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16 janeiro 2008

Dia 16: Considera a tua Vocação

Hoje celebramos o Dia da Província Portuguesa da Ordem Franciscana. Celebramos os Santos Mártires de Marrocos (Proto Mártires de Toda a Ordem, cujos restos mortais se encontram na Igreja de Santa Cruz em Coimbra).
Celebramos também, hoje, o início das comemorações dos 50 anos do Externato da Luz.
Fica a reflexão deste dia, no seguimento de toda esta semana. Que a todos os que comungam do Espírito Franciscano, Deus, por intermédio de Francisco de Assis, conceda toda a paz e todo o bem.
Grato pela vossa comunhão e oração ao longo de toa esta última semana.

Proposta de leitura

Em nome do Senhor: Amém! A nossa vocação é o maior de todos os benefícios que recebemos e diariamente continuamos a receber do nosso benfeitor, Pai das misericórdias, pelos quais devemos render infinitas graças; e quanto mais perfeita e sublime ela é, tanto mais d’Ele nos tornamos devedores. Por isso diz o Apóstolo: Reconhece a tua vocação”. (TCL 1-4)

REFLEXÃO

A vida, antes de mais nada; mas a vida descoberta através da qualidade de nosso seguimento de Cristo, no intercâmbio que fazemos entre nós e com todas as pessoas com as quais trabalhamos. Esse é o caminho e o método que nos conduzirá ao futuro.
Constatamos também que desde as nossas origens, desde o início da caminhada comum, Francisco e os Irmãos descobriram a presença de Cristo Ressuscitado através da prática de uma metodologia de oração e de encontro. Itinerantes que se apoiavam não só nos muros do mosteiro ou no horário para sentir-se unidos, os Frades entravam num “espaço de obediência” (RB 2,11; RnB 5,16), permanecendo “submissos a toda humana criatura” (RnB 16,6; SV 16; Test 19). Criaram um espaço comum, partilhando o que acontecia “ao longo da caminhada”. Esse “sacrum commercium” de fé e de reflexão sobre o Evangelho, esse modo de viver juntos suas vidas, era parte integrante da identidade dos primeiros Frades.
Celano narra que também depois da aprovação da “Forma vitae por parte de Inocêncio III, surgiam muitas perguntas entre os Frades: “Enquanto caminhavam, conversavam uns com os outros sobre todos os bens que o clementíssimo Deus lhes havia concedido; como foram simpaticamente recebidos pelo Vigário de Cristo, o senhor e pai de todo o povo cristão; como poderiam cumprir as admoestações e preceitos dele; como poderiam sinceramente observar e indelevelmente guardar a regra que receberam; como caminhariam em toda santidade e na Religião diante do Altíssimo; enfim, como a vida e costumes deles, pelo incremento das santas virtudes, serviriam de exemplo para o próximo” (1Cel 34, 3-7).
A Regra e vida fez que a dinâmica do questionamento e do discernimento fraterno se tornassem centrais no processo de crescimento institucional e de conversão pessoal e fraterna: “e onde quer que estejam e se encontrarem os irmãos, mostrem-se afáveis entre si. E, com confiança, um ao outro manifeste suas necessidades...” (RB 6,7-8).
A história dos oitocentos anos de nossa Regra e sua interação com o Testamento e com a interpretação da Igreja mostram que a graça de nossas origens nos impõe um imperativo metodológico: somente estaremos em condições de descobrir a presença do Senhor em nosso meio como caminho, verdade e vida (Jo 14,5-6; Ad 1,1) quando, a partir da fé, conseguirmos dar ouvidos aos que vivem ao nosso redor e quando conseguirmos expressar o que temos por dentro.
Neste momento de nossa história, quando recordamos a graça das origens no meio das radicais transformações do nosso mundo, compreendemos que o desafio que temos pela frente é o de ir ao essencial: conseguir partilhar num nível mais profundamente humano e cristão. O que devemos pôr em prática em todas as nossas Províncias, Conferências e também a nível da Ordem é a mesma metodologia da narração de Emaús: os discípulos, que iniciam a caminhada como mendicantes de sentido, rompem o silêncio para abrir o diálogo. Aprendem a interpretar a própria vida e as próprias experiências a partir das Escrituras, enquanto o Senhor ilumina seu coração. Fazem uma paragem na caminhada para pedir a Jesus que permaneça com eles. Em sua misericórdia, Ele entra em seu “espaço vital” e permanece com eles. O que acontece depois é pura comunhão fraterna: “Enquanto estava com eles à mesa, tomou o pão, rezou a bênção, partiu-o e deu-lhes. Então, abriram-se os olhos deles e o reconheceram” (Lc 24,30-31). A seguir, voltam para seus companheiros e fazem a experiência da partilha, primeiro através da escuta atenta e, depois, narrando a vitória da vida sobre a morte, definitivamente manifestada na ressurreição de Cristo.
Assim delineada, a caminhada é simples e essencial, como todas as coisas importantes: reunir-se; falar daquilo que nos aconteceu; partilhar o Evangelho, reler a Regra; orar e louvar a Deus “por todos os seus dons”; celebrar a comunhão fraterna; voltar aos Frades de nossas Fraternidades, aos nossos irmãos e irmãs do mundo inteiro com a boa nova que transformou nossas vidas.
(O Senhor fala-nos no caminho (2006), nº 39-45)

