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29 junho 2008

Pedro e Paulo Apóstolos

Pedro e Paulo são testemunhas do Evangelho.

Hoje são-nos apresentadas as figuras de dois discípulos que, por caminhos diversos, e muito lentamente, acreditaram NELE
Pedro encontra-O pela primeira vez ao longo do lago da Galileia; no início sabe apenas que é um carpinteiro vindo de Nazaré, depois percebe que tem que ver um grande profeta. Por fim – como nos diz o Evangelho de hoje (Mt 16, 13-19) – em Cesareia de Filipe reconhece-O como «o Cristo, o Filho de Deus vivo». Lindas palavras as suas, mas na mente e no coração continua a cultivar os seus sonhos, não aqueles do Messias de Deus.
Jesus que chama-o «pedra da sua Igreja», mas que logo a seguir o define «pedra de escândalo» porque não pensa segundo Deus, mas segundo os homens…
Pedro não entende, entenderá em seguida, depois da Páscoa, o conteúdo da profissão de fé que o «Pai que está nos céus» o levou a pronunciar…

Paulo chega a Jesus por um caminho diferente… Conhece-O antes como um adversário a combater, como aquele que destrói as esperanças messiânicas do seu povo, como um blasfemo que anuncia a um Deus diferente daquele dos mestres de Israel. Um dia é investido por uma luz do alto e compreende: Jesus o Crucificado é o Messias de Deus. A partir daquele momento, o que antes era um tesouro, em confronto com Cristo, torna-se lixo (Fl 3,7-8)…

Celebrar S. Pedro e S. Paulo é celebrar a Igreja, fundada sobre o seu ministério, fecundada com o seu sangue. Foram nossos pais na Fé, que nos geraram para a vida nova. Pedro é a «Pedra» escolhida para fundamento visível da Igreja; Paulo é o «vaso de eleição» para levar a fé aos gentios.
Para a sua condição, Pedro trazia qualidade de chefe e um coração magnânimo. Aprendeu na própria fragilidade a lição do amor humilde e o serviço de mandar. Antes de ser investido como chefe da Igreja, foi examinado no amor…
E Paulo era perseguidor da Igreja. Derrubado no caminho de Damasco, transformou-se em fogo de Deus, luz de Cristo, «mais do que todos» no anúncio do Evangelho. Também ele mudou o nome, porque mudou de vida. De perseguidor, fez-se perseguido…
Coração de Paulo, coração de Cristo. «Agarrado» por ELE, tudo considera perda e lixo, comparado com o conhecimento, que dele tem. Não queria «saber mais nada senão Jesus Cristo Crucificado». «A minha vida é Cristo» (Fl 1,29).
Na solenidade de São Pedro e são Paulo nós cristãos, revivemos a graça do nosso Baptismo.

As chaves de Pedro confirmam-nos na Fé, e a espada de Paulo abre caminhos ao amor. Ser cristão é acreditar naquilo em que Pedro acredita e Paulo nos prega…
Acreditemos em Jesus, entendamos que ELE é, confiemos NELE sem dúvidas, coloquemo-nos nas Suas mãos e ELE cuidará de nós…

