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30 dezembro 2007

Sagrada Família

Hoje celebramos a Festa da Sagrada Família. É claro que todos os dias são dias de celebrar Maria, José e o Menino contudo, este é um dia para que os contemplemos com um olhar diferente, o olhar da ternura de Deus.
Deixo aqui a partilha que recebi e que não poderia ser melhor reflexão acerca do testemunho que nos vem desta entrega ao projecto do Pai.
Obrigado LM por enviar e partilhar connosco.
Da minha parte partilho a ternura – para mim assim o sinto – da simplicidade do presépio que fiz aqui junto à minha secretária. É também aqui que recordo os amigos.

"DIA DA SAGRADA FAMÍLIA!

Uma Família que acredita nos sonhos de Deus…
Os sonhos de Deus são diferentes dos nossos; e Mateus, introdu-los nas histórias de infância de Jesus: em sonhos, José recebe o anúncio do Anjo ( Mt.1,20), em sonhos os Magos são avisados para não voltarem a Herodes (Mt.2,12), em sonhos, José é advertido por mais três vezes (MT. 2, 13.19.22). Estes sonhos são constituídos apenas por palavras, Palavras do Senhor, que pedem para ser Acolhidas…
São uma maneira de apresentar a" Revelação da Vontade de Deus" aos dois esposos e de indicar a disponibilidade completa deles, e segui-la prontamente, sem qualquer resistência… E Eu (nós)? Como acolho (acolhemos) a PALAVRA?... Esta revelação?
Os problemas que a Sagrada Família teve de enfrentar também não foram simples…
Ao contrário do que acontece hoje nas famílias, onde os momentos de crise, as dificuldades, constituem por vezes motivo de separação, afastamento e desagregação familiar…
Na Família de Nazaré os obstáculos tornaram-se um estímulo ao diálogo, à união, no serviço ao mais fraco e mais necessitado de ajuda, a manter a mente e o Coração em DEUS… Eles moveram-se sempre juntos, estiveram sempre em sintonia, encontraram-se sempre de acordo nas Decisões a tomar… Aqui JESUS dá-nos o exemplo de Criança Frágil e Indefesa… protegido, acolhido com toda a TERNURA, por José e Maria… Eu como acolho Jesus disfarçado nas pessoas que sofrem, nos que perdem a esperança, naqueles que buscam o sentido da vida às apalpadelas, nas crianças maltratadas, nos velhinhos em solidão, e também nas pessoas que não sentem necessidade da Luz de Jesus…

O SEGREDO DA UNIÃO: Por AMOR, Renunciaram aos seus sonhos, e fizeram seu, o "Sonho de Deus"…
O Amor acumula sempre tesouros diante de Deus. O Amor Verdadeiro é sempre Gratuito e Incondicional… Foi o que aconteceu na Família de Nazaré.
Esta lição ajuda-nos a descobrir os sonhos de DEUS a nosso respeito…

Obrigado por me acolheres com alegria neste cantinho tão rico e tão belo, como o nosso blog.
OBRIGADA…

L.M."

28 dezembro 2007

Feliz Natal

FELIZ NATAL

Repicam sinos, com fervor, nos campanários,

alvoroçados com notícia que os seduz;
gritam aos povos e aos recantos solitários:
Nasceu Jesus! Nasceu Jesus! Nasceu Jesus!

A boa nova vem dos magos legendários,
aqui trazidos pela estrela que conduz:
bichos, pastores, anjos, todos solidários,
reverenciam o pequenino rei da LUZ!

Menino Deus que se fez homem por bondade,
doou-se a nós, livrando-nos de todo o mal,
e ensinou-nos que a maior felicidade
é ser fraterno, amando a todos por igual.

Enquanto houver alguém que viva essa verdade,
ao relembrar o nascimento divinal,
a voz dos sinos se ouvirá na Eternidade:
Feliz Natal! Feliz Natal! Feliz Natal!