ORAÇÃO DESTE DIA

Louvamos-te e bendizemos-Te, Senhor Jesus Cristo, pelo dom do teu servo Francisco e, com ele, a inumerável multidão de homens e mulheres que seguiram os Teus passos, inspirados no modo como ele viveu o Evangelho. Que a Tua graça santificadora e vivificadora que animou os mártires de Marrocos nos alente e fortaleça no nosso modo quotidiano de te tornar presente no meio dos Homens.

6 comentários:

Anónimo disse...

Obrigada, Frei, por esta semana tão rica de reflexão e de partilha.

Hoje, dia em que a Província Portuguesa da Ordem Franciscana celebra o «seu dia», convosco dou graças a Deus pela vocação de cada um dos Frades, mas muito especialmente pela sua, Frei Albertino. Se naquela vez não tivesse dado o seu «sim» ao chamamento de Deus e se não o renovasse em cada dia - e sei de experiência própria como esse «sim» às vezes pode custar... - não seria quem é e não faria o que faz. Por isso, louvo o Senhor por todos os dons e talentos que lhe deu e que tão generosamente põe ao dispor de todos; louvo-O também por toda a riqueza espiritual que nos transmite neste espaço «Retalhos». E peço a Deus que lhe dê força e ânimo para continuar a sua caminhada, e à Mãe do Céu que o acarinhe no Seu regaço...

SEJA POR CARIDADE!

Anónimo disse...

PAZ E BEM AMIGO FREI ALBERTINO!
Uma semana como esta, tão rica de reflexões e momentos de Oração, onde tantos deixaram partilhas e levantaram algumas questões importantes quanto ao testemunho que damos da FÉ que professamos, fez-me lembrar o tempo de Retiro no Varatojo, no final do verão e que tanto me enriqueceu; a mim que tinha acabado de chegar "aqui" foram dias abençoados... para iniciar um novo ano de trabalho com um novo ânimo.
PARAR, para ORAR E PARTILHAR, A RIQUEZA DE UM DEUS QUE É PAI, assim eu concluo esta semana. Pois que assim seja, e que nos sintamos enviados a anunciar A BOA NOVA do REINO.
FORÇA, CONTINUE...POIS TANTO PRECISAMOS DESTE CANTINHO DO CÉU...
SEJA POR CARIDADE.

Anónimo disse...

Parabéns pelo trabalho bonito desta semana! Quanta dedicação de sua parte! Estas meditações, informações e comentários ,na Internet, nos caem como raridade.Os próprios religiosos, e nós fiés leigos, perdemos muita oportunidade em não divulgar mais , difundir mais a nossa maneira de viver. Ao longo desta semana diante do que assimilei aqui, tive diversos sentimentos e questionamentos sobre a Vocação, esta vocação para a qual cada ser vivente é chamado.Crer numa vida consagrada , de religiosos, para um leigo, é muito intrigante, soa às vezes como inverdade, impossível, faz-nos pensar que eles, os religiosos, não vivem exatamente sob o mesmo céu em que o resto do mundo vive...ou que haja mais acomodação do que virtude nessa opção de vida!.Acreditar nas certezas que demonstram ter, até dói, porque cá fora, se chega ao fim da vida , sem certeza alguma...
Também pensei no poder da graça divina, e comparei a vida dos religiosos tal e qual é para outro ser humano de qualquer estado civil ou condição social: todo mundo lutando , ajudado pela Mão de Deus . A conclusão a que chego é que somos todos operários e todos a seu modo, ajudam com a sua vocação para o equilíbrio, a estabilidade da humanidade...assim como tudo que foi criado...tem horas que qualquer traste tem a sua utilidade...e o conceito do certo, e errado, do bom e do mal, vai depender da situação , da necessidade!
O importante, o que conta, é a Mão de Deus a guiar a tudo e a todos...
Também, confesso...ora, já mais pra lá do que pra cá...senti uma ponta de inveja dos religiosos! Que privilégio deve ser um escolhido entre os chamados...
Sirlene