Abramos-lhe o nosso coração e a nossa mente, e deixemo-nos "CUIDAR" por ELE…

L. C.

24 junho 2008

JOÃO, o Precursor

Hoje a Igreja celebra a Solenidade do nascimento de São João, o precursor, o Baptista.
Cânticos e bailaricos, quadras e mangericos, alhos porros e martelinhos, fogo de artifício e tantas outras coisas pautam a noite e o dia deste Santo. Quantos páram um pouco para olhar alguns aspectos deste que foi chamado, desde o ventre, a anunciar a Luz?
Dele nos faz eco a palavra de Deus em Lucas ao dizer: “E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo,porque irás à sua frente a preparar os seus caminhos
para dar a conhecer ao seu povo a salvação pela remissão dos seus pecados” (Lc 1, 76-77)
João é predestinado para anunciar a vinda do Messias. O chamamento não é algo abstracto, é a alguém em concreto e a quem é dado um nome concreto: “pedindo uma placa, o pai (Zacarias) escreveu: «O seu nome é João.» (Lc 1, 63).
É impressionante como se rompe com a tradição de dar ao primogénito o nome do pai. O precursor não se chamará Zacarias mas “DOM DE DEUS”, João.
É DOM de Deus a Zacarias e Isabel, de avançada idade e estéreis. Esta esterelidade pode significar, para nós, o campo onde Deus tudo pode realizar. É onde a lógica humana nada parece poder fazer – dar Vida – que Deus actua com a Sua Graça.
Deus chama à vida aquele que já estava no Seu projecto de Amor, aquele que seria o anúncio da Luz, da Salvação eterna.
É o próprio que nos declara: “Quando ainda estava no ventre materno, o Senhor chamou-me, quando ainda estava no seio da minha mãe, pronunciou o meu nome"
(Is 49, 1), e ainda
: “Senhor declara-me que me formou desde o ventre materno, para ser o seu servo (…) Assim me honrou o Senhor. O meu Deus tornou-se a minha força. (Is 49, 5)
Deus chama João pelo nome, chamamento à mais nobre das missões proféticas: “Vou fazer de ti luz das nações, para que a minha salvação chegue até aos confins da terra." (Is 49, 6)
A palavra eloquente do profeta, a sua verdade que é a verdade de Deus, a sua forma de vida simples e austera, faziam com que muitos acreditassem e o confundissem com o Messias. S. João Baptista entrega-se à penitência e à reparação pelo seu povo, como os profetas. Como Jeremias, é santificado no seio de sua mãe. É o novo Elias, predito por Malaquias.Desde a sua infância entrega-se à penitência. «Não beberá nem vinho nem cidra», diz o anjo a Zacarias. Passa a sua adolescência no deserto, está vestido com uma túnica de peles de camelo apertada por um cinto de couro; come mel silvestre e gafanhotos.A sede de Salvação estava cada vez mais presente naquela gente e, para eles, João aparecia como o Salvador.
Mas… não podia a verdade de Deus, em João, permitir tal equívoco. Lucas, nos actos do Apóstolos recorda-nos que:
“João preparou a sua vinda, anunciando um baptismo de penitência a todo o povo de Israel. Quase a terminar a sua carreira, João dizia: ‘Eu não sou quem julgais; mas vem, depois de mim, alguém cujas sandálias não sou digno de desatar (Act 13, 24-25). João é a voz que clama no deserto, apela à conversão e penitência e aponta um novo caminho de Salvação: “Eu baptizo-vos em água, mas vai chegar alguém mais forte do que eu, a quem não sou digno de desatar a correia das sandálias. Ele há-de baptizar-vos no Espírito Santo e no fogo” (Lc 3, 16).
João não é a Luz, dá testemunho da Luz, “é necessário que eu diminua para que Ele cresça” chega a afirmar aos que o seguem. João aponta Aquele que de facto é a Salvação, a Luz eterna: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
É aquele de quem eu disse: ‘Depois de mim vem um homem que me passou à frente, porque existia antes de mim.” (Lc 1, 19-29)
O testemunho de João inicia-se na sua consagração, no ventre materno: “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor” (Lc 1, 41-45). Aqui mesmo João é abençoado e santificado pela presença de Jesus e a visita de Maria. Cristo consagra assim aquele que devia dar testemunho de Si.
Não chegariam linhas para escrever sobre este momento. Duas Mães, agraciadas com o DOM DE DEUS, mulheres que aceitam a Sua vontade e dois Filhos que se encontram.
A Senhora (Maria) saúda a serva (Isabel). Maria a “feliz porque acreditou”, Isabel a feliz porque aceitou por fim que Deus na sua esterilidade e avançada idade poderia gerar vida.
Jesus, com tão pouco tempo de vida no ventre de Sua Mãe, é já sinal exterior de Luz salvífica, é já Deus operante pelo Espírito Santo em João. Dois seres no ventre materno que se encontram e saúdam. Podemos dizer que este é o momento em que João inicia a sua missão de precursor, é ele mesmo que indica a sua mãe que ela está diante do Seu Senhor e Messias, bem como da sua Rainha e Senhora.
O eco da saudação mais não é que o início do anuncio público do Emanuel, Deus no meio dos Homens em forma humana.
Que encontro este, que feliz encontro que leva Maria a exclamar o lindo cântico do Magnificat
(Lc 1, 46-56).
João tem a missão de baptizar o autor do Baptismo, não sabia ele a quanta dignidade, desde o ventre materno – Deus o havia chamado. Não é um profeta qualquer, é aquele que tem o conhecimento da antiga aliança e anuncia a nova Aliança. Diante de Jesus que vem ao seu encontro, para ser baptizado no Jordão, João exclama: “Eu é que tenho necessidade de ser baptizado por ti, e Tu vens a mim?” (Mt 3, 14). Leva-nos a memória a fazer uma analépse ao já referido encontro: “E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?” (Lc 1, 41).
João tem a graça de baptizar o Messias, segundo a Lei, e de presenciar o Deus total, Pai, Filho e Espírito Santo em momento tão sublime da História da Salvação: “Uma vez baptizado, Jesus saiu da água e eis que se rasgaram os céus, e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele.
E uma voz vinda do Céu dizia: “Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado.” (Mt 3, 16-17)
Mais tarde viria o precursor a proclamar: “Pois bem: eu vi e dou testemunho de que este é o Filho de Deus.” (Jo 1, 31-34)
Quem dá testemunho de Cristo, por Ele jamais será esquecido. João deu a vida – pelo martírio – no anúncio da Verdade, no apontar o Cordeiro, na vida de penitência e simplicidade. A sua vida levou a que o Messias dele dissesse: “Entre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista; e, no entanto, o mais pequeno no Reino do Céu é maior do que ele.” (Mt 11, 11)
Ao celebrarmos hoje o nascimento de João, fica-nos também a certeza de que é grande o seu lugar no Reino dos eleitos de Deus, tão grande que na terra é o único Santo a merecer celebrar o dia do seu nascimemto – a par com Maria e Cristo – tão grande é a sua dignidade junto da Igreja que celebra a presença do Cordeiro apontado por João. Mas esta certeza ganha outro sentido com esta palavra de Jesus – em Mateus – que nos alegra por nos tornar dignos de ser maiores que João no Reino do céu. Não olhemos à grandeza ou pequenez d que temos e somos, tudo é dom de Deus e, por isso mesmo, confiemos que um dia participaremos da glória celeste onde João Baptista contempla Aquele que anunciou como a Luz que brilha nas trevas.

22 junho 2008

O PODER DO SILÊNCIO...