(Patrícia Neme)

25 dezembro 2007

O Verbo fez-se Carne... Jesus nasceu!

"O Verbo fez-se Carne e habitou entre nós, e vimos a Sua Glória de unigénito do Pai, cheio de graça e verdade!"

Meus amigos que por todos os cantos deste mundo entrais nesta janela que é o "Retalhos". Esta é a grande certeza que anima a vida de cada Cristão... Deus veio habitar no meio de nós...

Quantas palavras hoje poderiam descrever sentimentos, cânticos lindos e tradições por todo o mundo, Celebrações que de uma forma ou de outra marcaram, gestos e sorrisos, tantas coisas poderiam ser ditas...

Com esta primeira foto do presépio feito na igreja do nosso Seminário, e vislumbrando ao longe o Sacrário com um dos simples mas belíssimos arranjos florais, quero simplesmente dizer OBRIGADO A CRISTO por ter nascido por e para nós...

Obrigado a todos os que fostes sinal de nascimento nesta noite e neste dia...

Para todos vós os meus mais que sinceros votos para um Natal cheio de paz e alegria, dentro da fragilidade humana que somos, que Cristo possa dar algum alento e esperança.

Junto a este presépio e aos mais de dez espalhados por todo o Seminário recordo cada um de vós, mesmo os que não conheço, implorando do Menino Deus a bênção, a saúde e a paz.

Com um abraço fraterno de paz e bem!

Frei Albertino S. Rodrigues (O.F.M.)

23 dezembro 2007

O Teu Amor, Jesus! Com Francisco até Belém.

(Estava eu diante do computador a pensar o que escrever para este dia... Creio que Cristo sabia o que melhor poderia colocar aqui, PARTILHA do coração de alguém... Neste dia em que nos recordamos que "A Virgem há-de conceber e dar à Luz um Filho - EMANUEL - Deus connosco", nada melhor que um coração a falar ao Coração do Amor do Emanuel. Aqui partilho, com as devidas autorizações, esta bela reflexão e o poema lindíssimo que se lhe segue. Terminamos o advento nesta certeza: Deus é Amor em Jesus que vem ao nosso encontro... OBRIGADO LM)


