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25 novembro 2007

Cristo Rei e Senhor

Falar de reis, hoje em dia, parece estar fora de moda, a não ser aqueles que corem atrás de revistas cor de rosa ou de escândalos por parte daqueles que têm que medir cada passo ou palavra.
Hoje o mundo celebra o REI, Cristo Rei e Senhor do Universo.
É um facto que, para muitos, isto não passa de mais uma devoçãozinha católica. Mais ainda parece ganhar forma esta expressão se tivermos em conta que muitos dos que olham as celebrações estão baptizados em nome deste Rei e Senhor. Ungido em Seu Nome, a maior parte não pôde escolher, é um facto, viram agora o dedo e o escárnio para os que procuram levar a sua fé com valores, sentindo a presença forte de Deus em Cristo que Reina pela acção do Espírito.
Como entender este reinado? Não deveria ele ter acabado naquela tarde e naquele monte calvário? Não morrera ali Aquele a quem chamavam Rei?
A promessa de Deus não pode ficar esquecida do coração humano: “Tu apascentarás o meu povo de Israel, tu serás rei de Israel”.
Todos os anciãos (…) ungiram David como rei de Israel.” (2 Sam 5,1-3)
Este texto é o início do cumprimento da promessa Divina. O Messias Rei não podia vir até nós sem uma história e, na linguagem bíblica, uma história humana. Como aceitar, ao tempo, alguém que reine e governe se não estiver já inserido numa linha de realeza? Então é preciso ungir um rei, um simples pastor que é escolhido por Deus para apascentar o Seu Povo e levar pelos tempos a herança do Messias que virá a ser chamado “Filho de David”.
Samuel marca aqui um ponto crucial na história da Salvação. Deus faz caminho com o Seu Povo e aponta para a escatologia final onde outro Rei será coroado.
Lucas (Lc 23,35-43), coloca-nos diante de um trono, um Rei e um reinado. A Cruz sustenta o Rei prometido. Parece que qualquer reinado terminaria ali no gozo e chacota de quantos interrogam este Rei que se deixa morrer de forma tão vergonhosa como um condenado, um malfeitor. Por cima d’Ele, diz Lucas, um letreiro dizia: «Este é o Rei dos judeus».
Esta frase, parece ter ferido a mente farisaica dos espectadores ali presentes. A Verdade da realeza de Cristo incomoda muitas vezes. Ele era Rei e não queriam admitir ter condenado um Rei.
O gozo vai ao ponto de um dos condenados afirmar: “Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também”.
À dureza de tal rancor – sim, eu sinto nestas palavras rancor e uma espécie de olhar que aponta e condena – vem a resposta de um par, alguém merecedor do juízo, da condenação e talvez da morte: “Ele nada praticou de condenável”.
E acrescentou: “Jesus, lembra-Te de Mim, quando vieres com a tua realeza”. Dois olhares centrados num coroado de espinhos, um Rei que padece no patíbulo. Um de rancor, ódio e não aceitação de uma vida pouco digna. Outro que repreende com justiça, com coerência de vida – mesmo que no fim da vida – e que simplesmente manifesta uma atitude de fé de de esperança no Reino de Cristo. Curiosamente Cristo não dirige a palavra ao “mau ladrão” mas ao que o olha com arrependimento simplesmente responde: “Hoje estarás comigo no Paraíso”.
Como os Judeus poderíamos nós perguntar com que autoridade diz Ele tais coisas. Era um homem condenado, ia morrer naquela Cruz, como poderia falar de Vida nova. Como poderia Ele dizer que naquele mesmo dia o homem arrependido entraria no paraíso? Isto é visto como um escândalo, a salvação prometida não tinha ainda – aos olhos daquela gente – encontrado a hora. Só lá no fim dos tempos se daria a vida nova, não naquele dia de trevas e choro. Quem é este Rei coroado de espinhos que se arroga ao direito de dizer palavras que só a Deus se podiam consentir?
E temos a resposta de Paulo na Carta aos Colossenses (Col 1,12-20)
Deus acolhe-nos no Seu coração misericordioso, torna-nos “dignos de tomar parte
na herança dos santos”
apontando já a meta da nossa vida rumo a uma inserção “para o reino do seu Filho muito amado”. ,
Então afinal Cristo é Rei. Tem um reino que lhe é dado pelo Pai, reino que Ele construirá pela redenção da humanidade inteira. Este reino não é uma realidade visível, é algo de tão grande densidade espiritual que não poderemos nunca abarcar a sua imensidão enquanto peregrinos nesta terra. Aqui fazemos caminho na esperança de chegar ao reino novo, na escatologia que acontece no encontro com Deus e que se perpetua após a morte em Cristo. Ele, no dizer de Paulo, “é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda a criatura; (…) n’Ele foram criadas todas as coisas (…) Ele é anterior a todas (…), n’Ele tudo subsiste. Ele é a cabeça da Igreja (…), é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos; em tudo Ele tem o primeiro lugar.”
É desta forma que Paulo nos remete para a grandeza da realeza de Cristo. Não é um rei qualquer, Ele é o Rei, mais que isso, é o Senhor da história, o Senhor do universo, Aquele que existiu desde sempre e sempre existirá. Em Cristo existe a plenitude da graça do Pai, a reconciliação definitiva da criação inteira com o Criador. Este texto de Paulo obriga-nos a reler o episodio da Cruz. Afinal teria ou não Jesus razão para dar sentido à fé e esperança daquele ladrão que lhe pede um lugar no Reino? Que sentido faz a afirmação do “hoje estarás comigo…”?
Paulo diz que só em Cristo são reconciliadas todas as coisas. Uma reconciliação que restabelece a paz e a união dos que andavam perdidos, dos que se tinham afastado do amor do Pai Criador: “pelo sangue da sua cruz, com todas as criaturas na terra e nos céus.”
Hoje olhamos para este Rei e Senhor… fez sentido sim aquela Cruz, aquela entrega, aquele momento de morte que leva à vida em Deus.

