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27 fevereiro 2007

POSSO DIZER PAI-NOSSO???

“Quando rezardes, não digais muitas palavras, como os pagãos (…), porque o vosso Pai bem sabe o que precisais (…). Orai assim: ‘Pai nosso que estais nos céus…” (Mt 6, 7-15)

Hoje, no Evangelho, Cristo ensina-nos a não ser como os hipócritas que rezam apenas para que os outros os vejam. Repetem palavras como se dessa repetição dependesse uma maior atenção de Deus.
Cristo desafia-nos a rezar em comunidade, não a um Deus qualquer, mas ao Deus que é PAI. Deus não existe apenas para alguns, Ele é Pai da humanidade inteira e o Seu Amor todos se estende nos braços e caminho da Cruz.
Quantas vezes rezamos nós a Oração do Pai, ensinada por Jesus, sem pensarmos no que estamos a rezar e no que cada frase pronunciada implica toda a nossa via…
Hoje faço minha a oração que se segue pedindo ao PAI que ela seja mais um passo para a Quaresma interior que só tem sentido na vida implicada, interior e exteriormente, comigo mesmo, com os outros e com Deus…

SÓ POSSO DIZER PAI-NOSSO SE ...

Só posso rezar PAI,
se demonstrar esse relacionamento com Deus no meu dia-a-dia;
Só posso rezar NOSSO,
se a minha fé tem espaço para os outros e para as suas necessidades;
Só posso rezar QUE ESTAIS NOS CÉUS,
se não estou apanhado pelas coisas do mundo;
Só posso rezar SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME,
se me esforço com a ajuda de Deus, por ser santo;
Só posso rezar VENHA A NÓS O VOSSO REINO,
se estou disposto a aceitar a Palavra de Deus como regra de vida;
Só posso rezar SEJA FEITA A VOSSA VONTADE,
se procuro pautar a minha vida pelos seus mandamentos;
Só posso rezar ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU,
se quero verdadeiramente entregar-me ao serviço de Deus, aqui e agora;
Só posso rezar O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE,
se estou preparado para partilhar o que tenho com os que estão em necessidades;
Só posso rezar PERDOAI-NOS AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO,
se estou na disposição de eliminar todo o rancor que guardo no coração para com os outros;
Só posso rezar NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO,
se estou alerta para não me meter nas armadilhas.
Só posso rezar MAS LIVRAI-NOS DO MAL,
se estou preparado para combater o mal na minha vida e com a minha oração;
Só posso rezar AMÉN,
se honestamente digo, «custe o que custar, esta é a minha forma de REZAR».

(Kevin Lanigan)

26 fevereiro 2007

HOJE, SOMENTE HOJE...

Do Evangelho de hoje (Mt 25, 31-46) faço reflexão da Palavra: “Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; era peregrino e Me recolhestes; não tinha roupa e Me revestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me. (…) Sempre que o fizestes a um dos meus irmão mais pequeninos, a Mim o fizestes”.


Este texto levou-me a um outro que muito gosto… Não poderão ambos os textos ser um bom caminho quaresmal para todos nós?


“A sua santidade e sabedoria humana são expressas muito bem no chamado "decálogo do quotidiano do Papa João XXIII":

1. Somente hoje, procurarei viver o presente (em sentido positivo), sem querer resolver o problema da minha vida inteiramente de uma só vez.
2. Somente hoje, terei o máximo cuidado pelo meu aspecto: vestirei com sobriedade; não levantarei a voz; serei gentil nos modos; ninguém criticarei; não pretenderei melhorar ou disciplinar alguém, a não ser eu mesmo.
3. Somente hoje, serei feliz na certeza de que fui criado para ser feliz não só no outro mundo, mas também neste.
4. Somente hoje, adaptar-me-ei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias se adaptem aos meus desejos.
5. Somente hoje, dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando que como o alimento é necessário para a vida do corpo, do mesmo modo a boa leitura é necessária para a vida da alma.
6. Somente hoje, realizarei uma boa acção e não o direi a ninguém.
7. Somente hoje, farei algo que não gosto de fazer, e se me sentir ofendido nos meus sentimentos, farei de modo que ninguém perceba.
8. Somente hoje, organizarei um programa: talvez não o siga exactamente, mas o organizarei. E tomarei cuidado com dois defeitos: a pressa e a indecisão.
9. Somente hoje, acreditarei firmemente, não obstante as aparências, que a boa providência de Deus se ocupa de mim como de ninguém no mundo.
10. Somente hoje, não temerei. De modo particular, não terei medo de desfrutar do que é bonito e de acreditar na bondade. Posso fazer, por doze horas, o que me espantaria se pensasse em ter que o fazer por toda a vida.

Conclusão: um propósito totalitário: "Quero ser bom, hoje, sempre, com todos".”

(in, http://www.vatican.va)
Beato João XXIII

24 fevereiro 2007

CINZAS

Se estivéssemos em tempo de verão ou calor, falar de CINZAS levaria de imediato a nossa memória ao flagelo dos incêndios. Talvez já nem quiséssemos olhar os meios de comunicação social porque, tanto sofrimento se tem vivido no nosso país por causa da beleza da natureza e dos bens dos cidadãos que, de um momento para o outro, a chamas e cinzas se reduzem.

Mas não, não é destas cinzas que neste tempo a nossa mente e coração se ocupa. Trata-se do ritual que nos introduz no tempo favorável, no tempo de repensar a vida à luz do caminho de Cristo para o calvário: a Quaresma.

Dela farei reflexão noutro texto. Aqui gostaria de falar um pouco deste rito que celebrámos, a imposição das cinzas sobre as nossas cabeças, como forma de entrar neste tempo santo do perdão e do encontro com Deus. Com a imposição das cinzas, inicia-se um tempo forte onde o cristão é chamado preparar-se dignamente para viver o Mistério Pascal: a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

Podemos dizer que se trata de um rito antigo, rito penitencial, celebrado desde os primórdios da Igreja. Todos aqueles que eram dados como pecadores públicos, e que haviam pecado para com a comunidade, eram chamados a expiar estes pecados publicamente durante o tempo da Quaresma. Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua penitência pública no primeiro dia de Quaresma. Em sinal de arrependimento e humildade, recebiam as cinzas sobre as suas cabeças e eram levadas até ao exterior do templo, onde permaneciam em penitência pública, pois era-lhes vedada a participação activa na assembleia reunida dentro do templo. Do átrio da Igreja escutavam a Palavra e no silêncio pediam perdão. Estas práticas caíram em desuso desde o século VIII ao século X.

Este rito se estendia-se por toda a Quaresma, só voltariam a entrar no Templo e participar na vida da comunidade orante na Quinta-feira Santa, na Ceia do Senhor. No nosso tempo em que tudo parece perder sentido e significado, este rito tornar-se-ia motivo de chacota por parte de quem não tem sequer consciência do pecado e dos caminhos de arrependimento. Mesmo assim, a Igreja, não deixa de dar realce ao significado deste gesto litúrgico da bênção e imposição das cinzas, pelo qual o Celebrante recorda a Palavra da Escritura: "Arrependei-vos e acreditai no Evangelho" (Mc 1, 15) ou ainda "Lembra-te, Homem, que és pó da terra e à terra hás-de voltar". Estas palavras são o convite a reflectir sobre a nossa fragilidade humana e propensão ao pecado. Só tomando consciência disto poderemos fazer um caminho mais profundo de conversão.

O grande desafio desta liturgia está precisamente aqui: "matanoeiete", que quer dizer "Convertei-vos". A conversão implica um caminho de profunda interiorização e arrependimento, caminho este feito pela penitência como mudança de vida e mentalidade, como predisposição de recomeçar a caminhar com Cristo através da Igreja.
Termino esta simples reflexão sobre o sentido e significado das Cinzas com o texto próprio e riquíssimo da cerimónia da bênção.




Oração de bênção das cinzas

“Deus de infinita bondade, que não desejais a morte do pecador mas a sua conversão, ouvi misericordiosamente as nossas súplicas e dignai-Vos abençoar estas cinzas que vamos impor sobre as nossas cabeças, para que, reconhecendo que somos pó da terra e à terra havemos de voltar, alcancemos, pelo fervor da observância quaresmal, o perdão dos pecados e uma vida nova à imagem do vosso Filho ressuscitado, Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.”

