam, no diálogo com Jesus, os dois discípulos peregrinos na desilusão.
Diz o texto que “dois dos discípulos (…) iam a caminho (… de) Emaús, (…e) conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido.”
É impressionante, para mim, como por vezes a desilusão nos tolhe os sentidos e não nos deixa ver o que já está dentro de nós, ter fé no que Alguém havia revelado. Morreu o Mestre, Ele que dissera que após três dias ressuscitaria, e nem se espera – na linguagem bíblica – que o terceiro dia termine. Nada parece fazer sentido, nenhuma palavra abre os sentidos da fé, só a desilusão paira no coração na mente, nas palavras e nos passos destes peregrinos de Emaús. Lucas deve querer aqui colocar o leitor frente às suas desilusões, frente às noites escuras da sua vida. É o caminho do encontro com a nossa fragilidade humana.
LUGAR DA PALAVRA
É neste caminho com a fragilidade que Lucas coloca alguém exterior (aqui aparentemente) à situação. Diz que: “Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem.”
Alguém que vem de Jerusalém como eles, alguém que teve obrigatoriamente que viver aquele drama, era impossível não saber o que por lá se tinha passado. Mesmo assim o caminhante toma a iniciativa do diálogo: "palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho? Pararam entristecidos."
Jesus põe-se mais uma vez no caminho e na história destes homens colocando-os face a uma dupla tristeza: por um lado a desilusão já referida e por outro a estranheza de que alguém que vem do mesmo sítio não saiba o que por lá aconteceu.
Não podiam eles entender, como não podemos muitas vezes nós na nossa vida, a pedagogia de Cristo. Não interessa aqui falar, perder tempo com futilidades e banalidades mas com o que se passa no coração e na vida daqueles homens.
Cristo interrompe o caminho, interrompe o diálogo, provoca consternação porque é exactamente aí que se prepara o lugar para voltar a escutar a Revelação. Só quem sente que nada sabe ou tem pode estar predisposto a acolher a novidade ou a deixar vir a si o que já lhe fora dado por graça de Deus.
LUGAR DA NÃO ESPERANÇA
Talvez parados ainda ou caminhando lado a lado, aqueles homens manifestam a sua desilusão de forma directa: “Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu.”
Como podem estes homens estar tão vazios de esperança? Que foi feito de tudo o que Deus, em Jesus Cristo, imprimiu no seu coração? E as palavras, acções, milagres, segredos que viveram com Jesus? E a última Ceia, lugar do serviço no lava-pés, da Eucaristia no Pão e no Cálice da bênção, do perdão no mandato de Cristo?
“Então Jesus disse-lhes: Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! (… e) explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito.”
Eis Jesus a tomar a si, de novo, o lugar da Palavra que leva à Esperança.
É agora a vez de Jesus fazer uma analepse, obrigar aqueles homens cansados e desiludidos e entrar dentro de si, a ir ao encontro não só do que viveram com Cristo mas de toda a Palavra que conheciam das Escrituras e que a Ele se referem.
Como devem ter caminhado silenciosos o resto do caminho… “Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”.
Tinha mesmo que arder, não havia outra hipótese face à sua realidade histórica e à presença de um caminhante que toma a si a Palavra e toca bem fundo no coração. Como os imagino quais crianças sem saber o que dizer quando o pai ensina com sabedoria…
Este silêncio que escuta e prescruta a Palavra é – para mim – o centro desta pedagogia de Cristo. A partir daqui eles não podem mais continuar na desilusão e na não esperança. É o tempo de voltar à Fé, de deixar a noite em que haviam mergulhado três dias antes.
LUGAR DA HOSPITALIDADE
Curiosamente a partir daqui Lucas muda o cenário: “Ao chegarem (…) Jesus fez menção de ir para diante. Eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: “Ficai connosco, Senhor, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite”.
É noite… a noite da tristeza e da vida, a noite do cronos mas também a noite da ausência total de capacidade de raciocínio. O caminho foi longo e duro e há que descansar.
Este convite a que Jesus fique com eles, sem se aperceberem, leva-os à Hospitalidade. Jesus é o seu hóspede, eles deixam de ser caminhantes para ser anfitriões, realizando o acolhimento e o Dom da Hospitalidade. Ficar em sua casa implicaria que, estes homens e suas famílias, cumprissem rituais de acolhimento como lavar os pés, perfumar a cabeça, repartir o pão.
Bom… e “Jesus entrou e ficou com eles.”