(Veja a nota AUTORIAL no final do texto)

Aprende com o silêncio a ouvir os sons interiores da tua alma.
Aprende com o silêncio a ser humilde deixando o orgulho gritar lá fora, evitar reclamações vazias e sem sentido...
Aprende com o silêncio a reparar nas coisas mais simples, valorizar o que é belo, ouvir o que faz algum sentido...
Aprende com o silêncio que a solidão não é o pior castigo, existem companhias bem piores...
Aprende com o silêncio que a vida é boa, que nós só precisamos olhar para o lado certo,
Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo, como as marés que insistem em ir e voltar, os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar, como a Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo.
Aprende com o silêncio a respeitar a vida, valorizar o dia, descobrir as qualidades que possuis, equilibrar os defeitos que tens e sabes que precisas corrigir e ver aqueles que ainda não consegues ver.
Aprende com o silêncio a respeitar o teu "eu", a valorizar o ser humano que és, a respeitar o Templo que é o teu corpo, e o Santuário que é a tua vida.
Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito, que ouvir é melhor que falar muito...
Na natureza tudo acontece com poder e silêncio, com um silêncio poderoso; por vezes, o silêncio é confundido com fraqueza, apatia ou indiferença.
Pensa-se que a pessoa portadora dessa virtude está impedida de reclamar os seus direitos e deve tolerar com passividade todos os abusos.
Acredita-se que o silêncio não combina com o poder, pois este é muitas vezes confundido com prepotência e violência.
O Sol nasce e põe-se em profunda quietude; move gigantescos sistemas planetários, mas penetra suavemente pela vidraça de uma janela sem a quebrar.
Acaricia as pétalas de uma rosa sem a ferir, e beija as faces de uma criança adormecida sem a acordar; aí vamos encontrar na natureza lições preciosas a dizer-nos que o verdadeiro poder anda de mãos dadas com a quietude.
As estrelas e galáxias descrevem as suas órbitas com estupenda velocidade pelas vias inexploradas do cosmos, mas nunca deram sinal da sua presença pelo mais leve ruído.
O oxigênio, poderoso elemento que nos mantém a vida, penetra nos nossos pulmões, circula discreto pelo nosso corpo, e nem lhe notamos a presença.
A luz, a vida e o espírito, os maiores poderes do universo, actuam com a suavidade de uma aparente ausência.
Como nos domínios da natureza, o verdadeiro poder do homem não consiste em actos de violência física, quando um homem conquista o verdadeiro poder, toda a antiga violência acaba em benevolência.
A violência é sinal de fraqueza, a benevolência é indício de poder.
Os grandes mestres sabem ser severos e rigorosos sem renegarem a mais perfeita quietude e benevolência.
Deus, que é o supremo poder, age com tamanha quietude que a maioria dos homens nem percebem a Sua acção.
Essa poderosa força, na qual todos estamos mergulhados, mantém o Universo em movimento, faz pulsar o coração dos pássaros, dos bandidos e dos homens de bem, na mais perfeita leveza.
O verdadeiro poder chega: sem ruído, sem alarde e sem violência."
Bem aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra".
DESEJO UMA SEMANA DE PAZ E SILÊNCIO PARA TODOS.

(Adaptação de um texto em power point, do qual desconheço o autor.)

"Fiducia"


"No pps referido, eles fizeram uma colcha de retalhos, pegaram o meu texto Silêncio que vai até : Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito, que ouvir é melhor que falar muito... e misturaram com outro texto... .que começa em Na natureza tudo acontece com poder e silêncio, com um silêncio poderoso; por vezes, o silêncio é confundido com fraqueza, apatia ou indiferença.


O texto correto é de minha autoria Paulo Roberto Gaefke e você vê em:http://www.rivalcir.com.br/mensagens20012/1283.htmlhttp://www.idbrasil.org.br/drupal/?q=archive/2008/4/1http://www.pnet.pt/pnet/jornal.asp?cod_leitor=1203Paulo Roberto Gaefkewww.meuanjo.com.br "

19 junho 2008

Portugal: O sonho continua...

A FORÇA DE UM SONHO: PORTUGAL!!!

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Portugal perde frente à Alemanha (3-2) e abandona assim a competição Europeia...

A esperança marcou sempre, e continuará a marcar o sonho da Gente Lusa, esteja onde estiver.

Sair das luzes da ribalta futebolisticas tem neste momento um sabor um tanto o quanto amargo. Os sonhos que nos movem no dia-a-dia nunca queremos acordar deles porque a nossa realidade é, na maior parte das vezes, uma realidade que não tem o brilho de quem espero algo de novo e positivo para a sociedade hodierna.

Eu não percebo muito de futebol, é um facto, mas pus a bandeira na minha janela, cantei o hino nacional, vesti a tshirt da Selecção, cachecol e boné para sentir, ainda que durante alguns dias, a força que moveu o mundo.

Agora é hora de voltar à normalidade do dia-a-dia, a dura realidade de um país com tantos problemas mas onde se sente o acolhimento que só o nosso Povo sabe oferecer, na alegria, na simpatia e no hombridade que se vê no desportivismo.

Como dizia o poeta Antíno Gedeão:

"Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança."...

FORÇA PORTUGAL!!!

Em cada canto do mundo há uma Alma Lusa que canta a certeza de um amanhecer diferente porque o sonho jamais desaperecerá...

18 junho 2008

O blog é de todos...


"RETALHOS" de e para todos...

Nos meus trabalhos pastorais tenho estado com pouco tempo para partilhar aqui coisas minhas.


Que tal os amigos de Portugal, Alemanha, Brasil ou sei lá de que canto do mundo, enviarem textos dentro do espírito deste espaço para eu publicar?



Parece que se eu não escrever isto tende a morrer...






Abraço a todos com votos de paz e bem!