22 fevereiro 2007

BADEN-POWELL - 150 ANOS

Hoje celebram-se os 150 anos do nascimento de Baden-Powell, fundador do maior movimento e escola de educação do mundo, o ESCUTISMO.
Não vou escrever aqui considerações sobre a sua vida, missão e exemplaridade. Não chegariam todas as páginas possíveis num blog para o fazer.
O legado que deixou ao mundo de “educar homens novos” para que onde quer que se encontrem “possam deixar o mundo um pouco melhor do que o encontraram” tocou todos os quadrantes da sociedade, da política e das religiões, nos 100 anos de Escutismo, que celebramos também este ano.
Em Portugal, o Movimento Escutista está presente no Corpo Nacional de Escutas, na Associação dos Escoteiros de Portugal e nas Guias de Portugal.
São milhares as crianças, adolescentes e jovens que, no dia a dia, procuram cumprir os princípios, máximas e lei, no sentido de serem bons cidadãos.
Como membro do Corpo Nacional de Escutas quero agradecer o tanto que tenho recebido deste Movimento, da e para a Igreja, mas que não se encerra nela, estende-se a todos os que se preocupam com um amanhã melhor.
Todos nós “da melhor vontade” (lobitos) e tendo presente que devemos estar “Sempre Alerta p’ra Servir” (demais escuteiros), devemos dignificar estas divisas que um dia nos levaram a um compromisso assumido perante a sociedade, o Movimento e a Igreja, no nosso caso de Católicos.
“O Escuta orgulha-se da sua fé e por ela orienta a sua vida”. Isto remete-nos sempre para a grande lição a que nos chama BP a viver: a escola da lição da selva, como encontro com a natureza e que nos ajuda a crescer humanamente, e a lição da Bíblia, que nos faz olhar mais para além do sol, das nuvens e das flores, faz-nos olhar para o Criador aderindo de coração aberto à Sua presença e mensagem na nossa vida.
Baden-Powell deixou-nos a pedagogia da educação, mais que a obrigatoriedade da instrução. Aos dirigentes e assistentes nos pede para sermos exemplo de vida já que, as crianças e jovens, tendem a repetir o que vêem os adultos fazer.
Neste dia rezo por todos os escuteiros do mundo inteiro e, sobretudo, pelo nosso Corpo Nacional de Escutas. Que saibamos estar sempre atentos à mensagem de Deus, que nos fala pela Igreja, que saibamos sempre honrar a nossa promessa e nunca nos envergonhar-mos do lenço que envergamos ao pescoço, sinal deste compromisso com a Sociedade hodierna e com Deus.

Agradeço a tantos irmãos escutas que há tantos anos me ensinam a deixar de ser “pata tenra” para poder ser verdadeiro escuteiro.

Maria Mãe do Escuta orienta-nos para o teu Filho Jesus, para que em nós, pelo método escutista, a mensagem de Deus passe e possa formar homens e mulheres novos para um amanhã mais solidário.

Termino deixando-vos e já tão conhecido e belo texto da última mensagem do Fundador:

“Caros escuteiros:
Se já vistes a peça Peter Pan, haveis de recordar-vos de como o chefe dos piratas estava sempre a fazer o seu discurso de despedida, porque receava que, quando lhe chegasse a hora de morrer, talvez não tivesse tempo para o fazer. Acontece-me coisa muito parecida e por isso, embora não esteja precisamente a morrer, morrerei qualquer dia e quero mandar-vos uma palavra de despedida.
Lembrai-vos de que é a última palavra que vos dirijo, por isso meditai-a.
Passei uma vida felicíssima e desejo que cada um de vós seja igualmente feliz.
Creio que Deus nos colocou neste mundo encantador para sermos felizes e apreciarmos a vida. A felicidade não vem da riqueza, nem simplesmente do êxito de uma carreira, nem dos prazeres. Um passo para a felicidade é serdes saudáveis e fortes enquanto sois rapazes, para poderdes ser úteis e gozar a vida quando fordes homens.
O estudo da natureza mostrar-vos-á as coisas belas e maravilhosas de que Deus encheu o mundo para vosso deleite. Contentai-vos com o que tendes e tirai dele o maior proveito que puderdes. Vede sempre o lado melhor das coisas e não o pior.
Mas o melhor meio para alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos outros. Procurai deixar o mundo um pouco melhor de que o encontrastes e quando vos chegar a vez de morrer, podeis morrer felizes sentindo que ao menos não desperdiçastes o tempo e fizestes todo o possível por praticar o bem.
Estai preparados desta maneira para viver e morrer felizes - apegai-vos sempre à vossa promessa escutista - mesmo depois de já não serdes rapazes e Deus vos ajude a proceder assim.
O Vosso Amigo,

Baden-Powell”

VISITEM: http://www.cne-escutismo.pt/

21 fevereiro 2007

ORAÇÃO DA PAZ (S. Francisco)

(Diz-se que esta oração foi feita após o pedido de clemência do papa Inocêncio III "arrependido" pelas cruzadas e muito enfermo. Francisco, duvidando de seu arrependimento, fora chamado a atenção pelo Pai pedindo piedade ao agonizante. São Francisco atendeu o pedido, admitindo humildemente sua ignorância).

Senhor,
Fazei-me instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver duvida, que leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;

compreender que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

20 fevereiro 2007

PEGADAS NA AREIA

Hoje termino o dia com um texto, que tanto medito e falo, e que expressa bem o que nestes dois dias eu senti e vivi interiormente.
Uns dias que para a maior parte foi de férias, descanso e folgazia, para mim foi de estar sentado ao computador, horas seguidas, olhos sensíveis e lacrimejantes, dores musculares e o stress e preocupação por terminar trabalhos assumidos.
No meio de tudo isto tentar ser resposta fraterna aos irmãos que até nós vêm pedindo ajuda em tantos pedaços de serviço amigo.
Então lembrei-me de olhar para Cristo, elevar a mente à areia do mar e ouvir a música desta letra. Que paz e serenidade senti...
Quero, por isso, deixar aqui a todos este texto belíssimo. Que Cristo vos fale através dele
.


Um dia tive um sonho...


Sonhei que estava andando na praia com o Senhor

e no céu passavam cenas da minha vida.
Em cada cena que passava,
percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia:
um era meu e o outro era do Senhor.
Quando a última cena de minha vida passou diante de nós,
olhei para trás, para as pegadas na areia,
e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida,
havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu
nos momentos mais difíceis e angustiantes da minha vida.
Isso aborreceu-me e entristeceu-me deverase perguntei então ao meu Senhor:
· Senhor, tu não me disseste que, tendo eu resolvido seguir-Te,Tu andarias sempre comigo, em todo o caminho? Nunca me abandonarias...
Contudo, notei que durante as maiorestribulações da minha vida, havia apenasum par de pegadas na areia.
Não compreendo porque nas horas em que eu mais necessitava de Ti,
Tu me deixaste sozinho.
O Senhor respondeu:
· Meu querido filho.
Jamais te deixaria só nas horas de prova e do sofrimento.
Quando viste, na areia, apenas um par de pegadas, eram as minhas, e não as tuas.
Foi exactamente aí que te carregueinas braços, que eu peguei em ti ao colo.

(Mary Stevenson)

18 fevereiro 2007

A VIDA DA MINHA MÃE...

Imagem http://www.gifmania.com/

A VIDA DA MINHA MÃE
Hoje não quero dormir sem prestar, ainda que neste momento em pensamento e oração, uma homenagem à senhora minha mãe.
Hoje é o dia dela celebrar o DOM da VIDA…
Uma mulher lutadora, sem saber letras mas com o saber/sabor da vida, uma mulher que nunca era capaz de dizer não a quem lhe pedisse ajuda.
Posso dizer que foi uma grande pedagoga e que muito tenho a agradecer-lhe.
Dizem que sou parecido com ela, pelo menos os olhos verdes… o sorriso…
Creio que com ela aprendi a delicadeza do trato e o cuidado por tentar fazer sempre as coisas antes de recorrer a alguém.
Faço uma analepse na minha vida e tanta coisa…
O preparar as coisas para a escola, tão poucas tinha na nossa pobreza, os grandes alguidares de roupa e a joelheira de madeira que levava para o tanque do quintal de um amigo ou na vala de água – da adua – que diariamente corria (e ainda corre) pela rua abaixo da minha aldeia.
Trabalhou a vida inteira para cuidar dos filhos que Deus lhe concedera, quatro ainda nesta terra e dois que partiram ainda criança – sem nunca pensar que os seus filhos não eram desejados.
Não tinha todos os dias carne e fruta para nos dar, muitas vezes não comia em casa dos patrões para que comêssemos nós, os filhos, à noite (lembro que escondia os yogurtes do seu lanche lá bem alto dentro da panela), nem sempre podia dar o que as outras mães davam aos seus filhos.
Mas Há algo que nunca faltou… o amor, o carinho, o tentar sempre dar o que tão nobre sempre teve, a certeza de que a mãe nos amava e ama muito.
Os últimos tempos, uns 14 anos já, têm sido de saúde debilitada.
O coração já falhou algumas vezes mas a vontade de viver a tem ainda entre nós…
Hoje quero agradecer a Deus todas as coisas tão grandes e bonitas que lembro da minha mãe, sobretudo a sua força e coragem de lutar por viver e dar amor aos filhos.
Passou a vida a servir os outros… agora, sentada na sala ou na varanda, contempla, ora o quadro da última ceia, ora a paisagem linda da serra da Gardunha.
Dos gestos mais bonitos que recordarei, a vida inteira, da minha mãe é sem dúvida o de estar sentada ao lume, na cozinha, eu a seu lado, ambos num banquinho feito pelo pai, e recostar a minha face no seu colo e… sentir os dedos da minha mãe a fazer festinhas no meu cabelo… Jamais esquecerei a sensação de segurança daquele momento e o silêncio de uma mulher que toda a vida soube silenciar o que não entendia ou preocupava…
OBRIGADO MÃE, Maria, como Maria de Nazaré…

Senhor, da vida e da história,
Graças Te dou pela minha mãe.
Obrigado p’la luta e glória
Da vontade de viver que ela tem.