Sem se aperceberem - como estavam cegos - a pedagogia de Jesus leva-os de novo à última Ceia, ao Lavar os pés (símbolo do Serviço), perfumar a cabeça (sinal da Unção sacerdotal e do perdão), sentar à mesa para repartir o pão. Não reparam na semelhança dos actos e ritos, habituais entre Judeus, nem que o caminho de Emaús os havia levado ao ponto de partida, a Ceia da Eucaristia e da Esperança onde Cristo os chamara a ser servidores dos irmãos na Hospitalidade.
LUGAR DA FRACÇÃO
Realizado o acolhimento em casa, feitos os ritos pré-refeição, é hora de se alimentarem. Pensar neste momento leva-me a imaginar a delicadeza dos que nos convidam para a sua mesa e nos dão o lugar de honra, porque a educação assim o dita. Lembro-me das vezes em que sentado à mesa dos Amigos isto acontece. Quantas vezes me pedem para abençoar os alimentos ou mesmo servir-me em primeiro lugar não que eu deseje tais salamaleques mas pela delicadeza de quem recebe um Amigo…).
Certamente foi o que fizeram com Jesus. Era um caminhante como eles, havia-lhes tocado o coração e devem ter percebido que não era um Judeu qualquer, pois sabia bem o que diziam as Escrituras acerca do Messias. Então é-lhE dado o lugar de honra à mesa e o de iniciar a refeição. Encontra aqui, Cristo, o lugar da Fracção… “E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho, (…) abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O.”
Eis que todo o caminho feito na escuridão encontra agora a Luz, nestes dois gestos: BÊNÇÃO E FRACÇÃO DO PÃO. Só agora a sua mente e coração deixa o caminho, deixa Emaús e regressa a Jerusalém àquele lugar do Mistério de Cristo presente na Eucaristia. Eis aqui o culminar da desilusão. Afinal as mulheres tinham razão, Cristo está vivo, caminhou com eles, celebrou a Palavra, fez-se hóspede da sua casa, abençoou e repartiu, de novo o Pão.
Lucas afasta imediatamente Jesus deste cenário. Já não importa nada mais a não ser a Sua presença no Pão Partida para a Comunidade e em Comunidade. É ali o lugar da abertura dos sentidos, da alma e do coração, do conhecimento e da Fé.
A desilusão, a não esperança dá agora lugar à alegria plena em Cristo Ressuscitado.
E a noite daquele culminar do caminho, a noite daquela Ceia torna-se em Vida Nova que é urgente anunciar.
LUGAR DA MISSÃO
“Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e (…) contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.”
Imaginar a alegria destes homens. Era noite sim mas já não havia medo porque a Luz da Fé e a certeza da Ressurreição os impele para continuar a cumprir o que Cristo lhes havia mandado antes de morrer, anuncia ao todos os povos as maravilhas da Salvação.
Em Jerusalém recebem também a notícia de que “o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão”.
Foi para isto que Cristo os chamara, para serem MISSÃO, para irem pelo mundo perpetuando a Sua Palavra, o Seu Amor, o Seu Perdão e a Sua presença no Pão repartido.
Emaús… é cada um dos momentos do meu dia-a-dia onde tantas vezes parece que nada faz sentido. É um facto que muitas situações da vida nos colocam uma espécie de vendas nos olhos e no coração, não permitindo ver a Verdade que Deus é em nós e o quanto Cristo caminha connosco.
A pedagogia de Cristo leva-me a pensar como, por mais que nos esforcemos, nunca entenderemos a dialéctica do Amor de Deus por nós.
Lembro que em Zaqueu é Jesus a fazer-se convidado, a querer ficar em sua casa. E toda a vida deste homem muda porque acolhe Cristo e a Sua Palavra como um Dom da Fé.
Esta dialéctica é bem diferente em Emaús. Cristo faz menção de seguir em frente mas… é convidado e ficar em casa. Felizes os discípulos por acolherem um caminhante. Felizes por pensarem que eram eles que muito tinham para dar ao Homem do caminho. Felizes por pensarem que seriam eles a companhia na noite de Emaús.
Mas não… eram bem mais pobres do que imaginavam… afinal foi Cristo que os acolheu de novo à Sua mesa da Palavra (enquanto caminhavam), à Sua mesa do Pão abençoado (repetição da última Ceia), é Cristo que lhes faz companhia ao conceder-lhe de uma forma mais forte o Dom da Fé em Si mesmo, no Pai e na acção do Espírito.
É Cristo que lhes dá a alegria da Sua presença e os envia à Missão.