A dois dias do Natal, sozinha, recordo o longo caminho que conduz a Belém.
De joelhos ofereço-lhE as minhas lágrimas que neste momento caem sem querer, pelo sofrimento que me habita…
Não só de sofrimento, mas talvez também de arrependimento por não compreender a lição maravilhosa de Belém… no que têm sido para mim estes últimos dias… concretamente hoje de manhã e a seguir à Eucaristia…. sem falar dos acontecimentos anteriores…
JESUS é um DOM de AMOR; O Natal é a festa do AMOR PURO e GRATUITO; o Natal é a mais Bela Notícia que se pode dar aos homens…Em vez de me enternecer de alegria, neste momento a dor é tão profunda que não consigo sorrir interiormente… Senhor, só TU sabes o porquê…e o que interiormente me habita…
TU o DEUS Infinito, estás tão próximo de mim, ligado Irreversivelmente a mim, por PURO AMOR, por uma Irresistível Explosão de Bondade…por isso apesar deste sofrimento que me inunda, vontade de Amar a Vida, e encher-me de optimismo a toda a Prova…
Senhor, TU sabes que eu sou uma mulher pobre, simples, disponível, agradecida, analfabeta, de joelhos diante de TI; a TI me entrego inteiramente…Cuida de mim…
Uma coisa tenho a certeza que sei… (sei simplesmente que nada sei)
Escuto a Tua Voz de Crucificado…como Francisco de Assis (….)
Apesar de tudo sinto-me emocionada, meu querido Jesus, ao desejar-te neste momento, UM FELIZ ANIVERSÁRIO…
Em cada Natal és Tu o festejado, mas quantas vezes os homens se apropriam da Tua festa…e Te deixam a um canto, perdido numa vaga recordação, sem empenhamento, sem coração e sem Hospitalidade Sincera!...
Todos os anos troco, trocamos com os Irmãos, desejos de felicidades e apercebo-me que o Teu nascimento também é o meu, o nosso nascimento: nascimento da esperança, nascimento da vida, nascimento do AMOR, nascimento de Deus, na gruta da minha pobreza…
Mas…- como me desagrada ter de reconhecê-lo! – O Teu Natal está ameaçado por um falso Natal que, de forma prepotente, nos invade, nos arma ciladas e nos narcotiza até ao ponto de já não vermos nem sentirmos o apelo do verdadeiro Natal: o Teu Natal, o Natal de que todos precisamos!
Querido Jesus! Muitas perguntas se atropelam no meu coração, transformando-se num forte convite à conversão…Ainda sinto Jesus, quão distante está o meu Natal, o nosso Natal, do Teu Natal…
No Natal, ó Jesus, Tu, não celebraste a consoada, nem ficaste instalado em nenhum hotel luxuoso; nasceste pobre, escolheste a humildade de uma gruta e os braços de MARIA a " pobrezinha" como gostava de Lhe chamar Francisco de Assis, um grande especialista do verdadeiro Natal…
E agora no silêncio da noite, junto de Ti, onde tudo é Paz e serenidade, estou mais serena, mais tranquila, desejo-Te de todo o coração, mais uma vez, FELIZ ANIVAERSÁRIO JESUS!
Mas eu tenho medo que a Tua festa, não seja a minha festa, a nossa festa… Muda-me o coração ó Jesus, para que eu me torne BELÉM e saboreie a alegria do Teu Natal, com Maria, com José, com os pastores de ontem e de hoje, com São Bento Menni, com São Francisco de Assis e com tantas almas, cujo coração fixou a sua residência em BELÉM.
Jesus, desejo Bom Natal a todos os homens…

LM

TAMBÉM FRANCISCO ME LEVA A BELÉM

Ó Francisco, muitas vezes o meu orgulho
Afasta-me de Belém;
Mas, quando estou longe de Belém,
Também estou longe de Cristo!
Tu, Francisco, amavas Belém,
Não para seguir uma moda,
Nem por contestação,
Nem por vingança,
Nem por exibição.
Tu amavas Belém,
Porque amavas Cristo nascido em Belém.
Tu amavas Cristo;
É este o segredo e a explicação
Das tuas opções e da tua vida.

Leva-me a Belém,
Tal como levaste Frei Leão
Pelos caminhos da Úmbria e da Itália
E durante a viagem,
Lhe abriste a tua alma,
E lhe indicaste a caminho da perfeita e verdadeira alegria.

Francisco, hoje o dinheiro
Tornou-se um ídolo monstruoso;
Muitos por dinheiro, matam sem piedade
Numa guerra que não tem tréguas;
Muitos por dinheiro sequestram irmãos
E, por vezes até crianças,
Demonstrando uma ferocidade pior
Do que a do lobo de Gubbio;
Muitos por dinheiro vendem droga
E destoem jovens maravilhosos,
Na flor da vida,
Semeando o desespero em pais
Que já não têm lágrimas para chorar.

Muitos por dinheiro vendem o próprio corpo,
Destruindo a dignidade e a beleza de uma vida
Criada e pensada pela grandeza do Amor;
Muitos, por dinheiro…

Tu, pelo contrário, escolheste a pobreza,
Amaste a pobreza,
Pois compreendeste que o Bem,
O Sumo Bem da Vida,
É Jesus Cristo,
Nascido na pobreza de Belém,
Para nos oferecer a riqueza
Do espírito Santo,
Que é o Amor, Amor Verdadeiro, Amor Pleno.