Muitos anos te peço, tê-la aqui,
Para com ela continuar a aprender.
No seu olhar tantas vezes vou a Ti
No seu sorriso sinto a vida renascer.

E a ti, Maria, que do céu és Mãe,
Peço bênção saúde e paz,
Para esta mulher que Teu nome tem
E no coração teu amor sempre traz.

Pela vida mil graças elevo,
Neste dia, por mim e p’los meus…
Obrigado mãe, a vida lhe devo
Seja ela, p’ra si, bênção de Deus.

OBRIGADO MÃE… o seu filho Albertino

13 fevereiro 2007

Aniversário... não nasceu...

Não quero, de forma alguma, ferir quem quer que seja com estes textos. Eles têm sido, para mim, motivo de muita reflexão, a par das barbaridades que se escrevem em jornais e outros meios de Comunicação Social; a par do que continuam a dizer os nossos governantes.

Perdoem mais uma vez... se vos apertar um nó na garganta, como o que me aperta a mim, é porque ainda estamos vivos e esse nó não é o de quem vai perder a VIDA mas o de quem, afinal, ainda vê na VIDA um valor absoluto que na consciência humana toca, no mais recôndito de nós mesmos...
É dura a realidade, eu sei, mas mais dura é a realidade dos que não nasceram e tudo poderiam ter para vir a ser Homens e Mulheres do amanhã...

(Adaptação para Portugues padrão de texto retirado de http://www.mensagensvirtuais.com.br Imagem www.gifmania.com

ANIVERSÁRIO DE UMA CRIANÇA
QUE NÃO NASCEU

Ontem foi meu primeiro aniversário, eu ia completar um mês de idade.

Pensei que me fosses fazer uma festinha como todas as mães fazem quando descobrem que estão grávidas.Pensei que fosses dar um beijo no meu pai, o beijo que gostarias de dar em mim.Porém a festinha não foi tão alegre assim como eu esperava. De facto, mãe, foste à farmácia e comprar o meu presente. Pena que ele tenha interrompido a minha vida...... e tu não choraste… ... nem pouquinho. Porquê, mãe?

Pensei que irias ficar feliz com a minha chegada, mas não, tu não permitiste que eu chegasse nem a metade; simplesmente paraste o meu caminho.Eu sabia que, em alguns meses, eu iria estragar a tua elegância. Porém eu já tinha prometido a mim mesma que iria ficar bem apertadinha, para não te prejudicar.

Eu deixaria para crescer, depois que nascesse, para o mundo.

Entretanto mais tarde eu contar-te-ia toda a minha felicidade, em te ter como minha mãe, eu iria conhecer o brilho do sol, das estrelas e principalmente conhecer-te a ti e ao meu pai. Olha eu iria conversar contigo quando estivesses triste e faria tudo para que a tua alegria voltasse novamente, aos teus lábios com aquele sorriso que as vezes só tu sabes dar. Eu iria fazer tudo para que a tua alegria não terminasse.

Sabes, eu planejei tanta coisa, queria crescer bastante e depois de jovem lutaria com toda força para que a guerra acabasse e reinasse a paz no mundo.Eu queria tanto nascer mãezinha... eu queria nascer para plantar, no chão da minha existência, flores lindas e perfumadas, para que esse perfume chegasse a todos os homens e eles deixassem de fabricar objectos e máquinas que tiram a vida...
Eu queria muitas coisas e tu não sentiste... Porque não me quiseste mãe? Porque em vez de uma festinha me tiraste a VIDA? Engraçado eu pensava que os pais amavam os filhos, desde que eram concebidos, a ponto de dar a própria vida que eu, mãezinha, apenas começava.

Olha! Esse era o meu plano quando estava no teu ventre. Hoje já não posso planejar nada, porque estou morta e faço parte daqueles que nunca falaram da pureza e do amor. Nunca cheiraram o perfume das rosas, só sentiram a dor da morte.

Espero mãezinha que te tenhas arrependido para que isso não aconteça aos meus irmãozinhos que estão por vir.

Eu te perdoo, apesar de tudo ficou um pouco de mim em ti mãezinha.

12 fevereiro 2007

Diário... não nasceu...

(Tradução de texto, com base em artigo de H. Schwab, Nur Ein Hinderland ist ein Vaterland, Ed, Herder, 1956, publicado na revista Seleções do Reader’s Digest) - Imagem www.gifmania.com


DIÁRIO DE UMA CRIANÇA QUE NÃO NASCEU

05 de Outubro.
A minha vida começou hoje. Os meus pais ainda não sabem. Sou tão pequena como a semente de uma maçã, mas já existo de verdade. Vou ser uma rapariga. Terei cabelos loiros e olhos azuis…

19 de Outubro.
Algumas pessoas dizem que ainda não sou gente. Que ainda não existo como pessoa. Que só existe ainda a minha mãe. Mas a verdade é que sou uma pessoa verdadeira, com uma alma imortal. Assim como uma migalha de pão verdadeiro, assim eu sou um ser verdadeiro tal qual a minha mãe.

23 de Outubro.
A minha boquinha só agora começa a abrir-se. Calculem! – dentro de um ano, mais ou menos, já estarei a rir-me e, depois a falar. Já sei qual vai ser a minha primeira palavra: será “mãe”.

25 de Outubro.
O meu coração começou a bater hoje mesmo. De agora em diante continuará a bater suavemente durante a minha vida, sem parar um momento.

02 de Novembro.
Todos os dias cresço um bocadinho mais. Os meus bracinhos e as pernas já começaram a ganhar forma, mas ainda terei que esperar muito tempo até que estas perninhas possam levantar-se nos braços da minha mãe; até que os bracinhos possam abraçar o meu pai e colher flores para a minha mãe.

12 de Novembro.
Os dedinhos das minhas mãos já começam a formar-se. Que pequeninos que são! Com eles, poderei acariciar os cabelos da minha mãe…

20 de Novembro.
Só hoje é que o médico disse à minha mãe que eu estou aqui, vivendo debaixo do seu coração. Oh! Que feliz que a minha mãe deve estar! Estás feliz não estás mãezinha?

23 de Novembro.
A mãe e o pai devem estar a pensar no nome que me vão dar, mas eles sabem sequer que eu sou uma rapariga.

28 de Novembro.
Todos os meus órgãos estão completamente formados. Eu sou muito grande.

02 de Dezembro.
Depressa poderei ver, porém, os meus olhos ainda estão costurados com um fio. Luz, cor, flores... como deve ser magnífico! Sobretudo, enche-me de alegria o pensamento de que deverei ver minha mãe... Oh! Se não tivesse que esperar tanto tempo! Faltam ainda mais de seis meses.

12 de Dezembro.
Crescem-me os cabelos e as sobrancelhas. Já imagino como minha mãe ficará contente com a sua filhinha!

24 de Dezembro.
Gostava tanto de saber se a minha mãe ouve o suave bater do meu coração. Há crianças que chegam ao mundo um pouco doentes. Mas nestes casos as mãos do médico fazem milagres para lhes devolver a saúde. O meu coração, contudo, está forte e saudável… terás uma filha cheia de vida mãezinha! Estás quase, quase, a poder abraçar a tua filhinha…

28 de Dezembro.
Hoje minha mãe amanheceu diferente, está um pouco angustiada. Mas uma coisa é certa: nós vamos sair para um passeio.
Creio que ela quer distrair-se um pouco, talvez comprar roupinhas para mim. É isso mesmo, estamos a sair para algum lugar.

Oh! Creio que estamos a entrar numa clínica. Deve ser para fazer ecografia e ver que eu estou bem. Como a minha mãe se preocupa comigo! Quando eu sair daqui, farei tudo para lhe mostrar como ela é linda e eu lhe estou grata.
O médico está a chegar...
Mas... esses instrumentos não são os da ecografia... Não mãezinha! Não o deixes aproximar!
Mãe, tenho medo! Que está a fazer? Socorro! Deixem-me nascer!
... Ninguém escuta os meus gritos!
E os meus sonhos de felicidade...
A minha vontade de ver a luz, as flores, as cores...
Tudo acabado...
Sim... Hoje... Hoje a minha mãe interrompeu a minha VIDA...