15 junho 2008

A MISSÃO

Deus tem um Plano de Salvação para todos os homens.
Mas esse plano ele não o realiza sozinho. Ele conta com a participação de inúmeras pessoas que sempre chama e envia para essa MISSÃO...

As Leituras bíblicas nos falam dessa verdade...

Na 1.ª Leitura, Deus escolhe um Povo para si. (Ex 19,2-6a)

Escolhe o povo de Israel e lhe propõe uma ALIANÇA para ser portador das promessas messiânicas a todos os povos.
- No Monte Sinai, Deus fala a Moisés:
"Se escutardes a minha voz e fordes fiéis à minha aliança, sereis meu povo escolhido, um reino de sacerdotes, uma nação santa".

* Esse Povo será sinal de Deus no meio dos povos e figura do novo Povo de Deus, que será a Igreja...

Na 2.ª Leitura, vemos o Envio de Jesus Cristo como Salvador e cabeça do novo povo eleito, que é a Igreja. (Rm 5,6-11)

No Evangelho, temos a Missão dos Doze. (Mt 9,36-10,8)

O Texto inicia o "Sermão Apostólico" de Cristo (o 2º dos cinco, no evangelho de Mateus).
É um "Manual do missionário cristão", em que define os conteúdos do anúncio e as atitudes fundamentais do Missionário.
Compreende 3 passos:

1) Uma Introdução: Jesus vê a triste Realidade das multidões:

- "Estavam cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor..."
- "A Messe é grande... e os operários são poucos..."
- Um apelo: "Rogai ao dono da Messe..."
Reflete a preocupação diante das necessidades pastorais, embora a iniciativa da Missão é do Pai.

2) O Chamamento e o Envio dos 12 Apóstolos:

- "Chamou-os": Os critérios da escolha é sempre um mistério, difícil de compreender e explicar.
- O número "12" recorda as 12 tribos de Israel e é símbolo da totalidade.
Todos somos chamados a libertar-se e enviados a libertar..
- Na "Missão", confere o poder de expulsar os demônios e curar os doentes: isto é, tudo o que destrói a VIDA e a felicidade do homem...
- Chama cada um pelo "Nome": Missão individual e comunitária.

3) Recomendações de Jesus para a Missão:

- Destinatários: Os judeus, herdeiros da Aliança, deveriam ser os primeiros:
"Ide às ovelhas perdidas da casa de Israel"
- Mensagem:
- O Anúncio missionário: "O Reino de Deus está próximo".
- Os Sinais da presença de Deus: "Curar os enfermos, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos, expulsar os demônios".

- Exigência de Gratuidade: "De graça recebestes, de graça deveis dar".

+ Que diria Jesus ao contemplar a Realidade de hoje?

Ainda hoje há multidões cansadas e abatidas como ovelhas sem pastor.
Deus continua precisando de gente para continuar a sua obra de Libertação e Salvação.
* Os "doze" representam a totalidade do Povo de Deus.
- Temos consciência de que também nós somos enviados em missão?

+ Qual é a missão dos discípulos de Jesus?

É lutar contra tudo o que escraviza o homem e o impede de ser feliz.
- Hoje há estruturas que geram guerra, violência, terror, morte: a missão dos discípulos de Jesus é contestá-las e desmontá-las;
- Hoje há "valores" que geram escravidão, opressão, sofrimento: a missão dos discípulos de Jesus é recusá-los e denunciá-los;
- Hoje há esquemas de exploração que geram miséria, marginalização, exclusão: a missão dos discípulos de Jesus é combatê-los.

* A proposta libertadora de Jesus deve estar presente através dos discípulos em qualquer lugar onde houver um irmão vítima da escravidão e da injustiça.
- Procuramos nós transmitir alegria, coragem e esperança àqueles que vivem imersos no abatimento, na frustração, no desespero?
- Procuramos ser um sinal do amor e da ternura de Deus para aqueles que vivem sozinhos e marginalizados?O nosso serviço ao "Reino" é totalmente GRATUITO?

Ou serve para promover os nossos interesses, a nossa pessoa, os nossos esquemas de realização pessoal?

Ainda hoje há muitas ovelhas cansadas e abatidas sem pastor...
- Será que Cristo pode contar connosco?

Acolhamos o apelo do Mestre e roguemos ao dono da Messe para que mande muitos operários à sua vinha...

Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa -15.06.2008


12 junho 2008

Santo António de Lisboa

(Foto: Igreja/Casa (Santuário) onde nasceu Sto António em Lisboa)

Caríssimo Fr. Albertino.

Este é o meu pobrinho contributo para o nosso Blog, que tiveste a amabilidade de me sugerir. É saído dos intervalinhos do atendimento ao Santuário, onde me sinto feliz, embrulhado numa verdadeira multidão de amores de Santo António. Saudações aos nossos queridos bloguistas.


Santo António de Lisboa – Santo António do Mundo!


Lisboa veste-se de vida e festa.

Convida os transeuntes a celebrarem, em particular no dia 13 de Junho, a Festa de seu mais ilustre Filho e Padroeiro, Santo António.

Dando crédito, – nem temos razão em contrário – às legendas de origem portuguesa (Legenda dos Mártires Franciscanos de Marrocos), do século XIII, às de origem francesa (Liber miraculorum), e à paduana (Legenda Raymundina), de fins do século XIII, e ainda uma a tradição muito tardia, não confirmada, o nosso Santo nasceu na casa de seus pais, a poucos metros da Sé Patriarcal de Lisboa, a 15 de Agosto de 1195.