Fica hoje também connosco, Senhor porque muitas noites virão e sem ti nada somos, nada temos, contigo a vida será alegria em plenitude.



12 comentários:
Frei Amigo!
Eu diria que quase "paralisei" ao ler tão Rica Reflexão. Reli e também fui ao texto do ano passado,conforme nos indica, para me enriquecer mais com esta passagem do Evangelho. Foi recentemente que aprendi, o paralelo entre esta passagem e a Eucaristia, levando-me a pensar quantas vezes Jesus não terá caminhado comigo sem que eu desse conta...
Que "cegueira", esta do dia a dia, que nos impede de ver que Deus está constantemente a vir ao nosso encontro, para dar sentido ao nosso caminhar, para com ELE termos "...Vida e Alegria em Plenitude..."
DEUS SEJA LOUVADO. Amigo, que CRISTO seja a sua força, luz e recompensa pela sua entrega e dedicação a esta "Família Retalhos".
Conte sempre connosco e com a nossa Oração, pela entrega da sua vida ao chamado de Deus a anunciar a Boa Nova, à semelhança dos Discípulos de Emaús
Bem Haja.
Seja por Caridade
Obrigada, Frei, que se deu ao trabalho de nos oferecer aqui esta riqueza tao grande! Sei que isto significa muito trabalho e esforço, mas digo-lhe: VALE A PENA!
Deixo aqui a minha reflexão, a minha “conversa com Jesus” na sequência da leitura do Evangelho e da interiorização através deste texto:
Jesus, hoje olho para a minha vida à luz deste Evangelho e com esta belíssima meditação.
Também a minha vida se parece com o caminho de Emaús. Há nele de tudo: a desilusão, a noite, o vazio de Esperança, a presença do Peregrino que faz caminho comigo, a luz da Palavra e da Eucaristia, a missão para o anúncio da Ressurreição e da Vida nova... Mas É SEMPRE CAMINHO, ou seja não é estagnação. Ainda que por vezes seja aparentemente um caminhar para trás, como o foi dos discípulos na primeira parte do caminho, na verdade se for caminho conTigo, Jesus, é sempre um caminho de avançar, de crescer, de aprofundar a Fé, de encontrar-Te mais profundamente.
Obrigada, Jesus, que nesta Páscoa me deste a graça da experiência dos discípulos de Emaús. Abriste-me os olhos da inteligência e do coração para encontrar um sentido mais profundo no que estava a acontecer no meu caminho de vida nos últimos meses. Acendeste a luz, fizeste arder o meu coração, deste-me a entender que TUDO era uma prova do Teu Amor pessoal por mim, um Amor que não tem limites, um Amor muito especial, um Amor de predilecção – já me amaste antes de eu poder fazer alguma coisa para merecer o Teu Amor... Porque o Teu Amor é assim mesmo: gratuito, incondicional, infinito...
Só me posso render a este Teu Amor e à Tua condução na minha vida, e pedir-Te: FICA COMIGO, SENHOR! FICA CONNOSCO, SENHOR!
Caminhar lado a lado com Cristo e não o pressentir sequer… é esse o meu dia-a-dia.
Não O reconhecer em tudo o que recebo dEle a cada instante, em tudo o que me ensina pelo caminho, não O poder ouvir por me ouvir apenas a mim própria, não O poder ver em cada sinal que me vai dando da Sua presença sempre fiel junto de mim…
E assim, deixar crescer a desilusão, o medo, sentir o abandono, saber que partiu, não sabendo que está ali. Impossível seguir caminho na escuridão interior!
E assim deixar crescer a teia que me enreda e me abafa, debater-me nela e enredar-me mais ainda!
Sempre interrompes o meu silêncio, me convidas a escutar-Te, a dizer-Te o que me aflige, e não Te ouço…
Relembras-me o meu compromisso conTigo, tornas vivos de novo todo o tempo que passámos juntos, as palavras que trocámos, o silêncio manso que nos uniu.
Convido-Te a entrares na minha humilde casa, queres que fique eu na Tua, entrego-Te o meu pão, dele fazes a Vida. Aí sei que és tu, Senhor! O meu coração abrasa, o medo desvanece-se, a noite já não é mais noite, posso agora voltar para os que escolheste e falar-lhes de Ti! Não importam já os salteadores escondidos pelo caminho porque Tu vais comigo!
Fica comigo, Senhor, nas minhas noites escuras, na desilusão de não saber de Ti, na incapacidade de Te reconhecer, leva-me conTigo aos outros, a dar-lhes a Vida da Tua existência, a certeza da Tua Bondade e Perdão, a Tua Paz!