11 fevereiro 2007

Vim para que tenham VIDA...

ROSAS DE VIDA...

Não corteis uma flor. Asa cativa,
só deixará remorso em quem a corta.
Nada mais belo que uma rosa viva...
Nada mais triste que uma rosa morta...
(Moreira das Neves)

10 fevereiro 2007

MÃE... escuta-me... sente-me... ama-me...




MÃE…

Mãe! Eu só tenho 10 semanas
protege-me e vota não
deixa-me viver em ti
e sente o bater do meu coração...

Eu existo!
Já sou VIDA protege-me
deixa-me desabrochar
sou um SER criado por Deus mãe!

Não me queiras matar
no teu ceio fui gerado
tu és minha mãe... és mulher...
EU...sou VIDA HUMANA SAGRADA
com 10 semanas, ou a idade que tiver...

Podes tu não me querer sentir nem ver
por ser pequeno embrião
mas, sou VIDA a desenvolver-se
e com direito a protecção...

Moro contigo e em ti
desde a minha concepção
escuta-ME, sente-ME ama-Me...
na nossa empatia e comunicação.

Dá-me a alegria de VIVER
e sentir-te-ás feliz
os dois no projecto de DEUS
assim és mãe querida e Humana
e fizeste o que DEUS quis.

Com profundo respeito por ti
mesmo que tenhas sofrido mãe!
Deixa-me viver...

e ser um filho querido...

O Deus da VIDA te ajudará
se guardares o mandamento
que nos diz "não matarás"
e deixa sentir de DEUS,
a coragem, a força e o alento.

Sabes que a VIDA é bela
dá-me esta oportunidade
sente-te feliz comigo
no Amor e na amizade.

Concretiza o meu sonho
deixa-me VIVER na realidade…
enfrenta o meu desafio...
e seremos felizes de verdade.

Felizes pela nossa VIDA
que é DOM gratuito de DEUS
riqueza e mistério profundo
para chegarmos aos Céus...

Eu sou dádiva de DEUS
sou fruto do SEU AMOR
e para ti que és mãe
a VIDA é o BEM MAIOR...

Encontramo-nos todos no colo da MARIA nossa Mãe
e peçamos-lhe por todas as mulheres que sofrem,
para que sejam capazes de dizer SEMPRE SIM à VIDA...

Dina

09 fevereiro 2007

VIGILIA: Comunhão

Retiro do blog o cartaz anunciador da Vigília de oração que neste momento decorre.
Não faz sentido ficar aqui o cartaz mas, dada a riqueza e importância dos amigos que se dignaram deixar comentários e partilhas, mantenho os mesmos. Foram e continuam a ser sinal de que, mesmo que tantos – como eu – não pudéssemos estar presentes (fisicamente) com a Comunidade, não deixámos de estar unidos na Comunhão de oração e louvor pela VIDA.

Obrigado uma vez mais pelo testemunho e força que me concedeis…

Unido aos que, nos Jerónimos, rezam à Mãe e partilham a Palavra e o Pão, deixo esta antífona, das mais antigas dedicadas à Mãe e Senhora da VIDA:

“À vossa protecção nos acolhemos,
Santa Mãe de Deus.
Não desprezeis as nossas súplicas
em nossas necessidades,

mas livrai-nos de todos os perigos,
ó Virgem, Gloriosa e Bendita”.

ABORTO: Consciência e Verdade


A dois dias do referendo, notamos o quanto, no nosso país, a consciência sobre o valor que tem a VIDA e do que, em última instância, está verdadeiramente em causa, ainda está pouco clarificada.

Para nos ajudar a formar melhor essa consciência, partilho aqui um texto de um confrade, texto cedido pelo próprio.

Esperando ser de alguma utilidade para todos os amigos leitores, desde já agradeço a cedência do texto.


ABORTO: Consciência e Verdade

1. No dia 11 de Fevereiro, vamos encontrar, no boletim do referendo, esta pergunta: “Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”.

2. Mais do que no barulho da campanha e com argumentos baseados em ideologias de todos os tipos, qualquer pessoa empenhada no exercício de uma cidadania responsável fará o seu percurso de discernimento, com maior ou menor profundidade.

3. Os crentes fazem esse discernimento à luz de Deus, Criador e Senhor da Vida, de acordo com o Concílio Vaticano II, que vê a consciência como “o núcleo mais secreto do homem, e o santuário onde ele está a sós com Deus, cuja voz ressoa no seu íntimo” (GS 16).

4. A consciência é o lugar por excelência da experiência ética, da busca do significado das nossas decisões, o espaço subjectivo do sentido dos nossos comportamentos. Porém, esse significado ou sentido só ganha conteúdo quando nos confrontamos com aquilo que está em causa ao nível da dimensão objectiva da mesma experiência.

5. Isto significa que o discernimento, o mais completo possível, da consciência ética só acontece quando nos abrimos à verdade, e à verdade toda, daquilo que realmente está em causa.

6. No caso do aborto, ou da interrupção voluntária da gravidez (como muitos preferem dizer), ou ainda do tratamento voluntário da gravidez (como ideologicamente se diz nos anúncios das Clínicas espanholas que já aparecem nos jornais portugueses), estão muitos factores em causa.

7. Todos esses factores convergem para dois elementos fundamentais: a mulher e o embrião/feto. Os defensores do sim olham quase exclusivamente para a mulher. Os defensores do não centram-se, fundamentalmente, na relevância antropológica e ética do embrião/feto.

8. É apenas parte da verdade ter em conta a mulher, mesmo com todos os seus sofrimentos e dramas. Não basta a opção da mulher. A sua liberdade não é tudo. Uma parte significativa da verdade diz respeito ao embrião/feto.

9. O embrião/feto humano possui todas as características e potencialidades do ser humano. Esse ser inicia com a fecundação um processo de desenvolvimento e realização progressiva, que só acabará com a morte natural.

10. A partir da nossa consciência, somos convidados, como diria Santo Agostinho, a “fazer a nossa verdade interior”, a ser verdadeiros. Mas isso só acontecerá se tivermos a coragem para “fazer a verdade toda”: a da mulher, mas também, e fundamentalmente, a do embrião/feto, completamente indefeso.



Frei Hermínio Araújo
Professor de antropologia, ética e bioética



A VIDA É UM DOM DE DEUS E UMA RESPONSABILIDADE HUMANA

VOTAMOS NÃO, PORQUÊ?


PORQUE VOTAMOS “NÃO” NO PRÓXIMO REFERENDO


1. A vida humana é inviolável (Constituição Portuguesa, n.º 24);

2. A vida humana começa no momento da concepção (verdade atestada pela ciência).

3. Interromper voluntariamente uma gravidez (=abortar) é matar uma vida humana.

4. A vida humana deve ser protegida, desde o momento da sua concepção, pela lei civil.
Se o aborto for despenalizado não temos nenhuma lei que proteja a vida humana no seio materno. Hoje há leis que protegem a vida vegetal e animal, com penas pesadas para o transgressor. Como podemos aceitar que não haja uma lei que proteja a vida humana desde o momento da sua concepção?! Não concordamos com a despenalização do aborto!

5.
Por mais difíceis que sejam as circunstâncias, nada justifica que uma mãe mate o filho que traz no seu seio.

6. Um crime – como é o aborto – não pode ser transformado num direito.
É inadmissível que uma lei civil dê liberdade à mulher grávida para abortar e, mais ainda, lhe dê todas as condições para o fazer, a pretexto de a proteger do perigo de vida que corre por ter de abortar clandestinamente, e também a pretexto de a libertar da vergonha de ser julgada e ir para a prisão por ter abortado! Porque há muita gente que rouba (clandestinamente!), e nisso põem em perigo a sua vida (coitados!), seria inadmissível despenalizar o roubo e dar aos ladrões todas as condições para que roubem com segurança.
Não nos deixamos embalar na “falsa compaixão” (irresponsável e irresponsabilizante) pela mulher que aborta (esta é a isca astuciosa dos defensores do sim ao aborto), fechando os olhos à verdadeira vítima do aborto: a criança que simplesmente é eliminada.

7. Há uma “verdadeira compaixão” pela mulher que quer recorrer ao aborto. De facto, ela está psicológica e moralmente muito perturbada por causa da gravidez por ela indesejada ou por outros que a pressionam. Por isso, procura no aborto a saída dessa situação. É uma falsa solução do problema. A verdadeira solução – humanizante e libertadora – é aceitar a maternidade e acolher o filho que concebeu. O estado, as instituições e cada cidadão devem oferecer às mulheres grávidas todo o apoio para que isso aconteça.

8. Um estabelecimento de saúde é para salvar a vida e não para a matar. O aborto não é um acto médico. Os médicos fazem o juramento de Hipócrates no qual se comprometem em proteger sempre a vida humana.

