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12 junho 2008

Santo António de Lisboa

(Foto: Igreja/Casa (Santuário) onde nasceu Sto António em Lisboa)

Caríssimo Fr. Albertino.

Este é o meu pobrinho contributo para o nosso Blog, que tiveste a amabilidade de me sugerir. É saído dos intervalinhos do atendimento ao Santuário, onde me sinto feliz, embrulhado numa verdadeira multidão de amores de Santo António. Saudações aos nossos queridos bloguistas.


Santo António de Lisboa – Santo António do Mundo!


Lisboa veste-se de vida e festa.

Convida os transeuntes a celebrarem, em particular no dia 13 de Junho, a Festa de seu mais ilustre Filho e Padroeiro, Santo António.

Dando crédito, – nem temos razão em contrário – às legendas de origem portuguesa (Legenda dos Mártires Franciscanos de Marrocos), do século XIII, às de origem francesa (Liber miraculorum), e à paduana (Legenda Raymundina), de fins do século XIII, e ainda uma a tradição muito tardia, não confirmada, o nosso Santo nasceu na casa de seus pais, a poucos metros da Sé Patriarcal de Lisboa, a 15 de Agosto de 1195.

Dessa casa restam apenas uns escassos metros quadrados de superfície, situados por debaixo do altar-mor da actual Igreja-Santuário de Santo António de Lisboa, a que chamamos Cripta.

Os seus pais foram de estirpe de “nobres e poderosos”. O pai, Martinho Afonso, era cavaleiro. A Mãe, de nome Maria, era também de descendência nobre. Consta que teve uma irmã, também chamada Maria.No Baptismo, celebrado na Sé de Lisboa, recebeu o nome do seu tio-avô, cónego na Sé de Lisboa, chamado Fernando. Fernando de Bulhões é, pois, o nome que mantém até entrar na Ordem de S. Francisco. Como era norma naqueles tempos, a pessoa que se entregava a Deus numa Ordem Religiosa deixava o seu nome antigo e recebia um nome novo.

A Fernando foi dado o nome de António, o nome em que o mundo o vem a conhecer, amar e venerar profundamente. António é de Lisboa, de Pádua, de Brive, de Toulouse… De todo o mundo, como disse o Papa Leão XIII. Não precisou de visto para entrar em nenhum dos países do mundo dos viventes. O mundo é o seu País. Hoje, em qualquer Povo, de qualquer mundo, há sempre um cantinho para uma imagem do nosso Santo. E aí Ele recebe e abençoa os seus devotos.


O Santo do Povo.

É extraordinária, para não dizer um verdadeiro prodígio, a devoção universal do Povo a Santo António.

Em Lisboa, claro, é excepcional. As varandas, o interior das casas, os nichos, o peito dos devotos exibindo a sua medalha… Para tudo: Santo António!

Esta devoção assume formas extraordinárias, que até nos fazem pensar numa mistura de crendice, lenda, ingenuidade e verdadeira fé, rodeando a figura extraordinária do Homem e do Santo, que foi erudito pregador de Pádua, Arca das Escrituras (sabia de cor a Bíblia, sobretudo o Novo Testamento), Professor de Teologia em Bolonha e companheiro de São Francisco de Assis, proclamado “Doutor Evangélico” pelo Papa Pio XII, denominado “Martelo de hereges” e tantos outros atributos.

Mas esses títulos não Lhe interessarem. Prefere ser o santo do povo.

Já dele escrevia o P. António Vieira:

“se nos adoece o filho, Santo António;

se nos foge o escravo, Santo António;

se mandais as encomendas, Santo António;

se esperais o retorno, Santo António;

se aguardais a sentença, se perdeis a menor miudeza da vossa casa, Santo António;

e talvez, se quereis os bens da alheia: Santo António!”


Diz a memória popular que Santo António fez florir um cravo dum manjerico. O cravo confundiu-se com açucena, cravinho, vermelho ou branco, e tudo serve para negócio de amores: No altar de Santo António

há um vaso de açucenas,

Onde vão os namorados

Dar alívio às suas penas…


O Povo ama o que é simples. Na igreja ou em casa, ganhou valor quase mágico o Responso a Santo António, composto por S. Boaventura, para que, rezando-o com fé, as coisas perdidas se reencontrem:

Se milagres desejais, recorrei a Santo António,

Vereis fugir o demónio e as tentações infernais.

Recupera-se o perdido, rompe-se a dura prisão,

E no auge do furacão, cede o mar embravecido.


Sabemos que Santo António é muito mais do que uma expressão e recurso popular. Ele é um verdadeiro embaixador da Palavra de Deus, pregada e vivida, homem de oração, de contemplação profunda, um génio de eloquência, um homem de relação com Deus, com os homens e o mundo. A sua lembrança é consolo dos aflitos, cura das dores do corpo e da alma, alegria e paz para a vida.

No local onde nasceu, agora Igreja-Santuário de Santo António, o povo simples, vindo de todos os cantos de Lisboa, de Portugal e do mundo, continua a passar e parar diante da sua imagem, como que a vê-lo, ouvi-lo e senti-lo bem fundo na sua vida.

Levam o “pãozinho de Santo António”, os cravos, as estampas… todos abençoados por Deus, pelas mãos dos seus irmãos sacerdotes que aqui servem.

E a festa do dia 13 será, como há muitas décadas, marcada pela multidão dos seus devotos em festa familiar em honra de seu amigo e protector, Santo António. Mesmo, sem deixar a componente diplomática, onde a Câmara Municipal de Lisboa marca forte em empenhada presença, a prestar homenagem ao Santo da Sua Cidade.

À honra de Cristo. Ámen!