Francisco! Eu preciso tanto
De regressar a Belém!
Preciso de reencontrar
A plenitude da liberdade,
Manter a alegria de dar,
Para caminhar neste mundo
Em direcção aos Novos Céus e à Nova Terra.

Francisco! Frente à gruta do Natal
Não quero aparecer vestida com peles
Ou com o último grito da moda,
Para aí deixar uns trocos de egoísmo.
Quero calcar o egoísmo aos pés
E começar,
Por fim,
A não fingir que celebro o Natal,
Mas a celebrá-lo de facto, com o coração,
A Teu lado,
Para seguir Cristo na alegria do verdadeiro Amor,
Assim seja! Assim seja o meu Natal, o nosso Natal!...

21 dezembro 2007

Tempo de Esperança


Recados e Imagens - Feliz Natal - Orkut
Natal é tempo...
de dar um toque na vida com as cores da esperança,
da fé, da paz e do amor. Também é tempo de preparar,
no nosso coração e no nosso lar,
um espaço para acolheras sublimes lições da Sagrada Família de Nazaré
e aceitar as inevitáveis surpresas da vida.
Natal é tempo...
de olhar para o céu,encantarmo-nos com a luz das estrelas
e seguir a estrela-guia.
É tempo abençoado de dar mais atenção
à criança que mora em cada um de nós
e às que encontramos no nosso peregrinar,
à procura do caminho que nos leva ao Deus Menino.
Natal é tempo...
de mais uma vez ouvir, acolher
e repetir a mensagem alegre dos Anjos de Deus.
É tempo de acalentar sonhos de harmonia e paz e,
olhando para os “anjos aqui na Terra”,
dar a nossa contribuição,
para tornar este nosso espaço
um pouco mais parecido com o Céu.
Natal é tempo...
de contemplar o Menino Jesus e Sua Mãe
e envolvermo-nos em silêncio orante.
É tempo de agradecer as manifestações de Deus
e deixarmo-nos extasiar por esse Divino Amor que,
na fragilidade de uma Criança, nos braços de Maria,
veio iluminar nossa fé.
Natal é tempo...
de olhar para o mundo, alimentar a chama do amor
e apreciar o milagre da vida. É tempo de seguir com atenção
e humildade os passos dos pastores
e os daqueles que têm coração simples e,
em gestos de ternura,
sintonizar mentes e aconchegar corações.

Natal é tempo...
de pensar no irmão próximo e distante
e de colaborar para o renascer do amor.
É tempo de, amorosamente, recompor a vida,
perdoar e abraçar, com a ternura
e a misericórdia do Coração de Deus,
as memórias da nossa infância e dos anos que já vivemos.
Na jubilosa esperança do Natal de Jesus Cristo,
estejamos atentos para perceber
e realizar o bem que estiver ao nosso alcance
e sermos um compreensível eco da mensagem de paz
daquela noite em que, gerado por obra do Espírito Santo,
de Maria nasceu o Salvador.
(autor desconhecido)

12 dezembro 2007

Antífonas do Ó

As antífonas que aqui foram colocadas estão agora, inseridas num texto explicativo da sua origem e função na liturgia.

Mantemos esta imagem aqui por causa das vossas partilhas e comentários colocados sobre as mesmas antífonas.

Convido-vos a aprofundar o mistério que estas antífonas encerram e rezam na nova postagem do dia 18 de Dezembro.

Que a Senhora do "Ó" a todos cumule com as Suas graças e bênçãos.

VEM SENHOR JESUS!

09 dezembro 2007

Manifesto de apoio a D. Luís Cappio

Manifesto de apoio
dos Frades Franciscanos da Província Santa Cruz
a Dom Luís Cappio


Tal como no ano de 2005, os frades franciscanos em Minas Gerais e sul da Bahia vêm manifestar o seu apoio e solidariedade a Dom Frei Luís Cappio, que reiniciou a sua greve de fome em favor do Rio São Francisco, das populações ribeirinhas, dos pequenos agricultores e dos quilombolas.