9. O aborto não pode ser uma questão deixada à consciência de cada um, querendo com isto dizer que fica aos critérios pessoais de cada um. Está em causa a vida como direito fundamental. Está em causa manter ou não uma lei que defenda essa vida no seio da mãe! Todos têm o dever de aferir a sua consciência por valores objectivos (válidos para todos e que a todos obrigam), como é a vida humana, respeitando consequentemente a lei que a defende: “Não matarás!” Ir votar neste referendo e votar “não” e, pois, um dever de consciência. O voto “NÃO” de cada um de nós salvará muitas vidas.


Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada por opção da mulher, nas dez primeiras semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?
NÃO!

Um grupo de cidadãos

VISITE... vale a pena...

São muitos os textos e sites/blogs que vou recebendo e que tanto gostaria de partilhar com todos.
Não tenhamos dúvida que todos são importantes para podermos clarificar dúvidas e perscrutar a consciência.

Aqui deixo alguns… creio vale a pena deter-nos por um momento, visitar os sites e visualizar os dois clipes de vídeo no
http://www.youtube.com/ que se seguem em baixo.

Que tudo isto nos ajude a perceber que os nossos NÃO significam um SIM à VIDA do bebé e disponibilidade na ajuda à mulher sem a julgar.

http://www.ideias-positivas.blogspot.com/

http://www.protegersemjulgar.com/

http://www.portinaoaborto.com/galeria.htm

http://www.mulheresemaccao.org/

http://www.portinaoaborto.com/

http://www.youtube.com/watch?v=Z_Ir-L65ylQ&mode=related&search

http://www.youtube.com/watch?v=yM959r1bnBQ


“DEUS É AMOR, E QUEM AMA PERMANECE EM DEUS”

08 fevereiro 2007

SOU UM SER... PROTEGE-ME!

07 fevereiro 2007

GOSTO DOS GAROTOS (Michel Quoist)

“Apresentaram-lhe uns pequeninos para que Ele os tocasse; mas os discípulos repreenderam os que os haviam trazido. Vendo isto, Jesus indignou-se e disse-lhes: «Deixai vir a mim os pequeninos e não os afasteis, porque o Reino de Deus pertence aos que são como eles. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele.» Depois, tomou-os nos braços e abençoou-os, impondo-lhes as mãos.” (Mc 10, 13-16)


Hoje quero partilhar convosco um dos textos mais belos que alguém já ousou colocar na boca de Deus. Há cerca de quarenta e três anos que este texto corre o mundo nas mais diversas línguas.
O seu autor, Michel Quoist – padre francês – soube ir ao centro do coração de Deus e trazer-nos em palavras simples, o que Deus quer de nós: que saibamos ser transparentes como o olhar e o coração dos garotos.
Aqui fica o texto:

"Gosto dos garotos, diz Deus. Quero ver toda a gente parecer-se com eles.
Não gosto dos velhos, diz Deus, a não ser que ainda sejam garotos.
Por isso no meu Reino Eu só quero garotos, desde sempre está decretado.
Garotos curvados, garotos corcundas, garotos com rugas, garotos de barbas brancas, toda a espécie de garotos que quiserem, mas garotos, só garotos.
Não se volta atrás, está decidido: para os outros não há lugar.
Gosto dos garotinhos, diz Deus, porque neles a minha imagem ainda não se embaciou.
Não falsearam a minha semelhança, são novos, são puros, sem rasuras, sem marcas de uso.
Assim, quando suavemente sobre eles me debruço, neles me reencontro.
Gosto dos garotos, porque estão ainda a crescer, ainda estão a subir.
Estão a caminho, caminhando.
Mas a gente grande, diz Deus, já não tem ponta por onde se lhe pegue.
Não mais crescerá, não mais subirá.
Parou.

É um desastre, diz Deus, agente grande, sempre a julgar que já chegou ao fim.

Gosto dos garotos grandes, porque ainda estão a lutar, porque ainda fazem pecados.
Não é por os fazerem, diz Deus, entendamo-nos, mas porque sabem que os fazem, e o dizem, e fazem por não fazê-los mais.
Mas a gente grande, diz Deus, não gosto dela, nunca faz mal a ninguém, não acha nada a reprovar em si mesma.
Nada lhes posso perdoar, nada têm para ser perdoado.
É de cortar o coração, diz Deus. É doloroso, pois nada disto é verdade.

Mas sobretudo, diz Deus, ah! Sobretudo gosto dos garotos por causa do olhar que eles têm. É no olhar que leio a idade deles.
No meu céu só haverá olhares de cinco anos, pois não conheço nada de mais belo que um olhar puro de garoto.
Nada disto espanta, diz Deus, habito neles e sou Eu que me debruço à janela da alma deles. Quando vós estais no caminho de um olhar puro, sou Eu, que vos sorrio através da matéria.
Mas, ao contrário, diz Deus, não conheço nada de mais triste que dois olhos apagados numa cara de garoto.
Abertas estão as janelas mas a casa está vazia.
Restam dois buracos negros e sombrios, mas já não há claridade, dois olhos, mas já não há olhar.
E fico triste à porta, e sinto frio, e espero, e bato. Que vontade de entrar…
E o outro está sozinho: o garoto.
Engorda, iça rijo e seco, envelhece. Coitado do velho! Diz Deus.

Aleluia! Aleluia! Diz Deus, abram, velhinhos!
É o vosso Deus, é o Eterno ressuscitado que vem ressuscitar o garoto que há em vós!
Vamos, depressa, chegou a hora, estou pronto a refazer-vos um belo rosto de garoto, um lindo olhar de garoto…
Pois gosto dos garotos, diz Deus, e quero ver toda a gente parecer-se com eles."


Michel Quoist, in “Poemas para rezar”

QUE NO CÉU, O REINO, SEJA TÃO ALEGRE COMO ALEGRE É UMA CASA CHEIA DE GAROTOS DE TODAS AS IDADES, ONDE O OLHAR E A IMAGEM DE DEUS AINDA NÃO SE CORROMPEU…

06 fevereiro 2007

EXPRESSO: O respeito e o bom senso


Não há muito tempo que vivemos a situação delicada de cartoons que feriam convicções religiosas de uma outra eligião que não o Cristianismo. Por nossa parte, infelizmente, habituados a ser mal tratados na comunicação social, parece que já nem sentimos os ultrages que se dizem do Cristianismo, sua Fé, seus Ritos e Símbolos.
Hoje recebi vários e-mails com o texto que a seguir transcrevo.
Faço-o aqui por poder deixar que a imagem também fale. Como pode um director de um Jornal Nacional permitir que se edite um cartoon como este em questão.
Um Jornal tem o direito à liberdade de expressão e informação, ninguém lha tira mas, as Organizações com tudo o que dela fazem parte não merecem também respeito? Onde está a liberdade e o bom senso?
Atrevo-me a perguntar: E SE OS CRISTÃOS FIZESSEM O QUE OUTROS CRENTES FAZEM QUANDO SÃO AFECTADOS NS SUA FÉ E NOS SEUS SÍMBOLOS?
Cristo apelou à paz e a não criar litigios nem questões com ninguém.
AMOU, PERDOOU, DEU A VIDA...
Creio que é uma vergonha que um Jornal como o Expresso, neste tempo tão importante para as consciências da Nação, edite um cartoon vergonhoso, associando o Papa, à guerra e ao aborto.
Bonita forma, senhor director, de mostrar que o seu jornal, pago por todos nós (e na minha casa o recebemos) defende a VIDA... não percebo se a da mãe, do filho, ou de ambos.
Haja BOM SENSO e RESPEITO por todos os seus concidadãos que desse jornal esperam boa informação e não MÁ FORMAÇÃO...

Deixo aqui o texto que recebi:

“Esta é de indignação, a minha indignação. Leiam e, se concordarem, difundam, protestem, alinhem na proposta.Pena é que se não publiquem cartoons que optem pela defesa de outros valores mais nobres. O jornal "Expresso", que até se tem revelado razoavelmente sensato, publicou, na sua edição do dia 3 de Fevereiro, um cartoon, sem humor nem qualidade, de um paranóico que é useiro e vezeiro nos ataques mais baixos às religiões, especialmente ao cristianismo e seus símbolos. Desta vez, demonstrando ignorância e desconhecimento da situação em causa, o pseudo-artista imaginou uma arma em forma de cruz, manobrada pelo Papa, donde saem abortos em vezes de balas. Imagina: a cruz a destruir as vidas... Um grupo de cidadãos, verdadeiramente indignados com este ataque soez,propunha-se lavrar um protesto junto da direcção do Expresso. Chegou, porém, à conclusão que isso não só não traria qualquer efeito prático, como até se ririam desse protesto. De qualquer forma, acha-se que se não deve deixar passar este caso em claro, pois, se o fizermos, estamos a dizer-lhes, implicitamente, que podem fazer os ataques mais soezes a quem quiserem. O que será um mal para a coesão da sociedade e para os próprios valores democráticos, que assentam no respeito e na tolerância pelas convicções de todos. Ao fazê-lo, estamos a defender a sociedade e seus símbolos, as convicções de todos e cada um, a qualidade e o timbre da cultura e até o próprio Expresso, que deve ser ajudado a não se abandalhar e ficar ao nível de um qualquer jornal do incrível ou da sexologia. Neste sentido, pedimos: 1. Boicota alguma ou todas as edições do Expresso durante este mês de Fevereiro, não o comprando. Em alternativa, compra um jornal da concorrência. Ou dá o dinheiro aos pobres, que não será pior. Ainda que sejam vendidos somente 1.000 exemplares a menos, eles perguntar-se-ão porquê. 2. Envia este texto a toda à tua lista de e-mails para que todos saibam e muitos possam aderir a esta campanha. Não te omitas! Se és maior e vacinado, mostra-te com coluna vertebral! Isto é, com uma personalidade que não aceita tudo! Envia e reenvia este texto por e-mail a todos os teus amigos.”

