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31 agosto 2007

Varajoto: lugar da entrega

“Tendo dito estas coisas, Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cédron, onde havia um horto, e ali entrou com os seus discípulos. Judas, aquele que o ia entregar, conhecia bem o sítio, porque Jesus se reunia ali frequentemente com os discípulos. Judas, então, guiando o destacamento romano e os guardas ao serviço dos sumos sacerdotes e dos fariseus, munidos de lanternas, archotes e armas, entrou lá. Jesus, sabendo tudo o que lhe ia acontecer, adiantou-se e disse-lhes: «Quem buscais?» Responderam-lhe: «Jesus, o Nazareno.» Disse-lhes Ele: «Sou Eu!» (…) Se é a mim que buscais, então deixai estes ir embora.» Assim se cumpria o que dissera antes: ‘Dos que me deste, não perdi nenhum.’ (…) Jesus disse a Pedro: «Mete a espada na bainha. Não hei-de beber o cálice de amargura que o Pai me ofereceu?” (Jo 18, 1-11)

O caminho que temos vindo a fazer com Jesus culmina neste momento da entrega total a fazer a vontade do Pai.
E a vontade do Pai é que não se perca nenhum dos que Ele lhE havia confiado – NÓS – porque só assim o Pai seria verdadeiramente glorificado no Filho.
É um jardim – que em João é lugar habitual da reunião da Comunidade com Jesus – o lugar do encontro, da traição, da fuga dos seus e da entrega que levas à paz.
Daqui para a frente é o caminhar passo a passo de Anás para Pillatos e deste para os Sumo Sacerdotes que o levam ao gólgota.
Ali presente a MÃE e o DISCÍPULO.
Convido-vos a ver o clip de vídeo que publiquei no blogue em sexta-feira Santa: “A Mãe e o Discíplulo”.
“Tudo está consumado” exclama Jesus.

Esta consumação é a entrega de Cristo por nós e que nos impele a fazer de cada amanhecer da nossa vida, não um amanhecer de cruz e tristeza mas de esperança porque o sol vai alto e o dia da Ressurreição está próximo.
Somos filhos em Maria: “Mulher eis o teu filho”.
Somos irmãos em João: “João eis a tua Mãe”.
E eis-nos a nós, Frades Menores, diante da Palavra e da Cruz. A pregação e anúncio Franciscanos só têm sentido quando, embrenhados totalmente no Cristo recebido na Eucaristia, pegamos na Palavra e anunciamos ao mundo o grande mistério da Cruz. Ali, no dizer de Francisco, “o Amor não é amado” mas, no olhar profundo de cada homem e mulher do nosso tempo, Francisco continua a chamar muitos a seguir Cristo na simplicidade daquele que serve, lava os pés e cura as feridas.

O retiro chega ao fim… Cinco dias em fraterna união, oração, meditação e convívio de irmãos. Francisco de Assis exulta certamente com o coração pobre e pecador de cada um dos seus filhos que se alegram em Cristo e reiniciam passos de Vida.
E amanhã teremos Vida nos três irmãos que farão a sua Consagração ao Senhor depois de um ano de Noviciado e outros três que renovam essa mesma Consagração.

Como S. Francisco dizemos com o coração alegre:
“Deus Omnipotente, eterno, justo e misericordioso, concede-nos a nós, miseráveis, que por ti façamos o que sabemos que tu queres, e sempre queiramos o que te apraz, para que, interiormente purificados, interiormente alumiados e abrasados no fogo do Espírito Santo, possamos seguir os passos de teu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, e mediante somente a tua graça, chegar até ti, ó Altíssimo, que, em Trindade perfeita e em simples Unidade, vives e reinas e tens toda a glória, ó Deus omnipotente, por todos os séculos dos séculos. Ámen!”.

30 agosto 2007

Varatojo: lugar da Oração

“Pai, chegou a hora! Manifesta a glória do teu Filho, de modo que o Filho manifeste a tua glória (…). Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste. (…) É por eles que Eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me confiaste, porque são teus. (…) Não te peço que os retires do mundo, mas que os livres do Maligno. (…) como Tu me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo (…) para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste (…) Eu dei-lhes a conhecer quem Tu és e continuarei a dar-te a conhecer, a fim de que o amor que me tiveste esteja neles e Eu esteja neles também.” (Jo 17, 1-26)

No percurso que João nos apresenta, neste caminhar em retiro de irmãos, chegamos à Oração Sacerdotal de Jesus. É ela o mote para todo este dia. Uma despedida que termina na oração mais profunda e íntima com o Pai. A unidade da Trindade, reflectida na vida da Comunidade crente, é urgência na missão dada por Cristo. Só unidos à volta da vontade, revelação e Verdade que é o Pai os crentes podem sentir a sua plena comunhão e alegria.

