Proposta de leitura: Legenda Menor (Lm) 1,7-8
Reflexão
A menoridade (pobreza interior, humildade de coração), a pobreza (o viver sine proprio) e a solidariedade (responsabilidade pelo destino dos outros) caracterizam e qualificam nossa vida fraterna em comunidade, pois descrevem nosso modo de ser irmãos, nosso modo peculiar de viver e anunciar o Evangelho no coração da Igreja e nos abandonados claustros do mundo. Somos uma Fraternidade de “menores”.
Viver em menoridade, sem nada de próprio e solidários, é fazer nossa a forma de vida com a qual Francisco viveu no seu tempo a opção pelo Evangelho, forma de vida que ele mostrou “com a palavra e com o exemplo” (TCL 5) e que, em última análise, consiste em fazer próprios os sentimentos de Cristo, que, embora sendo de condição divina, não fez alarde de sua posição divina, mas despojou-se a si mesmo e se abaixou, obedecendo até a morte e morte de cruz (cf. Fl 2,5-8), Ele que, para nossa salvação, se esconde sob a aparência de pão (cf. Ord 27).
Ser menores, viver sem nada de próprio e solidários, certamente tem consequências sociais, pois exige um certo despojamento exterior e interior, sentir-se servos de todos e obrigados a servir a todos (cf. 2Fi 2), renunciar ao poder sobre os outros, estar com os pobres e ver o mundo com seus olhos. Em qualquer caso, a motivação profunda é sempre exclusivamente evangélica, pois indica o movimento de quem opta por seguir “mais de perto o Evangelho e as pegadas de nosso Senhor Jesus Cristo” (Fórmula de profissão; CCGG 5 § 2.), que comporta: despojar-se para servir, e humilhar-se para ouvir, obedecer e partilhar.
Por outro lado, desde que Deus se manifestou menor, sem nada de próprio e solidário com todos na pessoa do Filho, é evidente que a menoridade, o viver sem nada de próprio e a solidariedade são lugares privilegiados de encontro com Deus e que, consequentemente, só quem não retém nada para si (cf. Ord 29) será capaz de acolher e de servir.
(Relatório do Ministro Geral para o Capítulo geral de 2006 nº56)
ORAÇÃO DESTE DIA
Reflexão
A menoridade (pobreza interior, humildade de coração), a pobreza (o viver sine proprio) e a solidariedade (responsabilidade pelo destino dos outros) caracterizam e qualificam nossa vida fraterna em comunidade, pois descrevem nosso modo de ser irmãos, nosso modo peculiar de viver e anunciar o Evangelho no coração da Igreja e nos abandonados claustros do mundo. Somos uma Fraternidade de “menores”.
Viver em menoridade, sem nada de próprio e solidários, é fazer nossa a forma de vida com a qual Francisco viveu no seu tempo a opção pelo Evangelho, forma de vida que ele mostrou “com a palavra e com o exemplo” (TCL 5) e que, em última análise, consiste em fazer próprios os sentimentos de Cristo, que, embora sendo de condição divina, não fez alarde de sua posição divina, mas despojou-se a si mesmo e se abaixou, obedecendo até a morte e morte de cruz (cf. Fl 2,5-8), Ele que, para nossa salvação, se esconde sob a aparência de pão (cf. Ord 27).
Ser menores, viver sem nada de próprio e solidários, certamente tem consequências sociais, pois exige um certo despojamento exterior e interior, sentir-se servos de todos e obrigados a servir a todos (cf. 2Fi 2), renunciar ao poder sobre os outros, estar com os pobres e ver o mundo com seus olhos. Em qualquer caso, a motivação profunda é sempre exclusivamente evangélica, pois indica o movimento de quem opta por seguir “mais de perto o Evangelho e as pegadas de nosso Senhor Jesus Cristo” (Fórmula de profissão; CCGG 5 § 2.), que comporta: despojar-se para servir, e humilhar-se para ouvir, obedecer e partilhar.
Por outro lado, desde que Deus se manifestou menor, sem nada de próprio e solidário com todos na pessoa do Filho, é evidente que a menoridade, o viver sem nada de próprio e a solidariedade são lugares privilegiados de encontro com Deus e que, consequentemente, só quem não retém nada para si (cf. Ord 29) será capaz de acolher e de servir.
(Relatório do Ministro Geral para o Capítulo geral de 2006 nº56)
ORAÇÃO DESTE DIA
Pedimos-Te, Senhor, para que saibamos aprofundar o conhecimento da nossa vocação, de modo a que, no diálogo sincero com Cristo, respondamos sempre com generosidade, desprendimento e radicalidade ao jeito de Francisco e de Clara de Assis.
(texto enviado por OFM – Frajuvoc)




3 comentários:
O verdadeiro despojamento de nós mesmos não é nada fácil...
Não penso apenas na dimensão material. Também para Francisco o despojamento exterior, material, só fazia sentido como expressão e consequência do caminho interior que estava a fazer no seguimento de Cristo.
Como estamos tantas vezes tão cheios de nós mesmos - falo por mim própria - e não temos espaço nem para Deus nem para os que estão à nossa volta! Como precisamos, ao jeito de Francisco, despojar-nos do nosso eu, dos nossos projectos próprios (tantas vezes egoístas) para aderirmos totalmente ao projecto de Deus! E como precisamos de libertar espaço no nosso interior para podermos verdadeiramente acolher e servir os outros!
Por outro lado, que alegria profunda sentimos, quando conseguimos «saltar o muro», ultrapassar a barreira do nosso egoísmo e SER e ESTAR realmente PARA OS OUTROS - não como mérito nosso, mas fruto da graça de Deus que habita em nós.
Rezo por todos nós, «Família Retalhos», que consigamos «saltar o muro»...
"DESPOJAMENTO" !
Francisco despojou-se totalmente. Troca tudo isso pelo seu encontro continuado com Cristo, fazendo-nos lembrar que o Cristianismo só terá futuro se brotar de uma experiência autêntica de Deus.
Francisco enamora-se do Evangelho, e faz dele o seu modo de vida.
Torna-se instrumento nas mãos do seu Senhor. Faz-se "Servo", servindo na pobreza e na humildade, ao seu Deus e aos irmãos.
E eu? E nós? Como nos é difícil deixarmos as coisas do mundo, que nos arrastam, que nos impedem de tantas vezes ir ao encontro do outro. Fazermo-nos ao largo, partir para a outra margem. Sermos "Servos", no Lava-pés de todos os dias.
OBRIGADA FREI porque muito bonito está o nosso "cantinho", com todos os pormenores...!
DESPOJAMENTO
Não é fácil viver o despojamento e a pobreza; mas na verdade são elas, que aceites livremente, nos facilitam a nossa entrega Total ao Pai e nos tornam mais disponíveis para o Serviço do Irmão.Com elas partilhamos os bens materiais, intelectuais e espirituais…
À imitação de «Jesus Cristo, que, sendo rico, se faz pobre, a fim de nos enriquecer», a pobreza consagrada reveste matizes muito fortes em todas as Ordens e Congregações religiosas sobretudo… O motor desta pobreza, obviamente é Cristo… Por isso devemos ser pobres e humildes, para imitar Cristo “REI” dos pobres…
Pela humildade, reconhecemos o “nada” deste mundo e o “TUDO” de Deus…
Assim viveram Clara e Francisco de Assis…
Sejamos nós também “Pobreza” e “Humildade”…Peçamos ao Senhor esta graça.
Rezo e estou unida de modo particular a toda a Família Franciscana
Dina
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