Se a lei da interrupção voluntária da gravidez se aplicasse à MÁ FORMAÇÃO DOS NOSSOS JORNAIS... Teríamos um referendo? Sobreviveria o Jornal Expresso?

Que Deus abençoe os bons Jornalistas e os jornais que lutam pelos valores Humanos.

VIDA: Prós e Contras

A forma como soube que o programa pós e contras voltava hoje aos ecrãs com o tema do aborto deixou-me meio “fulo”.
Tentei pelos jornais, internet e outros meios confirmar que, voltava o tema por “imposição” de alta patente do nosso Estado. Não consegui. Falando pessoalmente com algumas pessoas me diziam, saber de fonte segura, que assim era mas que, para não levantar poeiras para um ministro (que nem merece que escreva em maiúscula), nem para o partido que defende de mão fechada, não era público mas que a jornalista, católica e respeitadora dos valores cristãos (e isto sei-o eu de fonte segura) fora obrigada a voltar à carga com o tema porque, ao chegar das suas visitas ao estrangeiro, encontrou um NÃO a ficar mais forte que o seu SIM.
A ser verdade isto deveria ser público para sabermos o Estado de Direito em que vivemos e os Ministros em quem votámos.
Eu não vi o programa todo, confesso que magoa ver a forma como se trata a VIDA, os mais debilitados, aqueles que são VIDA desde a sua concepção. Têm ali todo o potencial humano que eu tive, poderão ser mais ou menos inteligentes, mais ou menos capazes de ajudar a melhorar este mundo mais ou menos capazes de amar mas, são seres humanos que merecem respeito e protecção.
Vejo juristas que falam de leis, estes que deveriam defender o ser humano e muitas vezes não o fazem. Há até quem compare o pedido da mulher para interromper a gravidez com os contratos que se assinam e se anulam. Como é isto possível.
Um jurista existe para conhecer leis, formular as mesmas e com elas defender o ser humano. Será que só à prova de avultadas quantias em dinheiro se aplicam ou dá importância às leis?
Se é necessário mudar uma lei de protecção para a mulher, que se faça, ninguém quer ver a mulher sofrer mas também não queremos esquecer o sofrimento do ser indefeso, como o referia uma investigadora, das questões do feto, ao afirmar que este sente dor antes das 10 semanas, baseada num relatório científico resultado de trabalho próprio.
A Srª Drª Rosário Carneiro – deputada – lembrou o valor inviolável da vida humana
Dois seres, mãe e feto, este outro que também tem identidade. A ordem jurídica deve proteger ambos, e neste caso protege apenas a mulher, sem sequer referir que o homem tem direito a querer ou não aquele filho. É a pedido da mãe e não dos pais (no caso de um casal).
A lei existente tende a ser injusta ao permitir que uma das partes possa mandar matar a outra. A lei, por onde lhe dá mais jeito, pende para um lado ou pende para o outro. É um árbitro que não parece ser saudável, consciente. As leis podem ser insuficientes na resolução deste conflito. Urge criar as leis que equilibrem os interesses e os direitos, da mãe e do bebé.
Recorda uma médica que a lei da reprodução medicamente assistida, promulgada pelo Estado, protege os embriões, sobretudo os excedentários. Fala ela com direito de conhecimento porque é a sua área em Coimbra. Como pode o mesmo Estado não dar valor ao bebé no ventre materno? Gostei de a ouvir falar dos casais que sofrem e que se submetem a tratamentos caríssimos para poderem engravidar. O testemunho desta médica foi para mim dignificante. Recordei muitos casais que conheço nestas circunstâncias.
Choca-me ouvir um outro médico dizer que, independentemente dos juramentos deontológicos dos médicos, ganhe um sim ou um não, haverá sempre médicos comerciantes. Nunca pensei ouvir isto da boca de um médico. Mas que vida defendem médicos que partem para um referendo com ideias destas? Que me desculpem mas tem razão o povo quando diz que muitos médicos são autênticos sapateiros (com todo o respeito que estes últimos me merecem).
Pior ainda quando um senhor, felizmente nem o nome lembro, diz que nem para a Igreja Católica a VIDA é um valor absoluto. Como pode este senhor dizer uma coisa destas? E foi buscar o exemplo de Frei Bento Domingues e Dr. Anselmo Borges…
Com todo o respeito que me merecem estes dois Teólogos (eu que nem Teólogo sou, sou um simples cristão que por graça de Deus é Frade Menor e Sacerdote), poderão ser as afirmações que têm feito, e que jamais podem ser voz de uma Ordem religiosa e muito menos de uma Igreja, usadas para fazer tais afirmações? Pode lá um cristão, sim um simples cristão que saiba o que é ser discípulo de Cristo, membro activo da Sua Igreja e chamado a anunciar o Evangelho, dizer que a VIDA NÃO É UM VALOR ABSOLUTO? Diz o Povo que “palavras loucas leva-as o vento” e que “vozes de (um animal em vias de extinção) não chegam ao céu”.
E comparava-se o dar a vida, por parte dos Mártires, para reafirmar teses destes teólogos e aferir que são as teses da Igreja. Que Deus a todos nos perdoe as barbaridades que dizemos em Seu Nome, nós que temos por lei “não invocar o Santo Nome de Deus em vão”…
Vem uma outra senhora, diz-se Católica, pertence ao Movimento “Nós somos Igreja”, dizer que vai votar SIM… só somos Igreja se escutamos a mesma, mesmo que não aceitemos tudo o que a mesma diz (eu não concordo com tudo o que foi ou é feito pela Igreja que muito amo), somos Igreja quando procuramos mudar as coisas dentro da mesma e dando testemunho dessa mudança, não opondo-nos com críticas destrutivas e fazendo reivindicações só porque se quer as mulheres ordenadas sacerdotisas e os sacerdotes casados. Não, assim não. “Nós somos Igreja”? Que Igreja formam? Uma Igreja que diz sim ao aborto? (sem palavras).
Não se trata de uma questão religiosa, é um facto, e já foi mais que afirmado mas, por amor de Deus, se não forem os Cristãos a defender o valor da vida, quem mais o fará? Os médicos comerciantes ou os advogados que só sabem as leis à custa de muitos euros?

Tem razão o Dr. Lobo Antunes, trata-se de uma questão ética. Não se trata de uma questão religiosa mas a religião não pode aliar-se de tal assunto. É dever dos Pastores de qualquer crença religiosa orientar os seus fiéis no caminho do bem e da verdade. A questão, referia o Dr. Lobo Antunes, é perguntar ou não se a despenalização ou aborto é ou não o causar de uma morte. O oposto à VIDA é a MORTE e se há vida no ventre materno, ou ela nasce ou morre. A outra questão que colocava era que espécie de coisa é esta que é morta. Trata-se de VIDA HUMANA, uma pessoa que tem já identidade própria, está a formar-se tal como continuará depois de nascer. Tem razão este médico ao dizer que a mulher gera a vida e depois quando não lhe interessa simplesmente trata o embrião, feto, bebé (como queiram) como o programa televisivo onde alguém diz “és o elo mais fraco, adeus”.
Vem uma ginecologista – Drª Ana Lourenço (da Suiça) – para dizer que a despenalização não é aborto livre, porque lá as jovens nestas circunstancias vão a uma consulta, falam com médico que as informa do que pode ser feito dentro ou fora de uma interrupção. Só me veio à mente, será que é para isso que já existe a Clínica dos arcos, com telemóvel português, e anunciada em jornais nacionais?
Chega-se ao ponto de comparar o cancro e o seu acompanhamento com o acompanhamento de uma adolescente que quer interromper a gravidez, defendendo que esta enquanto abortar for crime a mulher não vai ver o médico.
Que triste comparação senhora doutora. Um doente com cancro vai ao médico para se salvar, para lutar pela vida, e sofre horrores em tratamento para poder viver. Quem vai à sua consulta para interromper a gravidez, fora os casos já previstos na lei portuguesa, vai para que a acompanhem na morte de um ser e não na vida.
Como alguém perguntava, desde o último referendo, onde a Nação votou um NÃO, que fizeram os nossos governantes, QUE FEZ O ESTADO PARA PROTEGER AS MULHERES GRÁVIDAS E OS BEBÉS NOS SEUS VENTRES?