Assim, somos convidados ao longo de todo este dia a encontrar Cristo Eucaristia que permanece diante dos nossos olhos e no nosso coração. Ele quer ficar ali diante de nós e para nós… e ali está, no altar desta magnânime igreja conventual, Cristo que nos olha e se deixa olhar, que nos ama e se deixa amar, que nos contempla e se deixa contemplar.

O silêncio de cada irmão que ao longo de todo o dia assegura este encontro com Cristo no altar mais não é que o tornar presente a oração Sacerdotal de Cristo.
Rogar ao Pai por todos os que aqui estamos e por quantos levamos no coração.

E como S. Francisco queremos dizer:
“Pai santo (Jo 17, 11) e justo, por ti mesmo te damos graças, porque por tua vontade e por teu único Filho com o Espírito Santo criaste todas as coisas espirituais e corporais e a nós, feitos à Tua imagem e semelhança, colocaste no paraíso. E nós caídos por nossa culpa, Te damos graças porque, assim como por teu Filho nos criaste, assim por teu santo amor, com que nos amaste (Jo 17, 26), fizeste que Ele, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nascesse da gloriosa sempre virgem beatíssima Santa Maria, e quiseste que nós, cativos, fôssemos redimidos por sua cruz e sangue e morte”.

29 agosto 2007

Varatojo: Lugar do Espírito


“A nossa carta sois vós, (…) carta de Cristo, (…) escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo(…). Ele que nos torna aptos para sermos ministros de uma nova aliança, (…) o Espírito dá a vida.” (2 Cor 3, 2-7)

Acabámos de fazer vígilia ao Espírito Santo. Hoje um dia todo dedicado à terceira Pessoa da Santíssima Trindade. A Palavra sempre no centro hoje acompanhada pelas velas acesas – a partir do Círio Pascal – e com o canto “Veni Sancte Spíritus”…
Agora é hora de, dois a dois, os irmãos que o desejassem fossem partilhar o que o coração sente, as suas vivências mais ou menos gratificantes, a sua entrega ao Senhor e aos outros e o quanto o caminho de Deus tem de bom quando nos sentimos a caminhar com alguém.
Antes, no centro da velha e centenária sala Capitular, um cestinho, diante do Círio, oferecia a cada irmão um pequeno papel ao jeito de pergaminho. Ali o Senhor daria a cada um o DOM DO ESPÍRITO que certamente mais precisa neste momento…
Eis nesta foto que acabo de tirar – à guisa de partilha – o Dom que o Espírito me pede que acolha… a FORTALEZA

Imediatamente os olhos fecharam para saborear como Deus fala atráves dos gestos mais simples. Ser forte, corajoso, vencedor na acção do Espírito Santo, Ele me pede para ser… utopia pensei imediatamente mas… sustendo os sentimentos, para que manifestação exterior não deixasse passar o que me vai interiormente, penso em tantos irmãos e amigos que, em tantos locais lutam com coragem e ousadia para serem fieis a si mesmos e a Deus… senti-me fraco e recordando no mais íntimo alguns amigos, irmãos e familiares respirei fundo e entreguei-me com todos eles. Que o Espírito possa conceder a cada um de nós a Dom da Fortaleza para que, fortificados no Espírito, possamos ser sinal de esperança.
Dois a dois os frades foram em partilha… eu… não fui… que me perdoem os irmãos… vim recolher-me, olhar o papel e sentir que devia partilhar com mais irmãos e amigos este momento de graça.
Que o Espírito Santo a todos vos conceda o Dom da Fortaleza…

Veni Sancte Spíritus…

28 agosto 2007

Varatojo, lugar da Palavra...