Dessa casa restam apenas uns escassos metros quadrados de superfície, situados por debaixo do altar-mor da actual Igreja-Santuário de Santo António de Lisboa, a que chamamos Cripta.

Os seus pais foram de estirpe de “nobres e poderosos”. O pai, Martinho Afonso, era cavaleiro. A Mãe, de nome Maria, era também de descendência nobre. Consta que teve uma irmã, também chamada Maria.No Baptismo, celebrado na Sé de Lisboa, recebeu o nome do seu tio-avô, cónego na Sé de Lisboa, chamado Fernando. Fernando de Bulhões é, pois, o nome que mantém até entrar na Ordem de S. Francisco. Como era norma naqueles tempos, a pessoa que se entregava a Deus numa Ordem Religiosa deixava o seu nome antigo e recebia um nome novo.

A Fernando foi dado o nome de António, o nome em que o mundo o vem a conhecer, amar e venerar profundamente. António é de Lisboa, de Pádua, de Brive, de Toulouse… De todo o mundo, como disse o Papa Leão XIII. Não precisou de visto para entrar em nenhum dos países do mundo dos viventes. O mundo é o seu País. Hoje, em qualquer Povo, de qualquer mundo, há sempre um cantinho para uma imagem do nosso Santo. E aí Ele recebe e abençoa os seus devotos.


O Santo do Povo.

É extraordinária, para não dizer um verdadeiro prodígio, a devoção universal do Povo a Santo António.

Em Lisboa, claro, é excepcional. As varandas, o interior das casas, os nichos, o peito dos devotos exibindo a sua medalha… Para tudo: Santo António!

Esta devoção assume formas extraordinárias, que até nos fazem pensar numa mistura de crendice, lenda, ingenuidade e verdadeira fé, rodeando a figura extraordinária do Homem e do Santo, que foi erudito pregador de Pádua, Arca das Escrituras (sabia de cor a Bíblia, sobretudo o Novo Testamento), Professor de Teologia em Bolonha e companheiro de São Francisco de Assis, proclamado “Doutor Evangélico” pelo Papa Pio XII, denominado “Martelo de hereges” e tantos outros atributos.

Mas esses títulos não Lhe interessarem. Prefere ser o santo do povo.

Já dele escrevia o P. António Vieira:

“se nos adoece o filho, Santo António;

se nos foge o escravo, Santo António;

se mandais as encomendas, Santo António;

se esperais o retorno, Santo António;

se aguardais a sentença, se perdeis a menor miudeza da vossa casa, Santo António;

e talvez, se quereis os bens da alheia: Santo António!”


Diz a memória popular que Santo António fez florir um cravo dum manjerico. O cravo confundiu-se com açucena, cravinho, vermelho ou branco, e tudo serve para negócio de amores: No altar de Santo António

há um vaso de açucenas,

Onde vão os namorados

Dar alívio às suas penas…


O Povo ama o que é simples. Na igreja ou em casa, ganhou valor quase mágico o Responso a Santo António, composto por S. Boaventura, para que, rezando-o com fé, as coisas perdidas se reencontrem:

Se milagres desejais, recorrei a Santo António,

Vereis fugir o demónio e as tentações infernais.

Recupera-se o perdido, rompe-se a dura prisão,

E no auge do furacão, cede o mar embravecido.


Sabemos que Santo António é muito mais do que uma expressão e recurso popular. Ele é um verdadeiro embaixador da Palavra de Deus, pregada e vivida, homem de oração, de contemplação profunda, um génio de eloquência, um homem de relação com Deus, com os homens e o mundo. A sua lembrança é consolo dos aflitos, cura das dores do corpo e da alma, alegria e paz para a vida.

No local onde nasceu, agora Igreja-Santuário de Santo António, o povo simples, vindo de todos os cantos de Lisboa, de Portugal e do mundo, continua a passar e parar diante da sua imagem, como que a vê-lo, ouvi-lo e senti-lo bem fundo na sua vida.

Levam o “pãozinho de Santo António”, os cravos, as estampas… todos abençoados por Deus, pelas mãos dos seus irmãos sacerdotes que aqui servem.

E a festa do dia 13 será, como há muitas décadas, marcada pela multidão dos seus devotos em festa familiar em honra de seu amigo e protector, Santo António. Mesmo, sem deixar a componente diplomática, onde a Câmara Municipal de Lisboa marca forte em empenhada presença, a prestar homenagem ao Santo da Sua Cidade.

À honra de Cristo. Ámen!


Frei Armindo Carvalho O.F.M. (Reitor da Igreja/Casa de Santo António em Lisboa)

07 junho 2008

Misericórdia e Sacrifício

Hoje as leituras da Eucaristia apelam-nos à consciência de que para Deus o Amor e a misericórdia é mais importante que os meros ritualismos ou sacrifícios pelos sacrifícios.
Muitas vezes, nós Cristãos, fazemos e oferecemos o que chamamos de sacrifícios, a Deus, por nós ou pelos outros sem nos questionarmos do como acolherá Deus tais ditos sacrifícios.

O que é para nós, afinal, um sacrifício?

Deixo aqui em partilha um texto do P. Anselmo Borges que a mim mesmo me serve de grande reflexão...