Amigo Frei, Paz e Bem!
Estou na companhia de uma Amiga que é irmã do Frei Augusto; ela adaptou esta oração para Acção de Graças pós Comunhão, cuja origem ela pensa ser do P. Pio. Penso que tem tudo a ver com a Reflexão que o Frei Albertino, colocou aqui em "Retalhos" e onde os discípulos pedem "Fica connosco Senhor".
" Fica Senhor comigo,pois sou fraca e preciso da tua força para não cair tantas vezes;
fica Senhor comigo porque é necessária a Tua presença para não Te ofender;
Fica Senhor comigo, porque Tu és a Luz e sem Ti, permaneço nas trevas;
Não te peço a Tua Divina consolação , pois não a mereço, mas o dom da Tua Santíssima presença;
Oh! Sim, eu te peço, fica Senhor comigo! Quero amar-Te de todo o meu coração na terra para continuar a Amar-Te por toda a Eternidade. Amén
Penso que a partir de agora, vamos poder contar com mais uma Amiga de "Retalhos" e que irá deixar bonitos e profundos comentários. À semelhança dos discipulos também eu vim trazer a Boa Nova.
Bem Haja
Seja por Caridade
Obrigado Maresia por ter levado os "Retalhos" a essa sua amiga. Espero que tenha sido um momento bonito para alguém com a sua idade (notar que eu sei a idade).
Defacto esta oração é do P. Pio e podemos encontrá-la na íntegra em vário sitos como http://www.pneuma-rc.pt/main/reflexao/oracoes/or2.html
Desejando a essa amiga os votos de paz e bem e que, sempre que possa venha até nós e reze connosco.
Frei
Frei Amigo:
OBRIGADA por esta tão rica e bela catequese...não é preciso ser biblista nem teólogo. A boca fala daquilo que o coração está cheio.
Deus seja Louvado por esse Dom, fruto da acção do Espírito Santo em si, que lhe abre o coração... escuta, medita e O acolhe.
EMAÚS... remete-nos para a Última Ceia... Instituição da Eucaristia.
Reconheceram-nO ao partir do Pão!
Jesus faz-se encontrar na Partilha comunitária do Pão e da Vida.
A exemplo dos discípulos de Emaús, também nós podemos reconhecer Jesus, num momento de partilha, caridade e serviço. Eles só reconheceram Jesus no momento em que ELE partiu o pão, mas logo de seguida voltam para Jerusalém para se colocarem ao "Serviço" juntamente com os apóstolos.
A Caridade aponta-nos Jesus,Aquele que caminha ao nosso lado, Ele é esse companheiro de viagem que encontra semore formas de vir ao nosso encontro - mesmo se nem sempre somos capazes de O reconhecer.
A Fé traz-nos muitas responsalidades: Partilha, Oração, Acolhimento, e a maior de todas: "A MISSÃO"...!
Depois de fazer a experiência com Cristo Vivo e Ressuscitado na celebração eucarística, cada um de nós tem a missão de testemunhar que ELE está Vivo e que se oferece como caminho de Salvação para os homens.
Mais uma vez BEM HAJA por "Retalhos", eles são para nós, um pouco, do "Poço de Jacó, que matou a sede à Samaritana".
Que Deus o Abençoe.
Frei Albertino,
Sei que vc gosta que eu ponha o comentário no blog, mas qdo a meditação é muito importante, (não desmerecendo nenhuma, ) fico muito constrangida em enfeiar com minha pequenez de escriba a grandiosidade do assunto abordado.
Este sobre Emaús, eu diria que fiz um retiro espiritual. Sinto muita falta deles... agora que tenho o Retalhos como comunidade de destino, compreendo mais como este tipo de tecnologia é grandioso!Imagine... assim como com a música eu posso trazer um Karajan para a minha cabeceira, ter um Mozart como arrolador de meu sono, bastando um aperto digital... posso pôr um Plácido Domingo a cantar ou a calar a boca... à qualquer hora do meu querer... as meditações do Retalhos têm esta vantagem: posso degustar cada parágrafo... como se lê uma obra de São João da Cruz... parando para chorar, para amar junto, para pedir perdão, para deixar uma oração...
Assim que faço lendo vc e o que vc e nossos amigos colocam para nosso alimento. Não tenho preparo sequer para acrescentar uma vírgula, só posso me deliciar, só quero me deliciar... "viajando"... naquilo que leio, medito, aproveito de sua espiritualidade ali derramada de presente para quem tenha coração para assimilar.