Parar para contemplar e escutar…

No belíssimo Convento de Varatojo, onde há tantos séculos iniciaram os pobres Menores a missão de anunciar a paz e o bem, Convento que ainda hoje é o exlibris dos Menores em Portugal, e por onde passaram todos os frades da actual Província no seu noviciado, se reúnem irmãos de todo o país e além fronteiras para fazer retiro de cinco dias.
É o encontro com o Senhor e com os irmãos.
Parar para fugir do buliço do dia a dia e das preocupações que tantas vezes nos obrigam a correr e a esquecer o essencial: Deus presente na nossa vida.
Contemplar a beleza deste monumento, as sua paisagens, a mata rica em simbologia o mar que, de quando em vez, se deixa vislumbrar ao longe, não esquecendo a noite com a lua e as estrelas cintilantes e belas, como dizia Francisco.
Contemplar só faz sentido quando a escuta de Deus em tudo o que nos rodeia se torna presente, como o sino do relógio centenário que acaba de tocar agora…
É Deus que fala a cada um e a todos neste silêncio bom…
A escuta da Palavra de Deus é o centro destes dias. É por ela que caminhamos do nosso interior para o coração de Deus até ao olhar, abraço e sorriso de cada irmão. A Sagrada Escritura ocupa assim o lugar central de toda a nossa presença neste tempo de dom e graça…
Uma semana aqui nos encontramos para olhar os últimos momentos da vida e acção de Cristo com os seus.
Somos convidados a fazer o percurso que nos é relatado em João nos capítulos 13 a 17.
Compreender o que Cristo fez aos seus, naquela noite de entrega e serviço, de Comunhão e revelação, traição e abandono, certeza e incerteza… noite de morte que leva à vida e glorificação, noite que leva ao testemunho e missão da Comunidade.
Celebrar o perdão, repetindo o gesto de Jesus na última Ceia, lavar os pés aos seus para que possamos lavar os pés uns aos outros no serviço de amor.
João apresenta-nos uma noite de afectos onde Cristo impele a amar sem medida, a permanecer no Amor que O une ao Pai, a não esquecer que é Ele o centro e que sem Ele nada podemos fazer.
E pergunta a cada momento: “compreendeis o que vos fiz?”…
E será que compreendemos?
Mas a Sua voz continua num apelo a uma pedagogia do amor e da relação Fraterna, só assim a acção de Cristo se torna acção da Comunidade crente.
Hoje é dia de celebrar a Fraternidade, depois do perdão celebrado ontem, dar significado e sentido a todos os espaços onde os irmãos se encontram e reencontram, desde a oração, ao trabalho e ao lazer.
Reencontrar cada irmãos nestes espaços e redescobrir a quanto o Senhor nos chama, o quanto o mundo e a Igreja espera de nós e bem assim que resposta podemos e devemos dar.
João apresenta-nos uma dialéctica de diálogo, em primeiro lugar com alguns dos seus, depois com toda a Comunidade a quem escolhe, chama, consagra e envia…
Cristo dá-nos a conhecer o Pai para que tenhamos alegria plena e nos sintamos unidos como Ele está unido ao Pai num único e eterno Amor que aceita de coração aberto o Filho pelo Pai enviado.
Nestes dias de silêncio e oração, de olhar para o passado, sentir e viver o presente com o olhar e o coração no que Deus pede para o futuro, não quis deixar de estar em sintonia com os amigos que venham ao blogue.
Rezo convosco esperando e agradecendo a vossa presença.
Que onde quer que estejais, por este mundo fora, sintais que aqui neste canto do céu, onde as pedras já gastas marcam o tempo de alguns séculos de vida franciscana, me lembro dos que fazem importante este espaço de todos, os Retalhos…

(Se quer conhecer um pouco este lugar visite o sitio: http://www.virtual-net.pt/FranciscanosVaratojo)

15 agosto 2007

Assunção

Mais uma vez a Igreja nos leva a olhar para os grandes mistérios da nossa Fé e, de novo, um mistério relacionado com Maria.
Celebramos a Assunção, elevação de Maria ao céu em corpo e alma.
Desde os primórdios da Igreja que esta certeza parece permanecer na mente e no coração dos cristãos. Pio XII, em 1950, proclama este sentir e viver da fé como uma verdade inquestionável: Maria foi elevada ao céu em corpo e alma.