"Nas religiões, oferece-se sacrifícios à divindade - frutos, comida, animais, seres humanos -, para aplacá-la, agradecer, expiar os pecados, atrair bênçãos. A refeição sacrificial cultual criava relações de comunidade dos participantes com a divindade e entre si. Mas desgraçados dos seres humanos que foram oferecidos em sacrifício! Teria sido melhor não terem conhecido a religião. E que Deus seria esse que precisasse dos sacrifícios, sobretudo quando isso implicava a morte de homens ou mulheres?
A Bíblia, concretamente na sua linha profética, verberou os sacrifícios. Oseias põe na boca de Deus estas palavras: "Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios, o conhecimento de Deus mais do que os holocaustos." E Amós: "Eu conheço as vossas maldades e a enormidade dos vossos pecados. Sois opressores do justo, aceitais subornos e violais o direito dos pobres no tribunal. Eu detesto e rejeito as vossas festas. Se me ofereceis holocaustos, não os aceito nem ponho os meus olhos nos sacrifícios das vossas vítimas gordas. Antes, jorre a equidade como uma fonte, e a justiça como torrente que não seca." E o profeta Isaías escreve: "De que me serve a mim a multidão das vossas vítimas? - diz o Senhor. Estou farto de holocaustos de carneiros, de gorduras de bezerros. Não me agrada o sangue de vitelos, de cordeiros nem de bodes. Quando me viestes prestar culto, quem reclamou de vós semelhantes dons, ao pisardes o meu santuário? Não me ofereçais mais dons inúteis. Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem; procurai o que é justo, socorrei os oprimidos, fazei justiça aos órfãos, defendei as viúvas."
Jesus
retomou a palavra profética de Oseias: "Ide aprender, diz o Senhor, o que significa: 'Prefiro a misericórdia ao sacrifício'" Ele enfrentou profeticamente a casta sacerdotal e expulsou os vendilhões do Templo, tendo sido este acontecimento determinante para a sua condenação à morte na cruz, na sequência de uma coligação internacional - Jerusalém e Roma -, com interesses sacerdotais, económicos e políticos ameaçados.
Afinal, um Deus que precisasse de sacrifícios era um Deus pior do que os seres humanos, quando vivem uma humanidade boa e feliz. Que pai ou mãe quer que os filhos andem de joelhos ou de rastos diante deles e lhes ofereçam sacrifícios?
O sofrimento pelo sofrimento é inútil e deve-se combatê-lo, bem como às religiões doloristas que pregam o sofrimento como agradável a Deus e a via mais directa para o céu. Deus não precisa nem quer sacrifícios. Deus, que é amor, quer amor e justiça para todos, dando preferência aos marginalizados e aos pobres. Mas cá está. A prática do amor e da justiça, a contribuição real para uma sociedade boa e justa e mais feliz implicam capacidade de sacrificar-se. Agora, porém, é diferente: não se trata do sacrifício pelo sacrifício, mas das melhores causas da vida, que inevitavelmente exigem renúncia, entrega, doação. Aqui, o sacrifício surge em toda a sua dignidade, dita já no étimo latino: sacrum facere - tornar sagrado. Não há amor nem obra grande nem salvaguarda da humanidade na sua dignidade, sem a disposição para sacrificar-se pelo melhor. Quem ousa então ir até ao fim, superando os obstáculos do egoísmo e da preguiça e da mesquinhez e da opressão e entregando-se à realização da humanidade de todos os homens, faz algo de sagrado, torna o mundo humano e sagrado.
Por exemplo, Sócrates podia, como lhe foi oferecido, ter feito um compromisso. Isso era, porém, contra a voz da consciência, e Sócrates não atraiçoou a sua mensagem e bebeu a cicuta.
Jesus não morreu para aplacar a ira divina ou porque Deus precisasse do sacrifício da sua morte. O sacrifício pelo sacrifício é detestável e a morte não salva ninguém. O que se passa é que também Jesus, em vez de fugir ou optar por compromissos, foi consequente com a sua mensagem e deu testemunho, até ao fim, até à morte, da verdade e do amor, do Deus que não quer sacrifícios, mas misericórdia, defesa dos direitos humanos, fraternidade, liberdade, amor entre todos.
Quando se fala de nova evangelização, é disto que se trata: acreditar, com todas as consequências, no Evangelho enquanto notícia boa do Deus que é amor e que não tolera vítimas. De facto, é em nome do Deus que quer vítimas que nós próprios, pela guerra, mediante a exploração omnímoda (ilimitada) e sem escrúpulos, continuamos a fazer vítimas. Deus, porém, o que quer é misericórdia. A paixão por Deus traduz-se por compaixão real e efectiva para com os homens e mulheres.
Também em Portugal as questões da justiça social têm de ser prioritárias..."

Dr. P. Anselmo Borges

05 junho 2008

Dia mundial do AMBIENTE


Recebi por e-mail este texto dos pequenos amigos do ambiente. Amigos de "palmo e meio" mas que nos revelam a grande sensibilidade pelo bem comum e pela causa comum.

Obrigado a estes amigos pelos conselhos que dão aos crescidos. Vamos todos prometer ajudar a mudar a mentalidade de quem não respeita o nosso querido planeta.

Todos juntos, fazendo pequenos gestos, tornaremos o ambiente mais fixe!



"Amigo, eu e as minhas crianças não queremos deixar passar este dia, sem fazer um ALERTA às pessoas crescidas; é que hoje foi Dia Mundial do Ambiente e o nosso querido Planeta Azul, a "Casa" de todos nós, está muito doente. Precisamos urgentemente, de deitar mãos à obra, numa nova atitude face ao Ambiente.Os mais novos são fortes agente ecológicos, dentro da sua família; são eles que nos estão a ensinar que é hora de mudar o nosso comportamento ambiental.

Já a pequena "Patrícia" no outro dia, alertava para a necessidade de "se porem filtros nas chaminés das fábricas".