Não escrevo mais porque…
Deixo aqui, e porque creio ser uma boa reflexão sobre o que ouvi e o que aqui escrevi, mais uma vez palavras de João Paulo II.


“Quando a maioria parlamentar ou social decreta a legitimidade da eliminação, mesmo sob certas condições, da vida humana ainda não nascida, assume uma decisão tirânica contra o ser humano mais débil e indefeso.” (João Paulo II, E. Vitae, nº 70)

“No caso de uma lei intrinsecamente injusta, como aquela que admite o aborto (…), nunca é lícito conformar-se com ela, nem participar numa campanha de opinião a favor de uma lei de tal natureza, nem dar-lhe a aprovação do seu voto”.
(João Paulo II, E. Vitae, nº 73)

“Quando a lei, votada segundo as chamadas regras democráticas, permite o aborto, o ideal democrático, que só é tal verdadeiramente quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana, é atraiçoado nas sua próprias bases: Como é possível falar ainda de dignidade de toda a pessoa humana, quando se permite matar a mais débil e a mais inocente? Em nome de qual justiça se realiza a mais injusta das discriminações entre as pessoas, declarando algumas dignas de ser defendidas, enquanto a outras esta dignidade é negada? Deste modo e para descrédito das suas regras, a democracia caminha pela estrada de um substancial totalitarismo. O Estado deixa de ser a ‘casa comum’, onde todos podem viver segundo princípios de substancial igualdade, e transforma-se num Estado tirano, que presume poder dispor da vida dos mais débeis e indefesos, como a criança ainda não nascida, em nome de uma utilidade pública que, na realidade, não é senão o interesse de alguns”.
(João Paulo II, E. Vitae, nº 20)

OBRIGADO DEUS PELO DOM DA VIDA… e o testemunho de bons Juristas, bons Médicos, bons Cidadãos…

04 fevereiro 2007

FAMÍLIA ON-LINE

Hoje termino o meu dia muito feliz…
Pela primeira vez estive on-line com a minha irmã, cunhado, sobrinhos e os amigos da casa onde estavam.
Se estar on-line com os Amigos é um bem precioso, mais precioso é quando são os que amamos acima de tudo e que estão muito longe.
Como é bom poder usufruir das tecnologias para encurtar distâncias e matar saudades.
Do lado de lá eu era visto e escutado em tempo real.
Do lado de cá lia-se o sentimento que despertava, ou seja, o sentir que afinal, o mano, cunhado, tio e “padrinho muita fixe” estava ali mesmo no cantinho do computador.
Para mim, habituado há tanto a estas tecnologias, foi um momento muito importante.
Via telefone senti a alegria, de quem nem computador ainda tem (ali usufruía do bem que é ter amigos que nos ligam on-line) e do como isto, de ver e escutar alguém que está longe, é estranho e fantástico ao mesmo tempo.
Meu Deus… o Pai Natal vai ter que chegar mais cedo para alguém… vou escrever-lhe uma carta… vou mentir-lhe e dizer que ainda sou pequenino (estou a brincar mas a emoção de escutar duas crianças tão felizes…).
Se hoje eu quisesse escrever algo sobre o valor da VIDA, não encontraria palavras para definir o que foi VIDA durante duas horas entre Portugal e a Suiça.
Era tão bom que todos, quantos estão afastados dos seus familiares e amigos, pudessem chegar felizes ao fim do dia, porque a distância se encurtou, a vida e os laços se fortificaram mais ainda.
Ficou um pouco mais de saudade, é um facto, mas hoje uma saudade diferente.
Desculpem os amigos leitores esta partilha assim tão… não levem a mal… é o coração a falar no intuito de deitar cá para fora o momento tão especial vivido de um e de outro lado. Lamechices – dirão alguns – para mim foi VIDA.
No final, do outro lado, um menino me perguntava: “que pulseira é essa azul que tens no braço?”. Simplesmente respondi: “É para pedir a Jesus que ajude todos os meninos a nascer como tu um dia nasceste…”. E a mãe disse ter entendido o que eu queria dizer…

Obrigado Deus por me teres dado uma prenda tão grande neste fim de dia…
Espero que, lá na Suiça, não custe a adormecer pela novidade e surpresa de estar on-line…

Laus Deo

03 fevereiro 2007

AS CRIANÇAS

Hoje tenho observado com muita atenção os tempos de antena de partidos e movimentos, os tais SIM ou Não à despenalização… desculpem, ao valor da VIDA.
Fico triste como tanta gente trata a VIDA e como se fala de fetos, bebés e crianças, uns como se nada fossem, mesmo que já com um coração que diz “estou aqui”, outros como se pais fossem donos dos seus filhos, como se as crianças fossem coisas ou objectos que podemos manipular e moldar como queremos.
Fiquei mais uma vez triste com as mulheres que dizem “a barriga é minha, faço dela o que eu quiser, tenho o direito de optar…”
Todo o Ser chamado à Vida tem o direito de fazer opções, devemos fazê-las conscientemente mas, creio não errar se afirmar que, as nossas opções não devem ser tomadas sem pensar nas consequências que podem vir a ter na vida dos outros.
Como pode uma mulher mandar na sua barriga, dizer SIM à MORTE que deveria vir a ser VIDA na alegria barulhenta, no brilho do olhar, no sorriso ténue, no toque da mão de uma criança, na sua voz a chamar…
Voltei a um autor que gosto de meditar. Aqui vos deixo esta mensagem desse autor. É um Profeta a falar sobre as crianças. Fala como em parábolas. “Quem tiver capacidade para entender, entenda… eu ainda não entendi tudo… medito e rezo…


AS CRIANÇAS


“E uma mulher
que trazia um menino ao colo disse:
- “Fala-nos das Crianças”.

E ele (o Profeta) respondeu:

- Os vossos filhos não são vossos filhos:
são filhos e filhas do chamamento da própria Vida.

Vêm por vosso meio mas não de vós;
e apesar de estarem convosco, não vos pertencem.

Podeis dar-lhes o vosso amor; mas não os vossos pensamentos:
porque eles têm pensamentos próprios.

Podeis acolher os seus corpos; mas não as suas almas:
porque as suas almas habitar a casa de amanhã que não podeis visitar,
nem sequer em sonhos.

Podeis esforçar-vos por ser como eles; mas não tenteis fazê-los como vós.
Porque a vida não vai para trás, nem se detêm com o ontem.

Sois os arcos, e os vossos filhos as setas vivas projectadas.

O Arqueiro vê o alvo no caminho do infinito,
e retesa-vos com o seu poder
para que as setas
possam voar depressa para longe.

Que a vossa tensão na mão do Arqueiro
seja de alegria.

Porque assim como ELE gosta
da seta que voa,
também gosta do arco que fica.”

(Khalil Gibran, in “O PROFETA”)

Depois deste texto de Gibran, tomo a Sagrada Escritura para ver como Cristo nos lembra que as crianças são um bem preciso e como devemos aprender com elas a procurar o bem, a salvação qual leite materno que nos alimenta e faz crescer.

“Jesus disse-lhes: «Deixai as crianças e não as impeçais de vir ter comigo, pois delas é o Reino do Céu.» E, depois de lhes ter imposto as mãos, prosseguiu o seu caminho.” (Mt 19, 14-15)
“Portanto, ponde de parte toda a malícia, falsidades, hipocrisias, invejas e toda a espécie de maledicências;
como crianças recém-nascidas, ansiai pelo leite espiritual, não adulterado, para que ele vos faça crescer para a salvação, se é que já saboreastes como o Senhor é bom.” (1 Ped 2, 1-3)

02 fevereiro 2007

COMPROMISSO GENEROSO


No fim de mais um dia rezo os comentários que os amigos se dignam fazer à pobreza da minha partilha. No fim de um comentário estava a partilha de alguém: "COMPROMISSO GENEROSO".
Deixo-o aqui para que possais deliciar-vos, como eu, nesta partilha orante de entrega total nas mãos do Pai e na confiança da Mãe... Obrigado por esta entrega - Frei Albertino)


(Reflexão feita a partir de um texto do Papa JP II de 1994)

Senhor Jesus,
Nosso Pastor,
que ofereces-te a TUA vida
para que todos tenham vida,
dá à nossa comunidade crente,
a abundância da TUA vida
e torna-nos capazes de a testemunhar
e de a comunicar aos outros.
Dá Senhor,
a abundância da TUA vida
a todas as pessoas a TI consagradas
para o serviço da Igreja;
torna-nos felizes na nossa entrega,
infatigáveis no nosso ministério,
generosas no nosso sacrifício;
que o nosso exemplo abra outros corações
e os faça escutar e seguir o TEU chamamento.
Dá também a abundância da Tua VIDA
às famílias cristãs,
para que sejam fervorosas na Fé
e no serviço eclesial,
fazendo que assim apareçam e se desenvolvam
novas vocações consagradas.
Senhor Jesus,
dá abundância da TUA vida
a todas as pessoas,
especialmente aos jovens e às jovens,
que chamas ao Teu serviço;
ilumina-os nas suas opções;
ajuda-os nas suas dificuldades;
apoia-os na FIDELIDADE,
fá-los corajosos,
para oferecerem a sua vida seguindo-TE
para que outros tenham VIDA.
E agora na certeza de que MARIA
Mãe da Igreja com a Sua poderosa intercessão,
reforça esta minha súplica....
e a torna agradável ao Seu Filho Jesus...