Que Cristo Reine em cada um de nós e que o olhemos como o Senhor…

7 comentários:

Anónimo disse...

Como foi bom hoje de manhã chegar ao blog e encontrar esta bela meditação da Palavra. Obrigada!
Sim, Jesus é Rei – assim afirmamos na Fé. Mas, para dizer a verdade, penso que na nossa vivência quotidiana muito pouco sabemos fazer com o facto da realeza de Cristo. Talvez porque os exemplos de reis que temos nos nossos tempos não são referências positivas, pelo menos na maior parte dos casos.
Mas Jesus também não é e nem quer ser um rei assim – distante da nossa vida de cada dia, longínquo, escondido em algum palácio. Jesus é o “Deus connosco”, é o que caminha connosco. Partilhou a nossa vida, viveu como nós, alegrou-se como nós, sofreu como nós e por nós, para que nós pudéssemos fazer parte do Seu Reino.
Por isso, sim, celebremos o nosso Rei que é, ao mesmo tempo, o nosso Senhor, o nosso Pastor, o nosso Amigo, o nosso Irmão.

Anónimo disse...

Estou de acordo com "Esperança" que bela meditação sobre a Palavra do Dia de Cristo Rei. Só através deste REI conseguimos vencer os "rancores terrenos" com que nos deparamos no dia a dia da nossa vida...Que ELE continue a reinar no nosso coração,tal como alguém me dizia há uns dias atrás "no coração onde há o BEM está sempre a PAZ".

Anónimo disse...

Que Bonito! Abrir o blog e encontrar
esta partilha tão rica para viver o dia de hoje!
OBRIGADA.

Jesus Cristo é REI. Para isso nasceu e veio ao mundo. Mas o Seu Reino não é deste mundo. Iniciado como uma pequena semente, o Reino está destinado acrescer e a tornar-se uma árvore (Mt.13,31-32) tem uma força irresistível e provocará uma transformação radical do mundo e do homem.
A REALEZA de Jesus é difícil de entender, baralhou até mesmo a cabeça de Pilatos. (Jo.18,33-38). É demasiado diferente das deste mundo. Quantas vezes ao longo dos séculos foram equivocadas!
Onde estão os sinais da REALEZA?...
ELE não domina do alto de um trono de ouro, não está rodeado de servos que cuidam d’ELE, que se inclinam a Seus pés, que executam as Suas ordens. ELE não se serve do poder, para dar ordens; ELE, é o Servo dos servos… O Senhor dos Senhores…e está perante pessoas que O insultam, que o escarnecem; não tem mantos luxuosos, está completamente (nu…) ELE TEM POR TRONO UMA CRUZ…
Não ameaça ninguém, usa Palavras de AMOR e de perdão para todos…Não tem a Seu lado os Seus ministros, os generais do exército, para o defenderem, mas dois malfeitores…
Que estranha REALEZA a de Jesus! É o oposto daquela que as pessoas estão habituadas a admirar…
Para nós um rei, triunfa quando vence, derrota e humilha… Tentamos muitas vezes adequar a imagem de Cristo-Rei à dos reis deste mundo.Não queremos acreditar que ELE triunfa no momento em que PERDE…, no momento em que Dá a VIDA…
Este Rei Soberano, Forte, Omnipotente e Misericordioso que reina do alto da CRUZ às vezes parece perturbar-nos, porque exige em nós mudança radical nas nossas vidas… Por isso eu canto mais uma vez a GRANDEZA DE DEUS…