Compreendemos que a greve de fome é um ato profético diante da recusa do Governo Federal em estabelecer um autêntico debate acerca da polémica obra de transposição do Rio São Francisco. O Governo Federal alega que o diálogo existe e que Dom Cappio e entidades civis se recusam a tomar parte no mesmo. Entretanto, a que pode levar esse suposto diálogo com a sociedade civil, quando a transposição já está em andamento e existe a firme determinação do Governo Federal em levá-la adiante?

Esperamos que a retomada desse ato extremo de colocar a própria vida em favor de uma causa maior consiga mobilizar a sociedade civil e os meios de comunicação, para que façam a devida pressão junto ao Governo Federal e aos partidos que sustentam o actual governo, a fim de paralisar as obras de transposição e priorizar a revitalização do Rio São Francisco.

A nossa herança franciscana de cuidado com a natureza, que remonta aos tempos de São Francisco de Assis, bem como a preocupação essencial de nosso carisma com a justiça, a paz e a ecologia, nos impulsiona a não ficar calados diante dessa grave situação. Portanto, colocamo-nos a favor da revitalização do Rio São Francisco, como um gesto de protecção à vida e defesa dos pobres que dele dependem. E dizemos não à sua transposição. Queremos somar forças com todas as pessoas e organismos que defendem a causa da revitalização do Rio São Francisco, dentro de um processo que salve a vida do rio e a dos pobres, sem causar danos à natureza e à água.

Ao Governo Federal cabe a principal responsabilidade pela determinação em levar adiante as obras de transposição. A ele cabe, igualmente, a responsabilidade pelo desfecho desta luta de Dom Cappio.


Província Franciscana de Sta Cruz – Brasil
Praça São Francisco das Chagas, 195
Bairro Carlos Prates
30710-350 – Belo Horizonte – MG
Fone: (0xx31) 3469-5500 Fax: (0xx31) 3462-9838

08 dezembro 2007

IMACULADA CONCEIÇÃO

Imaculada Conceição

O dogma proclamado a 8 de Dezembro de 1854 por Pio IX declara a santidade da Virgem Maria desde o primeiro momento da sua existência