L.C.

DIA DO CONSAGRADO

Hoje a Igreja celebra a Festa da Apresentação de Jesus no Templo.
Não se trata apenas da apresentação de um Menino ou o simples cumprimento da Lei. Diz o Povo, e assim o rezamos no Terço, que é também o dia da Purificação de Maria a Mãe. Por isso em muitos lugares do mundo hoje se celebra o dia de Maria em tantas invocações como: da Purificação, da Candelária, das Candeias ou da Luz (pelo ritual próprio da bênção das velas no início da Eucaristia), entre tantos outras.
Cristo é apresentado, consagrado ao Pai no Templo segundo a Lei.
Ao oferecer Jesus, Maria oferece-Se também com Ele. Ela será uma presença constante na vida do Seu Filho, dando a Sua colaboração para a obra da Redenção. Por isso Ela é Redemptoris Mater, Mãe do Redentor e co-redentora com o Filho.
Neste dia quis a Igreja celebrar um outro acto oblativo importante: o de tantos Homens e Mulheres que se Consagram ao Senhor pelos votos evangélicos.
É hoje, por isso, o DIA DO CONSAGRADO.
Todos somos consagrados desde nosso baptismo, é um facto, mas hoje a homenagem vai para aqueles e aquelas que deixaram tudo e partiram cumprindo o chamamento de Deus a uma missão específica na Igreja. Dos consagrados pelo baptismo, Cristo Consagra alguns para viverem a missão religiosa de uma forma mais intimamente unida a Si mesmo, na oferta do tudo que são como dom recebido de Deus e ofertado por amor da Humanidade. Padres, Religiosos e Religiosas, Missionários e Missionárias, de Ordens Religiosas, Congregações, Institutos, Sociedadescde Vida Apostólica, Pias Uniões, de vida activa, contemplativa ou eremitica…
A consagração religiosa é o seguimento evangélico de Cristo. Ele chama pessoalmente a uma vocação, chama a viver como Ele, tornando-nos assim participantes da sua missão evangelizadora. A Consagração não é uma iniciativa humana mas divina onde o Consagrado assume na sua vida a vida de Cristo, os seus riscos e esperanças, as suas preocupações e o seu projecto existencial, as suas atitudes vitais e essenciais. Trata-se de uma plena transfiguração com Cristo, pobre, obediente e casto.
Consagrar é tornar santo, é levar o Homem todo à esfera do Sagrado. Assumir uma vida de consagrado por amor do Reino dos céus é entregar-se totalmente nas mãos de Deus, é como que assinar ao fundo de uma folha em branco deixando que Deus escreva cada linha do resto da nossa história assumida. Ser Consagrado é sentir-se em relação íntima e directa com Deus e levá-lO aos outros onde Ele nos envia, com carismas e missões pessoais e comunitários. Ser Consagrado é entregar-se nesta confiança absoluta de que Deus cuidará de cada uma das linhas que Ele, por nós, escreve na folha assinada em branco, é deixar-se possuir livremente por Ele, acolher alegremente, e com a vitalidade que as forças humanas permitem, a acção santificadora de Deus, consentindo-a de forma a podermos dar e dar-nos a nós mesmos sem reservas, como resposta amorosa à auto-entrega de Deus sob o impulso da Sua graça.
O Consagrado entrega-se a Deus em liberdade total. Como Paulo sente que já não é ele que vive mas Cristo que vive em si e por seu intermédio actua para salvação de todos. Consagrar a Deus a nossa liberdade e toda a nossa capacidade de amar, não se trata de uma negação de nós mesmos. Trata-se outro sim da afirmação plena dos valores humanos que são dom de Deus e que lhe entregamos. Converter a nossa liberdade de Consagrados e o nosso amor em entrega total a Deus é deixar-se possuir pelo Seu amor infinito e isto não nos tira a liberdade, devolve-a de forma suprema tornando-nos mais livres para amar na media em que Deus cria e fortalece essa mesma liberdade.
A consagração não é algo para nós mesmos, não se encerra no nosso claustro. Ela implica uma relação pessoal de tu a tu entre Deus e o Consagrado. É nesta relação que está implícita a renúncia ao mundo e a tudo o que nos afasta do chamamento de Deus. Mas não podemos esquecer que esta renúncia tem em si a doação amorosa que leva ao compromisso, Profissão de votos feitos a Deus por meio da Igreja. Este Profissão leva-nos de forma mais radical a renunciar à própria auto-suficiência e autonomia, para encontrar em Deus e na plena e total dependência dele, maior autonomia, suficiência e liberdade.
A Consagração religiosa tem um valor teologal extremamente importante na medida em que, o religioso, não se entrega ao culto, ao serviço, à glória de Deus mas sim ao próprio Deus que o chama, consagra e envia. Pela sua virgindade e oração ele perpetua o viver imediato para o Pai que se incarnou intimamente na sua vida pelo Seu Filho Jesus.
Abdicando de uma vida matrimonial, pelos votos, o religioso tem como meta a identificação mais íntima e profunda com Cristo. Não se trata de amar uma esposa ou esposo, os filhos e filhas mas ter o coração livre para amar toda a Humanidade a quem é enviado a anunciar a Boa Nova com o testemunho da própria vida.
Mas o Consagrado, salvo alguns estilos próprios de vida, não vive centrado em si mesmo. Ele é chamado a uma vida fraterna e comunitária. Se a fé cristã só tem sentido quando celebrada e testemunhada na comunidade dos crentes, como no-lo referem os actos dos apóstolos, também a vida religiosa, na maior parte das suas expressões, só faz sentido numa vida comunitária de irmãos e irmãs, no dizer de Francisco de Assis, em uma verdadeira Fraternidade. A vida comunitária é o núcleo essencial da vida do religioso, é aí onde se confronta consigo mesmo, com os outros e com o próprio Deus. Só neste confronto se pode escutar verdadeiramente a voz d’Aquele que nos chamou porque é na voz dos que se sentiram chamados, como nós, que Deus continua a apontar o rumo a seguir.
Resumindo: A Consagração religiosa, realizada por Deus mediante o compromisso livre e definitivo do cristão de viver em estado de virgindade, de pobreza, de obediência e de Fraternidade, expressa-se na oração – vida e experiência fé, com o olhar posto em Deus –, em amor fraterno – vida de família e comunhão com os irmãos e irmãs – e em serviço apostólico – vida de serviço a toda a Igreja –. A oração, pessoal e comunitária, a fraternidade e o apostolado são a própria consagração em exercício expressando na vida consagrada um dinamismo cada dia mais renovado, ainda que por vezes se sinta que há crise de vocações.
Maria, a Senhora que apresentou o Seu Filho no Templo, tal como não entendeu o que disseram os pastores e os Magos, também não entendeu o que disse ali o velho Simeão e a profetiza Ana. Quantas vezes somos como Maria, na Vida Consagrada, Homens e Mulheres que tudo deixaram para uma entrega total, sem entender os desígnios e os caminhos que Ele traça para seguirmos e, silenciamos no mais íntimo do coração.

(Reflexão feita a partir de texto de M. Alonso Severino)

Senhora minha, Mãe dos Consagrados,
neste dia quero entregar-te todos aqueles e aquelas que,
ao longo destes meus 20 anos de Vida Religiosa e Franciscana
foram testemunho, amparo e mão amiga.
Concede-nos Maria, a graça de oferecer ao Pai,
não um casal de pombas, pela nossa pobreza,
mas tudo o que somos e temos,
tudo é d’Ele e a Ele entregamos.
Como Tu, Maria, Senhora do Sim a Deus e à Humanidade
quero dizer com tantos Sacerdotes,
religiosos e religiosas,
missionários e missionárias,
irmãos e irmãs em formação,
comtemplativos e fraternidades de vida activa.
Com todos estes
quero ser fiel até ao fim.
Contigo; Maria e Mãe, no mais íntimo do meu coração
de filho pecador me abandono nas mãos do Pai:
“Ecce Fiat Magnificat”…

Frei Albertino S. Rodrigues O.F.M.

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