Que se sinta a alegria da SUA PRESENÇA ENTRE NÓS
Que todos cantemos
Um hino de louvor ao Rei do Céu
Porque o nosso Deus é Rei, é um Deus Grande
Poderoso, Omnipotente, Misericordioso,
E qualquer coisa se lhe é comparada,
Vale nada e vazio…

Ele está continuamente connosco,
Atento face a qualquer necessidade.
Habita no meio de nós
E sob a Sua presença tudo se torna
Alegria e Paz…

Quão grande é a Realeza do nosso Deus!
Junto d’ELE sinto-me segura
E qualquer medo por maior que seja desaparece,
Porque sei que junto d’ELE
Nada me falta…

Por isso o meu coração se alegra e canta agradecido;
Porque sendo rei não exerce opressão;
Porque sendo o nosso Rei,
Não sou Sua escrava;
Porque sendo o nosso Rei, não me tira a liberdade.

Junto d’ELE, sou eu mesma
Porque nos Seus caminhos aprendo a amadurecer;
Porque com o seu AMOR, me sinto perdoada e querida;
Porque ante o Seu olhar, sinto que a Paz me inunda por dentro…

Por isso, louvo-Te Senhor
Dou-Te graças pelas obras tão grandes que fizeste;
Louvo-Te e dou-Te graças porque estás sempre comigo
Louvo-te e dou-Te graças porque me seguras na Tua Mão
Louvo-Te e dou-Te graças porque me segues com o Teu Olhar Terno…
Quero louvar-Te, cantar-Te e proclamar bem alto
Que Tu Senhor, és o nosso DEUS e REI!...

Anónimo disse...

OBRIGADA AMIGO!

É sempre bom ao Domingo completarmos aqui a nossa homilia, ao geito do Frei...!(ele sabe o que eu quero dizer) e fazer dela espaço de partilha.
É verdade hoje último dia do Ano Litúrgico, celebra-se a Solenidade de Cristo Rei, do Universo, da Igreja e das nossas vidas. Mas será que a nossa vida expressa que Jesus é o Rei e o Senhor?. Será que temos deixado Cristo ser o Senhor e dono da nossa vida através da Sua vontade? ou da minha? Até que ponto Aquele que é o Centro, o Rei têm dirigido as nossas vidas?.
Aquele que tem a realeza e supremacia sobre nós.
A realeza de Cristo, que nasce no Calvário e culmina na Ressurreição, recorda-nos que ELE é o Filho de DEUS e que o seu Reino é Dom oferecido aos homens de todos os tempos, para que todo aquele que acredita "não morra, mas tenha a vida eterna".

Tomemos a decisão de assumir nas nossas acções, nas nossas vidas e, principalmente, de acordo com a Sua vontade, que Cristo é o Rei e Senhor, para que possamos dizer: "Senhor lembra-te de mim quando vieres com a tua realeza".

Anónimo disse...

Paz e Bem, IRMÂO
Bem Haja por tão rica partilha, por nos mostrar Cristo, Rei e Senhor que por AMOR a cada um de nós, REINOU DO CIMO DA CRUZ ATRAINDO TODOS A SI PARA NOS CONDUZIR AO REINO DE SEU E NOSSO PAI; REINO, pedido por nós em cada oração do PAI NOSSO...
Bem haja a todos por partilhas tão ricas...
Que DEUS abençoe sempre a hora em que "RETALHOS" nasceu e que a todos nos faz, Cristãos mais conscientes...
DEUS o FORTALEÇA Frei Albertino pela sua dedicação entrega a CRISTO REI.
SEJA POR CARIDADE

Anónimo disse...

Muito obrigada pela música nova a combinar com a festa litúrgica de ontem: Cristo Rei!
Assim, texto e música formam realmente uma harmonia a louvar o nosso Rei e Senhor.

SEJA POR CARIDADE!

Mª Teresa disse...

Agradecida FA,
agradecida por parafrasear a Partilha de Apóstolo Paulo,
Como soa belo este texto!
Tão distante da mediática comunicação social ...
Cristo é Rei - celebrou-se HÁ TANTO século, no ano passado,Domingo 21 NOVEMBRO de 2010, e ... enquanto andar cá na Terra Irmã/o CONSCIENTE!
Eu ALICERÇO minha confiança num FUTURO, por vezes acinzentado... mas com resmas de ESPERANÇA!
(Só TEM que se REGAR essa plantinha = FÉ)

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