1. O dogma da Imaculada Conceição, proclamado a 8.12.1854 por Pio IX (Bula “Ineffabilis Deus”), declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, desde a sua Conceição, ou seja, que ela foi preservada desde sempre da mácula do pecado original, no qual nascem todos os filhos de Adão. Enquanto estes estão privados da graça divina, a Virgem Maria foi toda pura, santa e imaculada desde o início da sua vida. Esta foi desde sempre a convicção profunda da Igreja, que viu na Virgem Maria a ‘Nova Eva’ (S.Ireneu).
2. Apesar da sua reconhecida devoção a Nossa Senhora, homens como S. Bernardo, S. Alberto Magno, S. Boaventura (Franciscano – séc XIII) e S. Tomás tiveram dificuldade em admitir a Imaculada Conceição, porque difícil de conciliar com o dogma da universalidade da Redenção.
Proclamar a Imaculada Conceição parecia implicar retirar a Virgem Maria da órbita da Redenção em Jesus Cristo, a qual, por ser necessária e absoluta, era tão universal como o pecado original. Se a Virgem Maria não estivesse incluída no número dos que contraíam o pecado de Adão, ficava então igualmente excluída da redenção, e esta não seria universal, pois não abrangeria todos os descendentes de Adão.
Perante esta alternativa, foram como que obrigados a negar o privilégio de Maria até ser possível conciliá-lo com o dogma da universalidade da redenção em Cristo.
3. A solução do problema foi dada pelo beato Duns Escoto (Franciscano- séc. XIV), segundo o qual a Imaculada Conceição não exclui a Virgem Maria da redenção, porque ela foi preventivamente redimida pelo seu próprio Filho. Ela foi antecipadamente redimida e por conseguinte preparada para a sua divina maternidade. Esta explicação acabou por ser recebida na teologia e nas declarações do magistério.
4. Como todos os dogmas, também a ‘Imaculada Conceição’ foi a solene proclamação da fé do povo de Deus, do sentir da Igreja, do que nós poderíamos chamar a ‘devoção popular’. A ‘Imaculada Conceição’ caracteriza o catolicismo em Portugal, tendo sido sob esta invocação Nossa Senhora proclamada por D. João IV Rainha e Padroeira de Portugal, no dia 25 de Março de 1646, título que nenhum regime, mesmo o republicano e o que surgiu de Abril de 1974, foi capaz de abolir.
Na Universidade de Coimbra, ela é a Padroeira, ainda hoje, e houve tempos em que defender esta verdade da fé era título de honra e compromisso de todo o lente daquela Universidade! Mas que significa para nós hoje este admirável mistério?
5. O dogma da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria foi a solene confirmação do mistério central da fé. A Virgem Maria foi pensada por Deus como a mediadora do mistério da Incarnação.
Porque chamada a ser a mediadora deste mistério, a Virgem Maria não podia ser pensada senão como a primeira totalmente redimida, e como a primeira redimida é que ela concebeu sem pecado o Filho de Deus, porque sem pecado foi concebida.
Ao acolher a Palavra do Anjo, a Virgem Maria permitiu que a Palavra eterna de Deus assumisse a carne do pecado e por causa desta assunção ela foi previamente redimida pelo seu próprio Filho. Por ela o Verbo de Deus entra na história, inaugurando o tempo da Graça e da Liberdade dos filhos de Deus.
A Virgem Maria abriu a porta do mundo para o Advento do Deus redentor, na carne da humanidade. Ela é por excelência a primeira na ordem da Redenção.
O dogma da Imaculada Conceição proclama que ela desde o início do seu ser não foi apenas envolvida pelo mistério da Graça da redenção prometida, mas a primeira redimida pelo seu Filho que ia gerar; este dogma toca, portanto, no centro do mistério da Redenção.
A ‘Imaculada Conceição’ mostra a Virgem Maria como a primeira na ordem da Redenção, Redenção esta que não pode acontecer sem ela. Sem a Imaculada Conceição da Virgem Maria não seria pensável a redenção, como vitória divinizante da natureza humana sobre o pecado do mundo.
6. A Virgem Maria é a primeira redimida: depois dela e por meio dela, todos são chamados a participar na vitória da redenção, através do baptismo, pelo qual o homem é regenerado, e chamado também a ser santo e imaculado na presença de Deus.
A Imaculada Conceição eleva a Virgem Maria a paradigma da antropologia cristã. Ela manifesta de um modo eminente a transfiguração do homem que se opera pela participação no mistério de Cristo, com o qual por graça o homem é chamado a configurar-se.
A Imaculada Conceição da Virgem Maria revela a ontológica transfiguração do ser e da existência na relação com o Verbo de Deus encarnado. Paradigma da antropologia cristã, a Imaculada Conceição é o caso eminente da redenção pela graça, a que ela corresponde, na plena liberdade do ‘ecce ancilla’, no mistério da Anunciação. Não apenas do ‘homem novo’, mas também da Igreja.
Mariano, com certeza, o dogma da ‘Imaculada Conceição’ é também eclesial, porque nela se espelha o que é o mistério da Igreja a qual, tendo na Virgem Imaculada a sua figura excelsa (cf. LG 53; 63), é também santa e imaculada, Mãe e Virgem puríssima dos seus filhos gerados nas águas do baptismo.
Por isso, com razão na ‘Imaculada Conceição’, a Igreja e todos os fiéis exultam de alegria, talvez como em nenhum outro dia, porque aí está o exemplo das maravilhas de Deus na história, do que Ele pode fazer na Igreja e na vida de cada crente se como a Virgem Santa Maria cada qual se colocar na mesma atitude de filial obediência e de amor, naquele cujo Nome é grande e que grandes coisas realizou na sua humilde serva! Bem-aventurada a nação que se honra por tê-la como Mãe e Padroeira!