Os meus Amigos do Ambiente, de palmo e meio, deixam aqui alguns recados para todos nós crescidos: "É preciso reciclar e separar o lixo..."

"Não se pode deitar lixo no mar, no rio, nem na areia da praia..."

"O mal que fazemos à Natureza, é mal que fazemos a nós, sem a Natureza podemos desmaiar..."

"Temos que respeitar o Ambiente se queremos ter uma vida melhor".

"Somos amigos do Ambiente, por isso reciclamos e mantemos limpo o recreio da escola".


Amigo, perdoe a simplicidade da linguagem, mas ela é verdadeira e de quem está empenhado nesta acção de proteger o Ambiente.

Mudar mentalidades é trabalho para muitas gerações e quanto mais cedo se começar, tanto melhor.

Um abraço ecológico de todos nós que: "Somos amigos da natureza

e gostamos da limpezaqueremos uma Terra mais limpae um Planeta com muita pinta..."

Contamos com a ajuda de S. Francisco de Assis, o grande Amigo da Natureza e ele pode contar com a nossa.


(autoria: um grupo de amigos de "palmo e meio")

Meu Deus, agradeço-te...

Meu Deus, agradeço-te por este dia.
Agradeço-te por seres capaz de ouvir esta minha oração…
Por me sentir abençoada por seres o meu Deus do perdão…
Aquele que tudo tem feito por mim e continua a abençoar-me a cada raiar do sol.
Perdoa-me mais uma vez pelo que tenha dito ou pensado e ajuda-me a começar este dia com uma nova atitude de gratidão plena:
Pela minha Família, pelos meus Amigos, pela Natureza que me rodeia…
Pelas árvores, pelas flores, pelas aves do Céu, pelos animais da Terra e do Mar…
Ajuda-me a fazer o melhor a cada e todo o dia para Te poder ouvir…
Para perceber a cada hora o que Tu queres que eu faça… para que entenda a minha Missão diária!
Não me deixes lamentar e queixar do que não posso controlar.
Pelo contrário: ajuda-me a rezar cada vez mais!
Ajuda-me a rezar pelos que sofrem no corpo a doença, na Alma a solidão, no pensamento a injustiça humana
Sem que minhas forças se acabem…
Continua a usar-me para a Tua obra.
Continua a manter-me forte para que possa continuar a ajudar quem precisa.
Mantém-me de pé para que possa encorajar os outros.
E continua a alimentar a minha Fé para que eu possa ser testemunha da Tua Mensagem aos Homens!
Ámen.


Clara de Assis(Pseudónimo)

03 junho 2008

30 minutos: Três vidas...

Estreou esta noite, na RTP, um novo programa de seu nome “30 minutos”.
A seguir ao Jornal da noite a Televisão pública brindou-nos com um programa que me mereceu toda a atenção.
Ao início eram, salvo erro, 14 histórias de mulheres e mães que haviam sido recebidas – convidadas – por Maria Cavaco Silva, a Primeira Dama do nosso país.
Da foto de grupo surgem, à vez, três mulheres e mães, uma de Lisboa, outra de Matosinhos e outra da zona de Ponta Delgada (Açores).
Cada uma destas mães teve na vida algo que não esperava, conceber um filho com doenças que jamais permitirão serem as mesmas mulheres, com os seus sonhos, alegrias e juventude.
MULHERES CORAGEM”, assim lhes chamavam na reportagem.
Chegar ao fim destes trinta minutos e olhar para cada gesto e palavra da vida destas mães leva-me a dizer que são muito mais que “mulheres coragens”.
O seu sentido de maternidade e a sua dedicação aos filhos dependentes, quase na totalidade e em tudo, do apoio das mães, não fez com que tais mulheres perdessem o amor pelos filhos e ei-las a dar o testemunho tão grande de quem, perdeu muito de si, dos seus sonhos, do seu querer, mas não da sua dignidade humana: ser mulher e ser mãe que ama o filho que recebe, mesmo com todos os sacrifícios que isso implica no hoje de cada dia.
Uma delas, de Matosinhos, recebe em sua casa, já com dois filhos seus – biológicos – um bebé abandonado a quem não davam mais que um mês de vida e hoje já tem alguns anos.
Perdoem-me não ser preciso nas informações mas não contava escrever sobre esta reportagem e, por isso, tenho o que na memória me ficou já que o que senti e sinto de carinho, ternura e profundo respeito por todas as “mulheres/mães coragem não conseguirei jamais passar para este texto.
Perguntei a mim mesmo o que faria eu numa situação destas…
Antes as notícias davam conta do Euro 2008 e dos treinos, de Mourinho em Itália, da guerra dos combustíveis, dos deputados de esquerda em conflitos por apoio a comícios conjuntos, de campanhas que nunca mais acabam para a presidência dos USA, de tantas coisas que vemos quase já sem dar por elas, não fossem quase sempre as mesmas todos os dias…
Vimos meninos pródigos com 8 anos e que são barras na matemática, escolas que sendo das últimas nos rankings (será assim que se escreve?) nacionais mas que perante o Presidente da República revelam saber educar através dos novos meios de comunicação como a net, o hip hop e outro, vimos que a Comunidade Europeia reconhece o esforço de Portugal para cumprir compromissos económicos…
Mas… hoje a maior e mais bela notícia foi sem dúvida a de ver que a Televisão pública estreia um novo programa com a notícia de que ainda temos muitas “mulheres e mães coragem”. Parabéns RTP!
Se o programa em si já tinha sido, para mim, uma enorme lição de vida, testemunho de amor àqueles que fazem parte de nós ou que recebemos em nossa casa como nossos, mais se intensificou esta lição de vida quando cada uma destas três mulheres se revelam MULHERES DE FÉ.


