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03 junho 2008

30 minutos: Três vidas...

Estreou esta noite, na RTP, um novo programa de seu nome “30 minutos”.
A seguir ao Jornal da noite a Televisão pública brindou-nos com um programa que me mereceu toda a atenção.
Ao início eram, salvo erro, 14 histórias de mulheres e mães que haviam sido recebidas – convidadas – por Maria Cavaco Silva, a Primeira Dama do nosso país.
Da foto de grupo surgem, à vez, três mulheres e mães, uma de Lisboa, outra de Matosinhos e outra da zona de Ponta Delgada (Açores).
Cada uma destas mães teve na vida algo que não esperava, conceber um filho com doenças que jamais permitirão serem as mesmas mulheres, com os seus sonhos, alegrias e juventude.
MULHERES CORAGEM”, assim lhes chamavam na reportagem.
Chegar ao fim destes trinta minutos e olhar para cada gesto e palavra da vida destas mães leva-me a dizer que são muito mais que “mulheres coragens”.
O seu sentido de maternidade e a sua dedicação aos filhos dependentes, quase na totalidade e em tudo, do apoio das mães, não fez com que tais mulheres perdessem o amor pelos filhos e ei-las a dar o testemunho tão grande de quem, perdeu muito de si, dos seus sonhos, do seu querer, mas não da sua dignidade humana: ser mulher e ser mãe que ama o filho que recebe, mesmo com todos os sacrifícios que isso implica no hoje de cada dia.
Uma delas, de Matosinhos, recebe em sua casa, já com dois filhos seus – biológicos – um bebé abandonado a quem não davam mais que um mês de vida e hoje já tem alguns anos.
Perdoem-me não ser preciso nas informações mas não contava escrever sobre esta reportagem e, por isso, tenho o que na memória me ficou já que o que senti e sinto de carinho, ternura e profundo respeito por todas as “mulheres/mães coragem não conseguirei jamais passar para este texto.
Perguntei a mim mesmo o que faria eu numa situação destas…
Antes as notícias davam conta do Euro 2008 e dos treinos, de Mourinho em Itália, da guerra dos combustíveis, dos deputados de esquerda em conflitos por apoio a comícios conjuntos, de campanhas que nunca mais acabam para a presidência dos USA, de tantas coisas que vemos quase já sem dar por elas, não fossem quase sempre as mesmas todos os dias…
Vimos meninos pródigos com 8 anos e que são barras na matemática, escolas que sendo das últimas nos rankings (será assim que se escreve?) nacionais mas que perante o Presidente da República revelam saber educar através dos novos meios de comunicação como a net, o hip hop e outro, vimos que a Comunidade Europeia reconhece o esforço de Portugal para cumprir compromissos económicos…
Mas… hoje a maior e mais bela notícia foi sem dúvida a de ver que a Televisão pública estreia um novo programa com a notícia de que ainda temos muitas “mulheres e mães coragem”. Parabéns RTP!
Se o programa em si já tinha sido, para mim, uma enorme lição de vida, testemunho de amor àqueles que fazem parte de nós ou que recebemos em nossa casa como nossos, mais se intensificou esta lição de vida quando cada uma destas três mulheres se revelam MULHERES DE FÉ.


“Tenho fé em Deus e é isto que dá sentido à minha vida”, dizia a mãe de Lisboa mais ou menos por estas palavras.

“Isto para mim é como um Sacerdócio, dediquei-me a esta causa como a Deus”, dizia a mãe em Matosinhos falando do bebé de etnia cigana que recebera após ter sido abandonada.


“Obrigado Espírito Santo pela força de viver”, rezava a mãe de joelhos numa Igreja no Açores com o olhar de quem fala ao Divino Espírito Santo com o coração.

Hoje o Evangelho recordava-nos o Sermão da montanha narrado em Mt. 5, 1-12a: as Bem-aventuranças…

Na homilia digo sempre que é tão difícil falar deste texto a quem está em sofrimento… e repeti-o hoje… mas estas mulheres e mães falaram mais alto que eu. Dizem que só em Deus encontram a coragem para continuar a amar e dedicar tudo o que são e têm a estes filhos portadores de doenças e deficiências profundas.
Nelas se vai cumprindo esta palavra de Mateus: “Bem-aventurados… alegrai-vos e exultai, porque é grande nos céus a vossa recompensa”.

Com este texto quero louvar a RTP por tão grande reportagem e por estrear em horário nobre um programa que, a avaliar pelo primeiro, poderá ser de uma enorme utilidade pública ao país e ao mundo.