Frei Armindo Carvalho O.F.M. (Reitor da Igreja/Casa de Santo António em Lisboa)

8 comentários:

Albertino disse...

Ao nosso Irmão e Amigo Fr. Armindo agradecemos a partilha que aqui nos deixa. Esta noite Lisboa centra-se nasa Marchas, nas sardinhadas e nas festas bairristas que ecoam por toda a cidade.
Aqui ecoa a voz de quem vive o seu dia-a-dia embebido na espiritualidade Antoniana.
Toda a família "Retalhos" se confia à sua oração para que, nesse berço do Santo do mundo, a todos entregue e que, António de Lisboa, de Pádua e do mundo, interceda por todos nós junto de Deus.
OBRIGADO FR. ARMINDO.

Anónimo disse...

Santa noite, Frei Armindo!
Eis que mais um Irmão nosso responde ao desafio lançado à Família "Retalhos", e que bela partilha nos oferece; bem haja e que Santo António nos proteja.
Ainda não perdi a esperança de um dia passar este dia aí convosco, participando da celebração; a minha mãe que tantas vezes participou, dizia que valia a pena largar tudo para participar.
Deus seja louvado.
Seja por Caridade

Anónimo disse...

Frei Armindo...
Ouvir o sr falar de Santo António...quantas lembranças me vêm à mente...é ver o Frei Armindo nas homilias da "Polana"!Parabéns e obrigada ao Frei Albertino pela sugestão e ao sr, Frei Armindo por mais esta divulgação , tão importante para quem está longe de Portugal...Que tal pudéssemos ver fotos da Igreja Santuário, da Cripta, dos altares?Graças aos Franciscanos aqui no Brasil a Devoção a Santo António vem com as caravelas de Pedro Álvares Cabral!
Desejo uma festa linda para este Santo tão querido, aí em Portugal como aonde o celebrarem!
Sirlene

Anónimo disse...

Hoje é dia de Santo António,
é dia de Amigo, Frei!
vamos sorrir, alegrar nosso tempo,
caminhar, fortalecer nossa Lei.

A alma pode estar triste,
e o silêncio querer perdurar
mas na vida de António, colhamos
o saber lutar, viver e entregar.

Ele confiava tanto,
que muitos milagres alcançou...
nunca poderemos esquecer
o que em nosso coração já operou.

Humildes, vamos aprender com António
seu jeito de confiar
e de coração aberto à fraternidade
o seu testemunho, louvar.

A Graça da sabedoria
no silêncio, na entrega, na humildade
são um legado imensurável
aos irmãos e a toda a Humanidade.

Quer se acredite ou não
o seu exemplo é divino
tudo teve, tudo deu
para mimar o Deus Menino.

Hoje, há grande alegria no Céu e na terra
com Louvor e Gratidão,
protegidos por ti, António
entrega-nos na Tua Comunhão.

Anónimo disse...

BEm Haja Fr. Armindo pelo seu texto, partilha de reflexão para todos nós. Que coração cheio de amor para falar de Santo António.Obrigada pelas palavras que o Espírito colocou no seu coração esta tarde...!

Obrigada Amigo Frei, por ter colocado este texto aqui.
Mas a procisão de Santo António precisa da sua voz...! para cantar com o Dom que Deus lhe deu. Santo António é o mesmo, mas não é a mesma coisa...!

Ó bondoso Santo António, cujo coração estava sempre cheio de amor pelos homens, segredai as nossas preces ao Menino Jesus que tanto gostava de repousar nos vossos braços.
Uma palavra vossa nos concederá as súplicas que pedimos.

Anónimo disse...

Querida Família "Retalhos"!
Depois de reler tão bela partilha, viajei" aqui, até Junho do ano passado e eis que encontro um texto de "Lídia" sobre "António o nosso Santo" no dia 11. De lá retirei algumas palavras, que senti como um desafio:
"Pensando no que os escritos nos transmitem, e sem grande preocupação do pormenor, dois aspectos me surpreendem e alegram profundamente, na sua vida: António, fruto duma classe privilegiada da época e pertencente a uma Ordem Religiosa social e intelectualmente muito conceituada, é “tocado” por outros frades desconhecidos, simples, paupérrimos e humildes que, por Amor a Deus, enfrentam todos os perigos e vivem fraternalmente na entrega total a esse Amor; e, também, a capacidade de António aceitar este encanto divino, transformar-se intimamente ao ponto de tudo recusar e querer ser um daqueles humildes e pobres frades franciscanos, igual a qualquer outro irmão incógnito. A grandeza desta atitude só pode ser o reflexo da grande Fé e da Mão Divina no seu coração."
Querido Santo António, intercede junto de Deus para nós, uma Fé semelhante à tua e muita coisa mudará à nossa volta.
Bem haja "Lídia" por tão preciosa ajuda.
Amigo, que era de nós sem este cantinho de Amigos?

Anónimo disse...

Já vai atrasado o meu comentário; mas como para Deus não há tempo, resolvi enviá-lo.

OBRIGADA AMIGO, por ter sugerido ao Frei Armindo um texto / partilha para este nosso “cantinho”, e colocá-lo aqui.
E a si Frei Armindo OBRAGADA também, por ter aceitado a sugestão e contribuído com o seu talento.

Bem-haja também “Lídia” pela sua partilha tão rica.

Oxalá todos consigamos aprender com Santo António, o jeito de confiar, testemunhar, agradecer e louvar…
(LM)

Mª Teresa disse...

Frei Armindo,
Paz e Bem!
Que excelente texto nos propõe para leitura! Um obrigada COLECTIVO a todos os comentaristas presentes (e há ditosa Lídia, pela criação de tão belo poema...).
Em termos de Planeta, cuido que o Senhor nem regista alterações FA...
Amen,

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