José Jacinto Ferreira de Farias, scj (www.ecclesia.pt)

07 dezembro 2007

Imaculada... és nossa Mãe!

Amanhã é um grande dia. Aquela que foi concebida sem mancha do pecado original é celebrada em todo o mundo.
Neste dia de vigília nada como a contemplação e a escuta que nos prepara para acolher, mais uma vez, tão grande mistério que Maria encerra na Sua história que é também a nossa história.
(desactivar a música do blog para escutar o clip de vídeo)

02 dezembro 2007

Advento

A palavra Advento vem do latim 'Adventus', que significa a vinda. Denominava-se, no princípio, com este termo o tempo de preparação para a segunda vinda de Cristo, ou parusia e não o nascimento de Jesus como agora o conhecemos. Na Igreja primitiva meditava-se sobre passagens evangélicas que falam do fim do mundo, o juízo final e o convite de São João baptista ao arrependimento e à penitência para estarem preparados. Não se sabe desde quando se comemora como hoje em dia o fazemos, nas quatro semanas que antecedem o Natal. Apesar desse Tempo ser muito peculiar nas Igrejas do Ocidente, o seu impulso original provavelmente veio das Igrejas Orientais, onde era comum, depois do Concílio Ecuménico de Éfeso em 431 dedicar sermões nos domingos anteriores ao Natal, ao tema da Anunciação. Em Ravena, na Itália (onde era grande a influência Oriental) São Pedro Crisóstomo fazia esses sermões (+ 450).A primeira referência que se tem a esse Tempo é a do Bispo de Tours, França, chamado Perpétuo (461-490) que estabeleceu um jejum antes do Natal, que começava a 11 de Novembro (Dia de São Martinho de Tours). O Concílio de Tours (567) faz menção ao tempo do Advento. Esse costume, que se conhecia como quaresma de São Martinho, estendeu-se por várias paróquias na França pelo Concilio de Macon em 581.O período de seis semanas foi adoptado pelas Igrejas de Milão e pelas Igrejas da Espanha. Na Itália somente aparece no século VI, quando foi reduzida provavelmente pelo Papa São Leão Magno (590-604) para quatro semanas antes do Natal.
“Com o primeiro domingo de Advento inicia-se o novo Ano litúrgico e, de maneira mais específica, começa o período de preparação para o Natal do Senhor. A Igreja inteira, peregrina no mundo, põe-se de novo espiritualmente a caminho rumo ao Messias esperado.Deus é 'Aquele que vem': veio até nós na pessoa de Jesus Cristo; vem ainda nos Sacramentos da Igreja e em cada ser humano que implora a nossa ajuda; virá na glória no final dos séculos. Eis por que o Advento é caracterizado pela expectativa vigilante e laboriosa, alimentada pelo amor e pela esperança, que se difunde no louvor e na súplica e se transforma em obras concretas de caridade fraterna.O Advento é o tempo mariano por excelência, porque Maria é Aquela que de maneira exemplar esperou e aceitou o Filho de Deus que Se fez homem. A Virgem Maria nos ajude a abrir as portas do coração a Cristo, Redentor do homem e da história; nos ensine a ser humildes, porque o olhar de Deus se detém sobre o humilde; nos faça compreender cada vez mais o valor da oração, do silêncio interior, da escuta da Palavra de Deus; nos estimule a uma íntima e sincera busca da vontade de Deus, mesmo quando ela põe em crise os nossos projectos; nos encoraje a esperar o Senhor, partilhando o nosso tempo e as nossas energias com quem se encontra em necessidade.”(João Paulo II)

Adaptação de:@ Church Fórum, in http://www.fatima.com.br

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