Ela havia sido concebida, no seio de Ana, sem mácula – Imaculada – predestinada para ser a Mãe de Deus, Teotokos, e a Mãe da Igreja que vive em união a Cristo vivo e ressuscitado.
Celebrar a Assusnção de Maria é celebrar a Vida e não a morte. A morte implica, na nossa realidade humana, separação do corpo e da alma. Mais do que uma realidade humana trata-se de uma realidade divina, união no Reino de Deus.
Maria não morre, na Fé da Igreja, n’Ela não se dá separação do corpo e da alma. N’Ela não há morte mas vida. Como diz Michel Quoist “O corpo que deu Vida a Deus não poderia apodrecer debaixo da terra”.
Maria a plenitude da salvação, em Jesus Cristo Seu Filho, Ele é o autor da Vida, o Criador por quem e para quem tudo foi criado como no-lo recorda João e Paulo nos seus escritos.
Maria é Criatura e ao mesmo tempo Mãe do Criador. Desta forma Ela está intimamente unida à missão redentora do Seu Filho – a Redemptoris Mater – assim lhe chamou e escreveu João Paulo II na Encíclica com o mesmo nome.
Ela identifica-se com o Filho na humildade, pobreza, sofrimento e ao mesmo tempo na Glória.
Elevada ao céu e aí glorificada pela Trindade, Maria, torna-se Rainha do Universo, Senhora e Mãe de todas as coisas criadas. No coração de Deus Ela é sinal de Esperança e alegria para o povo peregrino
Tal como a Lei guarda e transporta as Tábuas da Antiga Aliança, Maria acolhe, guarda e oferece a Nova Aliança, Jesus Cristo.
Maria Glorificada é a imagem da Igreja que caminha com Jesus, Mãe e Filha da Igreja, caminho e glorificação para toda a humanidade.
N’Ela todos encontramos a certeza da manhã de Páscoa, a Ressurreição. As suas aparições – Lourdes, Fátima, Medjugoria – são mensagem de oração e de paz, de reconciliação e perdão.
Por isso uma mulher ergue a voz do meio da multidão, não para louvar Jesus mas para louvar Maria: “Feliz Aquela que Te trouxe no Seu ventre e Te amamentou no Seu regaço…” (Lc 11)
Maria é feliz por ser Eleita…
Maria é feliz por acreditar na Palavra…
Maria é feliz porque faz do Seu “Fiat” um SIM permanente e presente onde Ela pode ser sinal materno do Deus Amor: Nazaré, Belém, Jerusalém, Caná, Cruz, Pentecostes… e agora junto de Deus no céu.

Termino com as palavras de Michel Quoist:
“E agora, que o aproveitem mais ainda, diz Deus.
Têm no Céu uma Mãe que os ama de todo o coração, o seu coração de carne.
E esta Mãe é a minha, que me olha com os mesmos olhos, que me ama com o mesmo coração.
Se os homens fossem espertos, bem o aproveitariam. Deviam imaginar que a Ela nada posso recusar… Que querem que Eu faça? É minha Mãe. Assim o quis. Agora não me queixo.
Um diante do outro, corpo e alma, Mãe e Filho. Eternamente Mãe e Filho…”
(Michel Quoist)