Mais do que um agradecimento, porque acho que este tipo de doação não carece agradecimento aqui vão: admiração, incentivo, demonstração de utilidade, pedido de perseverança...
Continue, Frei a nos presentear com sua dedicação! Seja este Retalhos seu breviário,e que o sr jamais se canse porque ele realmente é oração!
Sirlene
Sirlene, paz e bem!
Acabo de piblicar aqui o texto que me enviou para o e-mail pessoal.
Porque o faço. As suas partilhas em nada "feiam" (tornam feio) o que aqui se publica ou o que os nossos amigos partilham.
Veja a beleza da sua sensibilidade. Ficar com esta sua partilha só no meu e-mail seria ir contra a fraternidade do "Retalhos".
Por isso aqui a deixo mesmo sem antes lhe pedir autorização.
Certamente todos gostarão de ver que no Brasil o "Retalhos" faz eco na vida de alguém. Obrigado por estar desse lado rezando connosco.
A. R.
Sirlene,
Que bom tê-la de volta ao nosso cantinho, mesmo que “por mãos alheias”!
Tenho cá para mim que tudo o que de mais belo tenho encontrado na vida é sempre fruto da simplicidade, mais ainda se ela nasce no coração! Que interessam as palavras ou o modo de as dispor numa frase? Importam sim os sentimentos que exprimem, a vida que partilham, o que sempre têm a ensinar! Muito fui aprendendo com as suas partilhas, e muito lhes tenho sentido a falta…
Desejo muito poder continuar a encontrar-me consigo aqui, na nossa casa de família!
Bem haja, Frei, por ter trazido Sirlene de volta!
Sirlene,
fiquei muito sensibilizada com o seu comentário que o Frei teve a amabilidade de publicar aqui.
Tenho gostado tanto de ler os seus comentários, porque vêm de alguém com outra experiência de vida, com outra sensibilidade, com outra maneira de abordar os temas aqui colocados - e enriquecem-nos sempre. Pelo menos eu o tenho sentido assim. Somos todos mais ou menos «leigos no assunto», mas temos todos algo a partilhar da nossa experiência e do actuar de Deus nas nossas vidas. É assim que se faz a beleza do «Retalhos»: com os pedaços de vida de cada um que por aqui passa.
Já lhe escrevi há uns tempos, quando começou a «embelezar» o blog com os seus comentários, que «nunca ninguém é tão pobre que não tenha nada para dar e nunca ninguém é tão rico que não tenha nada a receber».
Por favor, continue a escrever!
Um grande beijinho - cá deste lado do Atlântico!
esperança
MR e Esperança
quanta delicadeza em suas palavras, fiquei devéras sensibilizada com a manifestação de ambas.Sim, anteriormente recebi mensagem sua, Esperança ,e se não me manifestei foi para não saturar o blog, creio que aqui há um limite de postagens.Mas desde então meu desejo foi mesmo de estreitar essa comunicação.Quanto ao meu "sumiço", apesar de ter já um infarto e um "stent"...ando muito bem, graças ao Amado e com o coração cada vez amando mais...neste país "abençoado por Deus e bonito por natureza"...com os braços abertos como o Redentor lá do Rio, aguardando aqui em São Paulo todas vocês para um abraço, nem que seja virtual.Obrigada pelo carinho e...Paz e bem para todos nós!
Sirlene
OBRIGADA Frei, pela beleza, profundidade e estilo com que partilhou connosco este Evangelho de Lucas que nos narra o caminho de Emaús.
Tem sempre uma forma, uma maneira bonita de dizer, de comunicar, de partilhar e isso é DOM para todos nós…
Para mim, é um dos textos da Sagrada Escritura, com os quais me identifico e me toca profundamente…O convite a Jesus para ficar com eles…a HOSPITALIDADE…o DOM de acolher JESUS…
Como é que eu O acolho em cada Irmão?
A minha pequenez é “demasiado” para comentar…
Sinto é necessidade de VIVER cada vez mais profundamente este “ACOLHIMENTO”, este DOM da HOSPITALIDADE, a partir da EUCARISTIA diária, e, continuá-la em gestos de Lava-pés, servindo os Irmãos em HOSPITALIDADE…
Fica comigo SENHOR!... (Fica connosco SENHOR) …
Peço-TE SENHOR, em cada momento da minha vida, o DOM da TUA PRESENÇA…
Mais uma vez OBRIGADA pelo DOM que é…DEUS é DOM em si…
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