“Tenho fé em Deus e é isto que dá sentido à minha vida”, dizia a mãe de Lisboa mais ou menos por estas palavras.

“Isto para mim é como um Sacerdócio, dediquei-me a esta causa como a Deus”, dizia a mãe em Matosinhos falando do bebé de etnia cigana que recebera após ter sido abandonada.


“Obrigado Espírito Santo pela força de viver”, rezava a mãe de joelhos numa Igreja no Açores com o olhar de quem fala ao Divino Espírito Santo com o coração.

Hoje o Evangelho recordava-nos o Sermão da montanha narrado em Mt. 5, 1-12a: as Bem-aventuranças…

Na homilia digo sempre que é tão difícil falar deste texto a quem está em sofrimento… e repeti-o hoje… mas estas mulheres e mães falaram mais alto que eu. Dizem que só em Deus encontram a coragem para continuar a amar e dedicar tudo o que são e têm a estes filhos portadores de doenças e deficiências profundas.
Nelas se vai cumprindo esta palavra de Mateus: “Bem-aventurados… alegrai-vos e exultai, porque é grande nos céus a vossa recompensa”.

Com este texto quero louvar a RTP por tão grande reportagem e por estrear em horário nobre um programa que, a avaliar pelo primeiro, poderá ser de uma enorme utilidade pública ao país e ao mundo.

Quero ainda, e sobretudo isso, prestar a minha homenagem a tantas mulheres/mães coragem que no seu dia-a-dia tanto abdicam para se dedicarem aos outros, seus familiares ou amigos sem esquecer – jamais – tantas que nem mães são biologicamente falando mas que até desse DOM abdicaram para partir e ajudar os que mais precisam, em creches, orfanatos, hospitais e clínicas, casas de saúde entre tantos outros…

OBRIGADO POR ESTE TESTEMUNHO DE VIDA!
Que Deus e Maria nossa Mãe a todas cumule de Suas bênçãos e a nós todos, sobretudo a quem tem o governo das Nações, nos ajude a não permanecer inertes e apáticos aos que mais precisam de ajuda, carinho e amor, “porque é dando que se recebe” dir-nos-ia S. Francisco de Assis.

01 junho 2008

EURO 2008: vontade de vencer!

Portugal movido a vontade de vencer

Ouvindo falar sempre de futebol, confesso que esse nunca foi um dos meus desportos favoritos. Sempre achei que não tinha jeito para jogar futebol, embora tenha, desde o berço, uma grande paixão pelas cores Benfiquistas. Mas “Benfiquismos” à parte, porque o melhor clube é aquele que preza, acima de tudo, o bom desportivismo, esta noite detive-me a esperar por ver, pela TV, a chegada da Selecção Portuguesa a Neuchâtel, na Suíça, onde está localizado seu o quartel-general.
Num tempo que parece, a tantos níveis, tão pouco esperançoso ao Povo Luso, confesso que recordei o orgulho que todos vivemos aquando do Euro 2004 no nosso país. Orgulho porque, tal como em outros momentos da nossa Historia, fomos capazes de mostrar ao mundo que, este país outrora tão grande em território, é hoje grande no coração das suas gentes, no acolhimento, e na vontade de vencer.
Estamos a iniciar o Euro 2008, desta feita na Suíça, sob o lema “Portugal movido a vontade de vencer”…
Vencer objectivos e metas parte sempre dessa vontade de ser grande e não tenhamos dúvida que a tantos níveis Portugal é um país de gente nobre e grande.
Até onde chegará a Selecção Portuguesa, que vitórias ou derrotas terá neste campeonato da Europa não sabemos. Mas uma coisa é certa, ver ali – na Suíça – milhares de motards e muitos milhares de tantos outros Portugueses à espera da Selecção fez-me lembrar que há quatro ano atrás até eu – que nada percebo de futebol - me vestia a rigor para descer a avenida a gritar por Portugal.
É o orgulho sim de ser Português!

Neste dia quero manifestar este sentimento e a esperança de que a “vontade de vencer” possa levar a nossa Selecção a muitas vitórias sendo que a maior de todas elas é sermos Portugueses.

Os nossos Governantes aos poucos vão tirando os símbolos cristãos, como a Cruz, de espaços públicos mas, ainda, os temos presentes na nossa Bandeira, as Chagas de Cristo, são ainda um símbolo presente da fé de um Povo.


FORÇA PORTUGAL!!!

(Com a proclamação da República, foi adoptada a Bandeira Nacional Portuguesa verde e vermelha, em substituição da azul e branca.Além daquelas duas cores – verde-escuro e vermelho-claro – a Bandeira Portuguesa tem ao centro o escudo de Portugal sobre a esfera armilar – em amarelo – que representa as nossas descobertas marítimas, através de todo o globo terrestre. O Escudo – em vermelho e branco – contém ao centro as cinco quinas – em azul – que representam os cinco reis mouros vencidos em Ourique por D. Afonso Henriques. Os cinco pontos brancos que se vêem em cada quina representam as cinco chagas de Jesus Cristo. Os sete castelos – em amarelo – sobre a parte vermelha do escudo, simbolizam os sete castelos (Albufeira, Aljezur, Cacela, Castro Marim, Estombar, Paderne e Sagres) tomados aos mouros por D. Afonso III.)


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