Anónimo disse...

Querida Sirlene, muito obrigada pela sua partilha!
Mas - não nos ponha a nós, religiosos, tanto nos «píncaros»... Vivemos as mesmas dificuldades como qualquer outro ser humano (embora talvez de outra forma), e nos confrontamos com os mesmos questionamentos, e lutamos com as mesmas dúvidas...
A única certeza que temos é Deus, e esta também só a temos pela Fé, não porque algum anjo nos apareceu e no-lo tenha dito. E a verdadeira Fé - como já tenho dito muitas vezes e a muitas pessoas - não é quando compreendemos os caminhos de Deus nas nossas vidas; a verdadeira Fé começa quando a luz da nossa inteligência acaba, quando não percebemos mais nada, quando andamos na escuridão, unicamente acreditando de que ELE ESTÁ e NÃO NOS ABANDONA.
É este o nosso caminho comum como cristãos, um caminho no qual Nossa Senhora, a quem João Paulo II chamou de «Peregrina na Fé», nos é modelo e guia.

Bem haja, Sirlene e - sigamos em frente unidos na mesma Fé!

Anónimo disse...

Vocação, Dom Gratuito

Jesus chama-nos com uma Vocação Pessoal,
Gratuita e Irrevogável.
Une-nos mais intimamente a ELE e comunica-nos o Dom particular do Amor, da Caridade, do Serviço em benefício dos Homens e Mulheres da Igreja, a cuja Vida e santidade pertence a Vida Religiosa…


A Vocação
É uma história de Amor
Que Deus faz com os homens e mulheres.
Tudo começou
Com um grão de semente
Que ELE lançou à terra
E deitou sobre ela
Um sopro de Vida…
Ao longo dessa germinação
Aparecem os sinais
Traduzidos em amor
E Vida abundante…
Ela vai crescendo, crescendo
E compreendendo esses sinais…
No seu coração
Cada dia, faz eco uma voz
Vem, e segue-Me…
Ela… com ânsia de se submergir
Nesse Amor:
Deixa a terra mãe
E parte seguindo essa voz
Lançada por Deus
Que a ajuda a trabalhar
E a caminhar
Por entre as estradas da vida…
Nada teme…
Pois para ela
O Amor de Deus é tudo…
Mais uma vez OBRIGADA por estas reflexões tão ricas ao longo destes dias

Anónimo disse...

OBRIGADA FREI pela semana rica em textos e partilhas.

Celebrar a Vocação Franciscana é, em primeiro lugar agradecer a Deus o vosso "SIM", e primcipalmente o seu Frei. Por tudo o que através de si, como canal e instrumento, o Senhor tem feito em nós.
O "Sim" de Jesus e de Maria se renova assim no "Sim", que todos vós estais a celebrar.

Agradeço a Çouvo a Deus por Maria, Mãe da Igreja e Mãe Nossa, a sua Vocação. A coragem, a fé e a esperança a exemplo de Maria, ser um fiel seguidor de Jesus. "Vem e Segue-me".
Bela comparação -os Discípulos a caminho de Emaús - A partir da palavra, rompe-se o silêncio, o Senhor ilumina os seus corações, e eles correm a falar do que tinham visto e ouvido.
Eles fazem uma pausa na caminhada, para "Escutar". A seguir falam desasombradamente sobre o que tinha visto e ouvido - Ressurreição.
Falamos mais que "Escutamos"...!

Vocação... missão... todos nós somos chamados a uma missão. Não são só os sacerdotes e religiosas. O Senhor chama-nos, porque tem para cada um de nós um plano, uma missão. Estejamos atentos à "escuta", e façamos como Maria, Francisco e Clara de Assis; "Faça-se", e entreguemo-nos e Amor e gratuidade.

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