Quero ainda, e sobretudo isso, prestar a minha homenagem a tantas mulheres/mães coragem que no seu dia-a-dia tanto abdicam para se dedicarem aos outros, seus familiares ou amigos sem esquecer – jamais – tantas que nem mães são biologicamente falando mas que até desse DOM abdicaram para partir e ajudar os que mais precisam, em creches, orfanatos, hospitais e clínicas, casas de saúde entre tantos outros…

OBRIGADO POR ESTE TESTEMUNHO DE VIDA!
Que Deus e Maria nossa Mãe a todas cumule de Suas bênçãos e a nós todos, sobretudo a quem tem o governo das Nações, nos ajude a não permanecer inertes e apáticos aos que mais precisam de ajuda, carinho e amor, “porque é dando que se recebe” dir-nos-ia S. Francisco de Assis.

5 comentários:

Anónimo disse...

Amigo, Deus seja louvado!
Mas que riqueza de Partilha...sentimo-nos muito pequeninos perante estas mães. Uma amiga contou-me que nunca mais olhou para a vida do mesmo modo,depois de ter conhecido mães/coragem.
A todas elas o nosso carinho, respeito e a nossa mão pronta para ajudar.
Obrigada também pela informação quanto à repetição do programa pela RTP.
Que a Mãe das mães as presenteie com um coração grande para amar e a nunca desistirem nos momentos difífeis, quando as forças vacilam.
Que Deus a todos Abençoe.
Seja por Caridade

Anónimo disse...

Frei Albertino,
Magnífica esta idéia de uma TV levar ao ar este tipo de conhecimento ao público.Muito gratificante constatar que mães coragem não são privilégio de um só país, mas habitam aonde há humanos, e estes " seres coragem", felizmente não são só prerrogativa feminina, pois muitos homens têm esta mesma dedicação se a necessidade lhes bate à porta.
Minha esperiência pessoal com a Pediatria, ao longo da minha vida profissional testemunha esta dedicação do " cuidador" de uma criança neuropata, criança que fatalmente nenhuma recompensa, resposta ou conheccimento terá de seu estado, e no entanto , o zelo, a dedicação, a entrega, a disponibilidade dessas pessoas é alguma coisa indescritivelmente comovente, chocante, didática e sobretudo louvável e digna de imitação...Costumo dizer que duas grandes emoções eu guardo da minha experiência na Enfermagem: a dedicação da mãe do neuropata e a solidão do idoso aguardando a morte.Foram as emoções mais marcantes que tive trabalhando em hospitais públicos.
O sr lembrou muito bem todos que " saem da sua casa e vão"...tomara Deus que a vocação para atuar nesse serviço não seja restrita às mães coragem, mas que proliferem os seres coragem, mundo afora!
Sirlene ( Brasil)

Anónimo disse...

Obrigada, Frei Albertino...

Anónimo disse...

OBRIGADA FREI, por trazer este tema ao blog.
Eu própria vi ontem o programa, e como sabe eu estou dentro desta grande realidade. O caso do Tiago conheço-o perfeitamente. Começou a ser acompanhado no Centro de Reabilitação Paralisia Cerebral em Lisboa (estes 3 casos, são de deficiência na vertente, paralisia cerebral). Agora já temos mais Centros ao nível do País.
E apesar de lidar com eles e de os conhecer, ontem não consegui vêr o programa sem que as lágrimas corressem pela face. Não fosse a sua fé, e estas mães estariam gastas, desanimadas, e todos os dias desejosas de despejar os seus filhos em qualquer depósito...
Perdoem-me amigos, mas quem conhece, e conhece bem, o amor que se dá a estas crianças e jovens, a maneira como são preparados para a sua reintegração na sociedade, e depois vê os governantes, irresponsáveis e inertes, querendo fechar, e privatizar estes Serviços, para pôr as famílias, a pagar um determinado valor pelo seu filho, revolta... É o que vai acontecer ao Centro de Lisboa. Todos os que já foram privatizados funcionam menos bem, e é só para alguns. Não têm capacidade... porque não querem contratar pessoal. Estas mães precisam de ajuda de uma equipa multidisciplinar, que as acompanhe, e muitas delas desconhecem que têm direito a isso.
Desculpem, estou a sair fora do tema. Mas, também eu me venho embora... amo-os demais há longo tempo, para assistir ao fechar da porta...! Eles sentem-no e sabem muito bem expressá-lo...! mesmo sem falar.

Desculpe Frei, deixei o meu coração falar alto demais. Como se costuma dizer ...ando entupida...!

Quero dar Força a estas Mães/coragem, porque são muito poucas. Acreditem, estão todos os dias no colo/coração da MÃE.

Anónimo disse...

Frei Alberto, a palavra nos diz: quando sou fraco é que sou forte.
Tantas situações como essas seriam para muitas pessoas motivo de fraqueza , desespero, desistencia, de cruzar os braços dizendo :nada posso fazer.No entanto essas mulheres,fortificadas pelo Espirito Santo, que vê a reta intenção dos corações, nos dão um exemplo de vida.

Deus derrame sobre elas, e sobre nós também a força que vem do alto para que possamos nos doar ao proximo sempre.
Um abraço

Kalita Cardoso

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