10 agosto 2007

CLARA DE ASSIS

A 11 de Agosto a Igreja inteira, e a Família Franciscana – mormente as nossas Irmãs Clarissas – celebra uma das maiores Mulheres que a Igreja jamais pôde tornar como modelo de vida e santidade: Santa Clara de Assis.
É hora de ter a mais profunda gratidão a Deus pelo dom da Vocação de Clara e suas filhas, no recôndito dos Mosteiros onde a oração é o ponto de partida para a acção de serviço, sempre escondido, mas serviço a todos.
Como dizia há uns anos uma Clarissa, as irmãs são, no silêncio da oração, as raízes de toda a família Franciscana, elas que bebem permanentemente da presença de Cristo na adoração para que todos os demais irmãos e irmãs das Ordens e Movimentos Franciscanos possam tornar possível o anúncio da paz e do bem como no-lo pediu Francisco de Assis.
Deixo um texto que nos ajuda a conhecer um pouco desta Santa, o rosto feminino da Vocação Franciscana, através do seu nome “Clara”. Como ela saibamos nós dizer com o coração inundado pela grandeza do amor de Deus: “Louvado sejas, meu Senhor, por me haverdes criado”.
“A mãe Hortolana teve uma gravidez complicada com a possibilidade de não ser bem sucedida na hora de dar à luz. Quando a vida de um filho ou uma filha corre perigo toda mãe se agarra fortemente à fé. Hortolana entrega a Deus a sua fecundidade maternal e sente a segurança e a certeza que vêm das forças divinas. Percebe que quem dela vai nascer é fruto da paz e serenidade; acredita que será um parto de luz a clariar o mundo. Muitos nomes foram sugeridos, mas a sua escolha é Clara! Clara é o seu nome!
Para o mundo bíblico dar nome é trazer para a vida e para o sentido desta vida. Ter nome é ter um papel a cumprir, uma missão a concretizar. O que não tem nome não existe. Clara é o seu nome!
A história da espiritualidade é a história da luz, quem nasceu para iluminar caminhos só poderia ter um nome como este. Esta menina nasceu para incendiar a vida com a chama do Amor. É profética a conhecida afirmação de Tomas de Celano: "Foi nobre de nascimento e muito mais pela graça. Foi virgem no corpo e puríssima no coração; jovem em idade mas amadurecida no espírito. Firme na decisão e ardentíssima no amor de Deus. Rica em sabedoria sobressaiu na humildade. Foi Clara de nome, mais clara na sua vida e claríssima nas suas virtudes. Sobre ela foi edificada uma estrutura das mais preciosas pérolas, cujo louvor não vem dos homens mas de Deus. É impossível compreendê-la com a nossa estreita inteligência e apresentá-la em poucas palavras". (1 Cel 8, 18-19)
Clara nasce em Assis no dia 16 de Julho de 1193. É baptizada na catedral de São Rufino com o nome escolhido pela mãe iniciando aí uma clara história. Seu pai é o Conde Favarone, nobre e cavaleiro, personalidade forte mas muito terno e afectuoso com o seu filho e filhas. É descendente dos Offreduccio Favarone di Bernardino, uma família da melhor estirpe. Sua mãe, Hortolana, Condessa de Sasso Rosso, é uma mulher com o "esprit du finesse" característico das grandes damas medievais. É devota, sábia e segura. Após a morte do marido junta-se às filhas em São Damião.
Clara tem um irmão chamando Boso e três irmãs: Pessenda, Inês e Beatriz. As duas últimas seguiram Clara na experiência contemplativa das Senhoras Damas Pobres.
Família rica e influente em Assis os Offreduccio Favarone poderiam oferecer à filha um matrimónio de bens e de dotes e um sonhado futuro de riquezas. Contudo Clara nasceu para conduzir vidas para Deus e o seu matrimónio foi escolher o Esposo, o Rei dos Reis, num esponsal místico.
É o seu nome que inspira o conteúdo maravilhoso da sua Bula de Canonização. Num trocadilho impressionante o documento revela que na grandeza de um nome está a sua missão: o “Clara, preclara por seus claros méritos, clareia claramente no céu pela claridade da grande glória (...) a sua virtude resplandece para os mortais com sinais magníficos”.
Na beleza deste nome um modo de ser. Na grandeza deste nome a dignidade de ser mulher e santa. Na força deste nome um programa de vida. Clara Mãe, Clara Irmã, rogai por nós!
(adaptação de texto de Frei Vitório Mazzuco Filho - O.F.M., in http://www.franciscanos.org.br)

ORAÇÃO A SANTA CLARA

Clara, santa cheia de claridade,
Irmã de São Francisco de Assis,
Intercede pelos teus devotos
Que querem ser puros e transparentes.
Teu nome e teu ser
Exalam o perfume das coisas inteiras
E o frescor do que é novo e renovado.
Clareia os caminhos tortuosos
Daqueles que se embrenham
Na noite do próprio egoísmo
E nas trevas do isolamento.
Clara, irmã de São Francisco,
Coloca em nossos corações
A paixão pela simplicidade,
A sede pela pobreza,
A ânsia pela contemplação.
Te suplico, Irmã Lua,
Que junto ao Sol de Assis
No mesmo céu refulge,
Alcança-nos a graça que,
Confiantes vos pedimos.
Santa Clara, ilumina os passos
Daqueles que buscam a claridade!
Amém!

AVISO LEGAL – Procurarei fazer, neste blog, uma utilização cautelosa de textos, imagens, sons e outros dados, respeitando os direitos autoriais dos mesmos. Sempre que a legislação exigir, ou reclamados os referidos direitos de autor, procurarei prontamente respeitá-los, corrigindo informação ou retirando os mesmos do blog

 
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